1 de abr. de 2016

Plataforma para facilitar tratamento do autismo é desenvolvida em PE

 



Uma plataforma que visa tornar mais eficiente o tratamento do autismo está sendo desenvolvida no Recife. Por meio dela, será possível os profissionais mensurarem de forma mais ágil a evolução de crianças e de jovens com o transtorno. 


Este é o principal objetivo do bHave, que tem a sua campanha de financiamento iniciada no sábado (2), Dia Mundial da Conscientização do Autismo.

A ideia da campanha na internet é arrecadar recursos para viabilizar a execução dessa plataforma, que permite o compartilhamento em tempo real dos resultados obtidos durante as sessões terapêuticas para todos que estão envolvidos no caso clínico


Com isso, é possível aprimorar o processo de registro de informações, incluindo gráficos e planilhas, que atualmente são coletadas de forma manual e depois transcritas.


O bHave também funciona como uma rede social entre os profissionais que atuam no tratamento. 


“Eles vão poder acessar seu perfil e ter acesso a todas as informações dos casos em que estão envolvidos bem como poderão planejar todo o tratamento e definir quais as atividades serão aplicadas. No dia da sessão, é só acessar o aplicativo pelo celular e, em vez de usar o papel, inserir suas anotações no aplicativo”, explica Cauê Nascimento, um dos idealizadores do projeto.

A otimização desse processo beneficia não apenas os profissionais, mas também as crianças e os jovens em atendimento. 


“Com essa ferramenta, o tempo que o profissional gastaria fazendo relatórios pode ser utilizado para ser dedicado ao atendimento daqueles que têm o autismo. E estes serão beneficiados com uma maior eficiência do tratamento, pois, se as informações circularem de maneira mais rápida, a evolução do quadro será maior”, ressalta Ângela Lira, presidente da Associação de Famílias para o Bem-estar e Tratamento da Pessoa com Autismo (Afeto).

Terapeuta de Análise do Comportamento Aplicada (ABA), uma das formas mais eficientes de intervenção com indivíduos que estão no espectro autista, a psicóloga Maria Tereza Pedrosa destaca que o aplicativo vai influenciar diretamente a rotina de tratamento. 

“Não tínhamos uma plataforma para colher e compartilhar os dados em tempo real com todos os integrantes da equipe de tratamento, alguns dos quais residem em cidades diferentes. Ela também nos permitirá dar um um feedback mais ágil aos pais, mostrando a evolução dos filhos deles”, comemora.

 
A campanha de financiamento do bHave, que recebe doações de valores a partir de R$ 20, tem duração de dois meses. 


Caso a meta seja atingida, a expectativa dos idealizadores é que a plataforma esteja disponível para download em um prazo de seis meses.



Fonte: G1


 

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