31 de mai. de 2013

A ONU E AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA


A ONU e as pessoas com deficiência



Cerca de 10% da população mundial, aproximadamente 650 milhões de pessoas, vivem com uma deficiência. São a maior minoria do mundo, e cerca de 80% dessas pessoas vivem em países em desenvolvimento.

Entre as pessoas mais pobres do mundo, 20% têm algum tipo de deficiência. Mulheres e meninas com deficiência são particularmente vulneráveis a abusos.

Pessoas com deficiência são mais propensas a serem vítimas de violência ou estupro, e têm menor probabilidade de obter ajuda da polícia, a proteção jurídica ou cuidados preventivos.

Cerca de 30% dos meninos ou meninas de rua têm algum tipo de deficiência, e nos países em desenvolvimento, 90% das crianças com deficiência não frequentam a escola.

No mundo desenvolvido, um levantamento realizado nos Estados Unidos em 2004 descobriu que apenas 35% das pessoas economicamente ativas portadoras de deficiência estão em atividade de fato.

– em comparação com 78% das pessoas sem deficiência. Em um estudo realizado em 2003 pela Universidade de Rutgers (EUA), um terço dos empregadores entrevistados disseram que acreditam que pessoas com deficiência não podem efetivamente realizar as tarefas do trabalho exigido.

O segundo motivo mais comum para a não contratação de pessoas com deficiência foi o medo do custo de instalações especiais.

As necessidades e os direitos das pessoas com deficiência têm sido uma prioridade na agenda das Nações Unidas durante pelo menos três décadas.

Mais recentemente, após anos de esforços, a Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo foi adotada em 2006 e entrou em vigor em 3 de maio de 2008.

A “UN Enable” – que reúne o Secretariado da Convenção e dá voz ao compromisso das Nações Unidas de defender os direitos e a dignidade das pessoas com deficiência – descreve o documento como um marco para uma mudança de paradigma, deixando de lado o fato de as pessoas com deficiência serem vistas como objetos de caridade, para visualizá-las como portadoras de direitos.

E como tal, são capazes de reivindicar os direitos e a tomada de decisões para as suas vidas com base em seu consentimento livre e esclarecido, bem como de serem membros ativos da sociedade.


“Pessoas com deficiência têm o direito …

ao respeito pela sua dignidade humana …
aos mesmos direitos fundamentais que os concidadãos …
a direitos civis e políticos iguais aos de outros seres humanos …
a medidas destinadas a permitir-lhes a ser o mais autossuficientes possível …
a tratamento médico, psicológico e funcional [e]
a desenvolver suas capacidades e habilidades ao máximo [e]
apressar o processo de sua integração ou reintegração social …
à segurança econômica e social e a um nível de vida decente …
de acordo com suas capacidades, a obter e manter o emprego ou se engajar em uma ocupação útil, produtiva e remunerada e se filiar a sindicatos [e] a ter suas necessidades especiais levadas em consideração em todas as etapas do planejamento econômico e social
a viver com suas famílias ou com pais adotivos e a participar de todas as atividades criativas, recreativas e sociais [e não] serem submetidas, em relação à sua residência, a tratamento diferencial, além daquele exigido pela sua condição …
[a] serem protegidas contra toda exploração, todos os regulamentos e todo tratamento abusivo, degradante ou de natureza discriminatória …
[e] a beneficiarem-se de assistência legal qualificada quando tal assistência for indispensável para a própria proteção ou de seus bens … “
Declaração sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, proclamada pela Assembleia Geral da ONU em 9 de dezembro de 1975


A Convenção, de acordo com a ONU, é um instrumento de direitos humanos, com explícita dimensão de desenvolvimento social. Ela reafirma que todas as pessoas com todos os tipos de deficiência devem gozar de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais – e esclarece exatamente como as categorias de direitos devem ser aplicadas. 

Além disso, identifica especificamente áreas onde adaptações precisam ser feitas para permitir às pessoas com deficiência que exerçam efetivamente seus direitos, bem como áreas onde seus direitos foram violados e onde a proteção de seus direitos deve ser reforçada.

Em comunicado elogiando a entrada em vigor da Convenção, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, apelou a um esforço conjunto para traduzir sua visão em realidade e resolver “as desigualdades gritantes experimentadas por pessoas com deficiência”. A ONU continua seus esforços para esse fim.

O Dia Internacional das Pessoas com Deficiência é celebrado todos os anos em 3 de dezembro.


Fonte: ONU

Brasília recebe Regional Centro-Norte de Fut-5

Jogador chuta a gol e goleiro e outro jogador tentam defender


De 30 de maio a 2 de junho, Brasília recebe oito equipes para a disputa do Regional Centro-Norte de Futebol de 5. Além do Distrito Federal, o torneio terá agremiações dos estados do Acre, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Pará.

Com exceção da AMC/MT, que faz parte da elite nacional, todas as outras sete equipes brigarão por duas vagas na Copa Brasil – Série B, que será realizada em outubro.
 
Na quarta-feira, haverá um congresso técnico e os dois grupos da competição serão definidos através de sorteio. Este será o terceiro dos quatro regionais do ano. Urece, no Regional Sudeste, e AGAFUC, no Regional Sul, foram as campeãs nos primeiros torneios de 2013. O Regional Nordeste, o último do ano, será realizado em Campina Grande/PB, em julho.


Confira as equipes que estarão no Regional Centro-Norte de Futebol de 5:

- Associação dos Deficientes Visuais de Goiás (ADVEG) – GO

- Associação dos Deficientes Visuais do Mato Grosso do Sul (ADVIMS) – MS

- Associação Mato-Grossense de Cegos (AMC) – MT

- Clube Social da Unidade de Vizinhança Nº 1 (VIZINHANÇA) – DF

- Instituto Sul-Mato-Grossense para Cegos (ISMAC) – MS

- Lar dos Deficientes Visuais do Acre (LDVAC) – AC

- Unidade Educacional Especializada José Alvares de Azevedo (UEEJAA) – PA

 

Regional Centro-Norte de Futebol de 5  

Data: 01 e 02 de junho de 201
Horário:8h30 e 15h30 (01/06); e 8h30 (02/06)  
Local: Ginásio Minas Brasília Tênis Clube  
Endereço: Setor de Clubes Norte, Trecho 03, Conjunto 06 – Brasília – DF
 
Entrada Franca


Internado há mais de 40 anos, paciente cria série de animação dentro do hospital

Paulo Henrique Machado está deitado na cama de hospital 


Vítima de paralisia infantil e morando há mais de 40 anos em uma UTI do Hospital das Clínicas, em São Paulo, Paulo Henrique Machado, 45, decidiu transformar suas aventuras em uma animação 3D. 


Voltada para o público infantil, a série de desenhos "As Aventuras de Léca e Seus Amigos" mostra a infância de sete crianças com deficiência física. Léca, melhor amiga de Paulo, mora na cama ao lado. É Eliana Zagui, também vítima da pólio e autora do livro "Pulmão de Aço - uma vida no maior hospital do Brasil" (Belaletra Editora, R$ 36).


Para sair do papel, o projeto tenta um financiamento coletivo por meio do site http://catarse.me/pt/leca. Até sexta-feira, tinha conseguido só R$ 8.800 dos R$ 120 mil necessários para a produção.


Leia abaixo o depoimento dele:

Minha mãe morreu dois dias depois que eu nasci. Com um ano e meio, tive paralisia infantil. Vim para o Hospital das Clínicas sem movimento nas pernas e, com o tempo, a paralisia atingiu também meu sistema respiratório. Desde então, dependo do aparelho de respiração artificial para continuar vivo.

Aqui no hospital, aprendi a ler e a escrever. Conclui o ensino médio e fiz vários outros cursos de informática e na área de softwares. 


Lembro-me de quando era pivete, podia andar de cadeira de rodas pelo hospital e visitar meus amigos em outros quartos. Líamos historinhas infantis uns para os outros.

Minha capacidade de respiração foi piorando e eu já não podia mais sair da cama. Eu e mais seis amigos, todos com paralisia infantil, fomos transferidos para um quarto [só ele e Eliana Zagui sobreviveram]. Era uma gangue.

Eu e a Tânia éramos os líderes e discutíamos muito. O principal motivo era a televisão. Havia dois aparelhos e a gente ficava competindo pelo volume, pelos programas. Os meninos queriam futebol, as meninas, novela.

PIPAS PELA JANELA
 
Apesar de estarmos presos às camas, a gente inventava brincadeiras que estimulavam a imaginação. Eu, o Pedro e o Anderson tínhamos movimentação nos braços [as meninas não tinham] e fazíamos pipas para brincar e para vender. O Anderson conseguia soltar da janela do quarto.

Era engraçado porque não ventava o suficiente. Quando a pipa estava quase subindo, caía. 

Era muita pipa perdida. Enganchavam nas árvores, ou eram pegas pelos meninos que já ficavam perto do hospital à espera delas. Sempre machucava a mão afiando o bambu com canivete.

Aqui no hospital tive muita oportunidade de fazer coisas que qualquer outra criança podia fazer lá fora, como armar arapucas para pegar passarinho no fundo do terraço. A diferença é aqui a gente só pegava pomba.

Um dia encontrei um gafanhoto e o amarrei com barbante. Fazia de conta que eu era o Pinóquio e ele o grilo falante. Também ganhava "presentes" dos funcionários.

Uma atendente me deu uns tatus-bolas. Outro médico que trabalhava aqui, o doutor Giovani, que eu chamava de pai [Paulo tem pai, mas que raramente o visita], me trouxe duas pererecas, aquelas que dão em rio. Eu tentava pegar, e elas pulavam. Foi aquela histeria generalizada na UTI.

Em 1992, pensei o que poderia ter para produzir, criar alguma coisa. Foi quando escrevi uma carta para uma empresa pedindo a doação de um computador. 

Comecei a estudar informática sozinho. Era um modelo MSX, bem limitado. Em 1994, ganhei meu primeiro PC.

No início, era aterrorizador, eu vivia quebrando o computador. A coisa melhorou depois que o hospital deixou os técnicos de informática à disposição para me ajudar. Hoje eu monto computadores. Tenho meu segundo PC montado.

A partir de 2004, lutei, também sozinho, para me profissionalizar na área de 3D. Em 2011, achei que eu precisava de um curso para trabalhar com computação gráfica. Fui atrás do Senac, e o professor veio até o hospital.

Desde então, comecei a alimentar a esperança de um dia me envolver profissionalmente com a sétima arte. Adoro cinema, meu ídolo é Charles Chaplin (1889-1977).

histórias

Foi aí que pensei numa animação com deficientes físicos. Mas não sabia se isso despertaria o interesse das pessoas. Foi então vendo as animações com personagens deficientes feitas por um estúdio britânico de que eu gosto [Aardman Animations, especializado em animações stop-motion], que fez a "Fuga das Galinhas", que pensei estar no caminho certo.

Pensei que as minhas aventuras e dos meus amigos aqui dentro do hospital já dariam um bom roteiro para uma série animada. 

Ao colocar as histórias das nossas vidas, minha ideia é que as crianças possam assistir e aprender que o deficiente, numa cadeira de rodas, não é tão diferente assim. As histórias também contam sobre passeios que fiz ao Playcenter, ao circo, por exemplo.

Já roteirizei cinco histórias. Meu objetivo é finalizar a primeira temporada com 13 roteiros. Cada episódio tem 12 minutos. Se o vento continuar soprando, outras temporadas virão. E se as pessoas gostarem, nada impede que um dia vire um longa metragem
.
A ideia com o Catarse é que as pessoas compartilhem ideias sobre o projeto e deem uma força. Uma árvore para crescer precisa ser regada. A árvore em questão não é de uma só pessoa. A ideia foi minha, mas o projeto da animação pertence a todos.


Fonte: http://www1.folha.uol.com.br
Foto: Joel Silva/Folhapress

Bienal de Artes com audiodescrição, em Campinas

Mão segura pincel que pinta traço em verde
Depois do sucesso da Virada Cultural com acessibilidade, em Campinas, que aconteceu nos dias 25 e 26 de Maio.

A SMPD - Secretaria Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida de Campinas tem a honra de convidá-los para participar de uma visita monitorada pelos especialistas do Sesc e com a audiodescrição de Bell Machado na Bienal de São Paulo, no Sesc Campinas.


Desde o dia 19 de abril, o público de Campinas tem tido a oportunidade de conferir os trabalhos de importantes artistas plásticos do cenário nacional e internacional da arte contemporânea, que foram expostos na 30ª Bienal de São Paulo - "A iminência das poéticas".


 
30ª Bienal de São Paulo – Seleção de Obras da exposição "A iminência das poéticas"
   
Datas: dia 04 de junho, 3ª f, às 15:00hs e dia 08 de junho, sábado, às 15:00hs  
Local: Sesc Campinas. R. Dom José I, 270/333, bairro Bonfim. tel: (19) 3737-1500  
Entrada: gratuita  
Horários: terça a sexta, das 9h30 às 21h30. Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h.
 


PARTICIPE DA PESQUISA SOBRE O TRANSPORTE PÚBLICO DE SÃO PAULO

 

 

 

Interessado clicar no link a seguir:

 

TV para surdos exibe desenhos, piadas e telejornais; saiba mais

 
Segundo estimativas divulgadas pela diretora do INES, Solange Rocha, o Brasil possui cerca de 5 milhões de surdos, números mais do que suficientes para fazer jus à existência de uma emissora voltada para este público.

Veiculada apenas via Internet (clique AQUI para acessá-la), a TV INES ambiciona chegar à TV aberta. 

A emissora possui uma programação variada, que vai de programas humorísticos como o “Piadas” a informativos como o “Tecnologia”, que mostra novidades e avanços tecnológicos que podem facilitar a vida dos deficientes auditivos.

Outras atrações, como filmes e desenhos animados, são adaptadas pela TV INES, que reedita as imagens e insere um quadro com linguagem de LIBRAS e legendas na tela. 

São os casos do “Salto para o Futuro”, “Via Legal”, “Brasil Eleitor”. Há ainda o “Jornal Visual” em três edições diárias, único telejornal dedicado aos deficientes auditivos no Brasil.

A meta agora é produzir mais conteúdo, ampliando o menu de títulos feitos pelo canal e reduzindo assim a parcela de programas adaptados. 

A emissora conta hoje com programação diária de oito horas e sua operação ainda é tratada como experimental.

30 de mai. de 2013

CENSO 2010 DO IBGE INFORMA

 











DICAS DE INVERNO PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

 

 Nos últimos dias, os institutos de meteorologia apontam a temperaturas bem baixas. É comum ver as pessoas reclamarem do frio, mas quem tem deficiência física sente um pouco mais a queda da temperatura e de diferentes formas.

Os que, por algum motivo, precisaram fazer alguma cirurgia e colocar pinos, placas ou hastes de metal para corrigir uma postura, podem, muito provavelmente sentir dores na região onde estão esses materiais quando há mudança climática.

Ficar muito tempo sentado na cadeira de rodas, sem se movimentar faz com que a circulação de sangue diminua e junto a temperatura das pernas e dos pés. Além da própria cadeira ser feita de materiais metálicos que esfriam rapidamente e, em contato com o corpo, incomodam bastante.

Segundo explica o autor do blog “Ser Lesado” e colunista do site “Vida Mais Livre”, Leandro Portela, em seu artigo “Pare o inverno que quero calor!” a pessoa que teve lesão medular sofre um pouco mais ainda com essa situação,pois, devido à lesão medular, o organismo não sente a temperatura externa e por isso não transmite a sensação de frio ou calor para o cérebro.

“As pessoas com deficiência sempre sofrem com as mudanças de tempo e com a chegada do inverno, pois em um ambiente frio, o organismo não é capaz de obter as mensagens do cérebro que o corpo está esfriando, e exposto ao frio, a pessoa irá em breve tornar-se hipotérmica (temperatura a baixo de 35 C), terá aumento dos espasmos, dores nos membros e fadiga muscular”.

Para evitar esses incômodos as pessoas com deficiência devem se proteger muito bem desse frio e manter a temperatura do corpo em ordem, com muito agasalho,touca,cachecol e até mesmo uma manta. 
 
Um pouco de atividade física, se possível e um belo chocolate quente também pode ser uma alternativa agradável.

Além dos incômodos causados pela baixa temperatura vale lembrar que algumas deficiências podem deixar a pessoa com baixa imunidade, fazendo com que se torne mais frágeis e assim tendo um risco maior de se contrair uma doença do trato-respirátório como gripes,pneumonias entre outras.

Por isso evite sair nos dias de muito frio e ir a lugares que tenha bastante gente, sempre que andar de onibus ou qualquer lugar público que você necessite por a mão use luva descartavel, se precisar ir em hospitais use além de luvas mascaras , sempre que der lave as mão e em seguida use alcool em gel,  além de tomar sucos de Acerola,Laranja ou Limão e se alimentar bem .

29 de mai. de 2013

Pessoas com deficiência ainda têm dificuldade de ingressar no mercado


Uma lei determina que empresas com mais de 100 funcionários destinem entre 2% e 5% das vagas para deficientes, mas, na prática, isso é bem diferente. 

Em Açailândia (MA), as pessoas com deficiência ainda têm dificuldades para ingressar no mercado de trabalho.
O preconceito é uma das principais barreiras da contratação. A assistente financeira Rosana Pereira trabalha em uma empresa há 14 anos. 

Ele teve paralisia infantil aos 4 anos e afirma que antes de ser contratada, passou por muitas dificuldades. “Eu via que tinha aquele olhar de diferença. Por eu ser deficiente, muitos achavam que eu não tinha capacidade de trabalhar no ramo da empresa deles”, disse a assistente.

Ela faz parte do quadro de funcionários das poucas empresas que cumprem a cota. A lei nº 8213, de 1991, define cotas para empresas contratarem pessoas com deficiência. 

“Logo que tive a oportunidade, eu abracei. Superei. As pessoas admiram porque eu trabalho e não vi na deficiência um obstáculo. Se a pessoa tem estudo e capacidade, as empresas deveriam dar oportunidade a ela”, opina Rosana.

Segundo a coordenadora de projetos da Apae, muitos alunos estão aptos ao trabalho, mas não têm oportunidades. 

“Aqui em Açailândia eu desconheço a empresa que cumpre totalmente a lei, na proporção certa de pessoas com deficiência para a quantidade de funcionários”, afirmou Maria Cristina da Conceição.

Segundo o diretor do Sine, desde o início do ano, nenhuma empresa da região ofereceu vagas para pessoas com deficiência. 

A curto prazo, o poder público deve realizar uma fiscalização para analisar se está havendo o cumprimento da lei. 

“As empresas ainda não dispuseram as vagas que têm para deficientes e não houve procura ainda por parte de deficientes. Estamos com projeto para trabalharmos essas intermediações”, informou o diretor do Sine, Heliomar Laurindo.

Criação da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência de João Pessoa (PB) vira meta de gestão para 2014

 


Na terceira audiência pública que define as prioridades à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o exercício financeiro de 2014 no município de João Pessoa, entre as metas está o projeto de indicação, apresentado ano passado pelo vereador Raoni Mendes(PDT), que estabelece a criação da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência - SMPD

 A sessão ocorreu na tarde desta segunda-feira (27), na Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP).

De acordo com o parlamentar, com a criação da SMPD será garantido o atendimento aos deficientes, incluindo-se as pessoas autistas, por meio do diagnóstico e do tratamento especializados. 

A iniciativa de acatar a ideia do seu mandato de criar a Secretaria da Pessoa com Deficiência foi elogiada pelo vereador Raoni, “com a criação da SMPD, os familiares das pessoas com deficiência terão melhores condições de obter o diagnóstico e o posterior tratamento, por exemplo, para os autistas. Sem dúvida, a iniciativa da criação da SMPD resultará num grande avanço para o desenvolvimento social e a saúde pública em nosso município”, ressaltou.

Segundo dados do último Censo do IBGE, João Pessoa conta com 90 (noventa) mil pessoas com algum tipo de deficiência, o que confere a nossa cidade, proporcionalmente ao número de habitantes, a terceira posição entre as capitais do país com maior número de pessoas com algum tipo de deficiência.

“Essa propositura do vereador Raoni Mendes fez com que abrisse uma nova visão de política pública em João Pessoa voltada para as pessoas com deficiência. 

Quando se tem uma secretaria significa a conquista de autonomia, é o maior instrumento para assegurar ações e transformações necessárias na garantia dos direitos e qualidade necessária no bem viver”, vislumbrou o presidente da AC Social – assessoria e consultoria para Inlcusão Social, Genilson Machado.

Curso de Libras para servidores municipais de Manaus (AM) abre novos canais de comunicação



Eles falam com as mãos, com os olhos e por que não, com a boca? Pesoas com deficiência auditiva e de fala conseguem ser mais expressivos que muita gente, já que a Língua Brasileira de Sinais (Libras) contempla também as expressões faciais. Mas este não é o maior problema para eles. 

A dificuldade está em ser “ouvido” e se fazer entendido. Trata-se de um universo de 9,7 milhões de pessoas no País. A Associação dos Surdos de Manaus (Asman) contabiliza 1,4 mil deficientes auditivos registrados. 

Por conta disso, 49 servidores da Prefeitura de Manaus estão sendo capacitados em Libras, em um curso intensivo com carga horária de 30 horas/aula. 

De acordo com a diretora de Educação e Aprendizagem da Fundação Escola de Serviço Público (Fespi) da Prefeitura de Manaus, Andreia Brasil, as inscrições tiveram que ser limitadas, tamanha a procura pelo curso.

Para a técnica em enfermagem Jucilene Gonçalves, aprender a técnica de comunicação com as mãos foi mais do que garantir a inclusão das pessoas que ela possa vir a atender no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). 

“Eu consegui me comunicar com meu filho”, disse. Mãe de um menino de 12 anos com deficiência auditiva e da fala, somente agora ele começou a ser alfabetizado, graças à linguagem que a mãe ensina para ele, a partir do que aprendeu em sala de aula.

“Tudo o que eu aprendo aqui, passo para ele e é incrível como ele aprendeu. Antes, só conseguíamos nos entender por conta do hábito que tínhamos dentro de casa, com o dedo apontando para as coisas”. 

Atualmente ele estuda na escola municipal de Educação Especial André Vidal Araújo, que desenvolve trabalhos referentes à modalidade de Educação Especial, com o objetivo de fomentar a educação inclusiva

O filho de Jucilene já começou a aprender a ler. “Hoje eu consigo entender o meu filho. Pretendo estudar até o nível avançado”, disse a técnica em enfermagem que está  no nível básico.

O objetivo, de acordo com a diretora Andreia Brasil, é capacitar os servidores para o atendimento inclusivo. 

“Temos alunos que trabalham no Parque dos Bilhares, na secretaria de saúde, de educação, com cadastramento e atendimento de Bolsa Família, do Bolsa Universidade, todo um universo que precisa se adaptar para atender o portador de deficiência auditiva”, disse.

Linguagem baseia-se em 5 pontos


Professora da Língua Brasileira de Sinais (Libras) há 24 anos, Ester Barbosa explica que o curso normalmente tem duração de três meses, mas no caso dos servidores da Prefeitura, ele é mais funcional, voltado para as questões práticas do dia a dia.

“Eles aprendem perguntas como ‘qual o seu nome’, como ‘falar’ os documentos que existem, a idade, a prestar informações sobre atendimento, horário, linhas de ônibus e pontos turísticos, entre outras coisas”, explicou Barbosa. 

Além disso, eles aprendem as letras do alfabeto para que, no caso de falta de um sinal que corresponda a alguma informação, a palavra seja soletrada.

Ela explica que a linguagem de sinais está baseada em cinco parâmetros: a configuração da mão (forma das mãos: os destros utilizam-se da direita e os canhotos, da esquerda); ponto de articulação (lugar onde a mão configurada é posicionada); movimento (o sinal pode ou não apresentar movimento); orientação/direção (os sinais têm uma direção e estão relacionados à palma da mão); além da expressão facial e/ou corporal (de fundamental importância para o entendimento da entonação de voz).


Vitória da Conquista (BA) realiza concessão de cadeiras de rodas







cadeira de rodas


 A Prefeitura de Vitória da Conquista, por meio do Centro Municipal Especializado em Reabilitação Física e Auditiva (Cemerf), está realizando, desde o início do mês de maio, a concessão anual de meios auxiliares de locomoção, como cadeiras de rodas, cadeiras de banho, muletas, andadores e bengalas de quatro pontos

Nesta primeira etapa serão concedidas uma média de mil cadeiras de rodas, que foram compradas por meio de recursos provenientes do Ministério da Saúde/SUS.

Os meios auxiliares de locomoção contribuem para dar maior autonomia e independência às pessoas  com algum comprometimento da capacidade motora que as impeça de realizar suas atividades da vida diária. 

Para ter acesso, o usuário de Vitória da Conquista e de toda macrorregião sudoeste deve fazer sua solicitação junto ao Cemerf, de posse de um relatório feito pelo médico, terapeuta ocupacional ou fisioterapeuta, com todas as medidas específicas e peso da pessoa, pois existem na unidade 12 tipos de cadeiras de rodas de diferentes modelos e diferentes tamanhos, adequadas a cada tipo de necessidade.

“O ideal é que o paciente venha até o serviço para ser avaliado pelo terapeuta ocupacional ou pelo fisioterapeuta, mas, se isso não for possível, por conta da dificuldade de locomoção, o responsável por ele pode trazer o relatório funcional para a concessão ser realizada”, explica Glicia Miranda, coordenadora do Cemerf. 

Com oito anos de idade, David, filho de Sandra Ribeiro da Silva e Elton da Silva, moradores de Nova Canaã, vai receber a sua segunda cadeira de rodas no Cemerf, onde é acompanhado desde os dois anos incompletos. 

“Meu filho nasceu com cisto no cérebro. Quando ele completou 8 meses de vida, uma convulsão lhe deixou paralisado”, explica Sandra. 

A primeira cadeira de David era própria para tetraplégico, com a evolução do tratamento feito no Cemerf, uma vez por semana, sua nova cadeira será para paraplégico, pois já consegue controlar o seu tronco.

“Aqui no CEMERF ele consegue tudo que ele precisa para seu desenvolvimento, cadeira, órtese, sem contar o atendimento com os fisioterapeutas que são ótimos. Aqui o ambiente é muito acolhedor”, avalia Sandra.  

David, por conta de seu tamanho e peso, também receberá uma cadeira de banho, para auxiliar em sua higiene pessoal. Para a fisioterapeuta Paula Figueiredo, os auxiliares de locomoção são fundamentais para o desenvolvimento e inclusão social das pessoas com deficiências. 

“O custo de uma cadeira de rodas é alto, algumas famílias não tem condição de comprar. Pacientes como David, por exemplo, com a cadeira de roda tem muita chance de se desenvolver, ir para escola. Sem contar que ajuda muito a família, pois ele está crescendo e ganhando peso”, avalia Paula.

Há 13 anos, um acidente de carro em São Paulo, deixou Silvânio Ribeiro Soares, 41, tetraplégico. Morador do bairro Senhorinha Cairo, Silvânio é acompanhado pelo serviço desde junho de 2002 e está recebendo a sua terceira cadeira de rodas e cadeira de banho. 


“Eu não trabalho, então esta concessão me ajuda muito, porque se fosse pra comprar, eu não teria dinheiro”, explica Silvânio, que foi fazer o teste de medida, com sua mãe, Alice Amorim Ribeiro Soares.

Cmerf – O serviço funciona na Avenida Olívia Flores, ao lado do CEMAE. Foi implantado em Vitória da Conquista em 1999 e faz parte de uma série de serviços especializados mantidos pela Prefeitura Municipal, por meio do Sistema Único de Saúde / SUS. O Cemerf tornou-se referência em medicina física e reabilitação, prestando assistência à pessoa com deficiência física, auditiva e com problemas motores.

ACESSIBILIDADE E CIDADANIA SÃO ATOS DE AMOR

Acessibilidade

28 de mai. de 2013

Educação inclusiva beneficia mais de 300 crianças da rede municipal

Diploma


Há pouco mais de um ano o pequeno Felipe chegou à EM "Hélio Rosa Baldy", do Jardim São Guilherme 3, em Sorocaba (SP)

Junto com as dificuldades e limitações impostas pela mielomeningocele (deficiências múltiplas), o garoto de 7 anos carregava o grande desejo de estudar, de aprender e conviver com outros garotos. 

Foi recebido pela professora Débora Cardoso Rodrigues, uma das especialistas em educação inclusiva da rede municipal, e sua vida começou a mudar.

Hoje, ele escreve e lê normalmente, não perde um só dia de aula e com ajuda da Sala de Recursos Multifuncionais consegue acompanhar os demais coleguinhas. 

A dedicação e força de vontade do menino para aprender deixam orgulhosa também a professora Adriana Gomes Traghetta Guidone, que trabalha com ele em classe. "Ele tem suas limitações e as vezes temos de adaptar tarefas para que consiga fazê-las, mas surpreende no desempenho", conta Adriana.

Aos 13 anos, Pedro conquistou o respeito e a admiração da equipe escolar e dos colegas da 8ª série da EM "Matheus Maylasky". 

A paralisia cerebral comprometeu por completo o movimento de seus membros inferiores e superiores, impedindo que possa se locomover ou escrever com as mãos. Com isso, para poder frequentar a escola, Pedro necessitava da ajuda permanente de uma auxiliar de educação que escrevia as lições passadas pela professora.

Sua vida começou a mudar no início do ano passado, quando recebeu um notebook e com esse equipamento ganhou a autonomia de poder estudar sozinho, fazer as lições. 

O nariz substitui os dedos para a digitação, enquanto o queixo controla o mouse. Seu desempenho nos estudos enche de orgulho não só a professora, Rosi Cruz Alexandre, a auxiliar Vilma Bombardelli, que o acompanha em classe, como também os demais educadores.

Inclusão é realidade

Pedro e Felipe estão entre as 328 crianças com deficiências, que frequentam a escola e estudam normalmente, graças ao trabalho desenvolvido em parceria pela equipe multidisciplinar do Centro de Referência em Educação (CRE), com gestores das unidades escolares e os professores que atuam no ensino regular nas escolas municipais. 

A secretária municipal da Educação, Dulcina Guimarães Rolim, ressalta o trabalho dos profissionais do CRE, que garante a essas crianças e adolescentes não só frequentar a mesma classe, mas acompanhar o mesmo nível de desenvolvimento dos demais alunos.

Moradora no Jardim Santa Cecilia, Zona Norte de Sorocaba, Cristiane Queiroz de Jesus, vibra a cada avanço, a cada conquista do filho Felipe. 

 "Antes era difícil, ele queria ir à escola, mas não podia, porque não desenvolvia, não conseguia acompanhar, ficava triste. Hoje ele é alfabetizado, é outra criança. Tem até facebook para conversar com os amiguinhos", revela feliz.

Já Ezoil Benitez conta que o computador portátil se tornou as mãos e o caderno, um instrumento essecial na vida do filho Pedro. Graças ao equipamento cedido pelo Centro de Referência em Educação, pode fazer as lições e tirar boas notas, às vezes, superior aos demais alunos da classe. "Tratamos normalmente e exijo sempre boas notas dele na escola", afirma Benitez.

Escolas preparadas

Atualmente, são 29 escolas municipais equipadas e preparadas, que contam com o suporte da Sala de Recursos, criadas pelo Centro de Referência em Educação. 


Consiste na realidade em um espaço dotado de equipamentos voltados à acessibilidade, onde crianças que apresentam alguma deficiência podem estudar normalmente e o que é melhor, aprender ao lado das outras. 

Assim como Débora, outras 9 professoras do município fizeram o curso Atendimento Educacional Especializado (AEE), desenvolvido pelo Ministério da Educação.

Além dos alunos da EM "Hélio Rosa Baldy", Débora atende também 14 crianças de unidades de bairros vizinhos. Juntamente com os profissionais do Centro de Referência (fisioterapeutas, psicopedagogos, terapeutas ocupacionais e professores), entre outros, é estabelecido um plano de atendimento para cada aluno, respeitando suas dificuldades e habilidades.

As vezes demanda a aquisição de equipamentos diferenciados para que a criança tenha condições de estudar, como é o caso de Pedro. 

Pode ser uma cadeira especial, uma cadeira de rodas, uma mesa, um computador com configuração diferente ou utensílios. Toda essa preocupação é para que o mesmo trabalho aplicado aos demais alunos, possa ser acompanhado por aquele que tem alguma deficiência. 

"Essa é uma das ações do Centro de Referência que busca uma educação de qualidade na perspectiva inclusiva", afirma Miriam Rosa Torres de Camargo, responsável pelas Salas de Recurso Multifuncional.
 
Trabalho diferenciado atende 328 crianças
 

Funcionando na rede municipal desde 2010, as Salas de Recursos foram responsáveis por mais de 10 mil atendimentos só em 2012. 

Atualmente, são 328 crianças e jovens do ensino infantil, fundamental I e II, ensino médio e EJA, beneficiadas com esse trabalho diferenciado, realizado por profissionais especializados. "A inclusão é o melhor caminho. 

Aprender com as outras crianças, observar os demais alunos pode mudar a vida dessa criança e da escola toda", afirma a professora Débora.

Na rede municipal de ensino, a inclusão esteve sempre presente, porém a partir de 2009 por meio das ações da equipe multidisciplinar e dos programas desenvolvidos pela Secretaria da Educação, os alunos com necessidade educacional passaram a receber, por meio das salas de recursos multifuncionais, o apoio que é essencial para o seu desenvolvimento escolar no ensino regular. 

A rede foi dividida em setores, visitados regularmente pelas equipes, que trabalham individualmente cada aluno e com isso garantindo não só a frequência a sala de aula, mas também o aprendizado.

Além da capacitação contínua, professores que trabalham com esses alunos, recebem apoio integral dos profissionais do CRE, especialistas como: pedagogos, psicopedagogos, psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeuta, terapeutas ocupacionais e assistentes sociais, que atuam em sintonia com os educadores (professores, diretores, coordenadores e supervisores).

'Tive dificuldades, mas superei ', diz down formada em Biologia na Bahia


Amanda faz pose para foto
Amanda Amaral Lopes, 24 anos, vai se formar em licenciatura em Biologia, nesta quinta-feira (23). 

Ela mora em Vitória da Conquista, cidade no sudoeste da Bahia, e é a primeira pessoa com síndrome de down, no estado, a concluir um curso superior. 

A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), em Salvador, e a Associação Baiana de Síndrome de Dow (Ser Down) afirmam que esse é o pirmeiro registro que as duas instituições tomaram conhecimento no estado. 

No Brasil já houve outros casos, afirmam as duas associações.

Para a mãe da jovem, Alba Regina Amaral, a formatura de Amanda é uma conquista de toda a família. 

O apoio dos familiares foi fundamental para que ela seguisse com os objetivos planejados. "É muito importante, foi uma conquista de todos. 

Todo mundo sempre participou, incentivou tudo. Sempre foi iniciativa dela, a gente sempre apoiou, mas ela fez as escolhas por ela. A dificuldade sempre existe, mas, na medida do possível, a gente precisa superar", disse Alba.

A mãe de Amanda destacou que o momento também é triste porque o pai da jovem morreu há pouco tempo, e não pôde compartilhar do momento de alegria da filha ao lado da família.

A colação de grau de Amanda é na noite desta quinta-feira (23). Ela cursou Biologia pela metodologia de ensino à distância (Ead), em uma faculdade privada. Pelo menos uma vez na semana, a jovem tinha aulas presenciais e diz que contou muito com o apoio de colegas e professores para superar dificuldades.

Antes de fazer Biologia, Amanda queria ser jornalista, mas como o curso não formou turma na faculdade escolhida, ela optou pela área de Ciências da Natureza. 

"A sensação [de se formar] é ótima, é a melhor possível, estou muito feliz. Na verdade, quando eu era criança eu lia muita poesia e pensei em ser jornalista, mas foi a força do destino me colocou na área de biologia. A professora [de biologia no Ensino Médio] me incentivou muito", revela.

Amanda nasceu na Bahia, mas morou durante boa parte da vida escolar em Divinópolis, em Minas Gerais. Lá ela foi alfabetizada em escolas convencionais da rede particular e cursou o Ensino Fundamental todo em uma escola municipal, também convencional. 

A jovem também sempre fez acompanhamento com fisioterapeuta e fonoaudiólogo. A mãe da jovem ressaltou toda a atenção que a agora licenciada em Biologia teve durante a vida escolar.

"Ela sempre foi muito estimulada, desde pequena. Amanda foi alfabetizada por bons professores, teve bons profissionais acompanhando ela", disse Alba Regina Amaral.
 

 Amanda diz que sempre que tinha dificuldades, mesmo na escola, contava com o apoio dos colegas e professores, o que a ajudou a superar qualquer tipo de obstáculo. 

Ela define a relação com os colegas e educadores como "ótima e legal". Sobre os preconceitos sofridos, ela afirma que preferiu relevar e não destaca nenhum. 

"Tive dificuldades, mas superei com meus colegas de de sala e professores, tanto na escola quanto na universidade. Tinha dificuldade em matemática", afirma.
 

 No convite de formatura, Amanda conclui sua mensagem agradecendo a familiares, amigos, colegas e professores pela ajuda em realizar o seu grande sonho: "aprender e ensinar".

Amanda ainda não teve contato com a profissão fora da sala de aula. Antes de procurar um trabalho na área, ela quer alcançar outro objetivo, o de fazer uma pós-graduação na área de Libras (Língua Brasileira de Sinais). "Quero ajudar os outros que têm dificuldade", diz.


Ceir Móvel entrega quase 500 meios auxiliares de locomoção

Cadeira de rodas


Quase 500 meios auxiliares de locomoção foram entregues, no último sábado (25/05), à população das cidades de Pedro II, Milton Brandão e Lagoa de São Francisco, localizadas na região Norte do Piauí

A ação aconteceu através do Projeto Ceir Móvel, que descentraliza parte dos atendimentos do Centro Integrado de Reabilitação da capital para o interior do Estado.

A solenidade de entrega, que aconteceu em Pedro II, contou com a presença de várias autoridades.

Uma das beneficiadas nesta etapa do Ceir Móvel foi a jovem Maria Alves Gomes, que mora na zona Rural de Pedro II. Aos 25 anos, Maria não anda e nem fala por conta de problemas de saúde apresentados desde o nascimento, que aconteceu prematuramente. 

Segundo sua mãe, a dona de casa Conceição Oliveira, a jovem teve apenas uma cadeira de rodas ao longo da vida, que foi doada quando ela tinha 7 anos de idade. 

Com o passar do tempo, o equipamento ficou pequeno para a estatura da jovem e esta só se locomovia arrastando-se pelo chão.
 
“Enquanto ela era menor, eu a carregava nos braços para irmos ao médico ou resolvermos alguma coisa aqui na cidade. Como ela está quase do meu tamanho e eu não tenho mais forças, passei a sair de casa somente quando conseguia a cadeira de rodas emprestada com alguém do povoado”, relata Conceição Soares. 
 
Maria foi uma das beneficiadas desta etapa do Ceir Móvel e recebeu, além da cadeira de 
rodas, outra cadeira para ajudar nas atividades higiênicas. 
 
“Agora, o que a gente espera é que a vida seja um pouco mais fácil. É muito ruim ficar sem ter como sair de casa”, diz Conceição.

Entre os 490 meios auxiliares de locomoção entregues pelo Ceir Móvel nesse sábado, estão as cadeiras de roda e higiênicas, além de calçados para o pé diabético,muletas e andadores. 

Praticamente todos os equipamentos são fabricados na Oficina Ortopédica do Ceir, em Teresina. No trabalho itinerante, os profissionais do Centro vão até as cidades e tiram as medidas da população para, posteriormente, fazerem a entrega das solicitações. Todo o atendimento é gratuito.

Entretanto, o superintendente multiprofissional do Ceir, Aderson Luz, lembrou, durante o evento, que a população não precisa esperar a equipe do Ceir Móvel chegar à sua cidade para fazer a solicitação e receber, gratuitamente, o equipamento auxiliar de locomoção. 

“Quem precisar do produto deve procurar a secretária de saúde do município para iniciar o processo. A diferença é que o órgão municipal é que fica responsável por enviar as informações do paciente e transportar a peça solicitada”, reforçou Aderson. 

O superintendente administrativo e financeiro do Ceir, Walter Oliveira, também acompanhou a solenidade.

A prefeita de Pedro II, Neuma Café, destacou a importância dos atendimentos do Ceir Móvel na região. 

“Como ouvimos aqui, boa parte destas pessoas nunca tiveram equipamentos parecidos antes. Ações como esta dão a elas a oportunidade de não viver prostradas dentro de casa e exercer com dignidade seu direito de ir e vir”, afirmou.

A solenidade de entrega dos meios auxiliares de locomoção solicitados pelo Ceir Móvel em Pedro II contou, ainda, com a presença de várias autoridades estaduais e municipais da região. 

O secretário estadual para a Inclusão da Pessoa com Deficiência, Hélder Jacobina representou o governador Wilson Martins no evento.