Em comemoração ao Dia Mundial de Sensibilização para o Autismo,
celebrado no último dia 2 de Abril, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban
Ki-moon, destacou que a rejeição das pessoas que apresentam essa
condição neurológica “é uma violação dos direitos humanos e um
desperdício de potencial humano”.
O chefe da ONU ressaltou que o autismo
ainda não é bem compreendido em muitas sociedades, apesar de afetar
milhões de indivíduos.
Ban Ki-moon afirmou que “embora as pessoas com
autismo tenham, naturalmente, uma ampla gama de habilidades e diferentes
áreas de interesse, todas elas compartilham a capacidade tornar nosso
mundo um lugar melhor”.
Ki-moon lembrou ainda que, em 2016, a Convenção da ONU sobre os
Direitos das Pessoas com Deficiências completa dez anos. Ele pediu à
comunidade internacional que garanta a participação e a inclusão plenas
dos indivíduos com autismo nas sociedades.
Também por ocasião do Dia Mundial, o presidente da Assembleia Geral
da ONU, Mogens Lykketoft, disse que “o autismo e outras formas de
deficiência são parte da experiência humana que contribui para a
diversidade humana”.
Para Lykketoft, a data permite celebrar os talentos
únicos das pessoas com autismo, além de lembrar que cada um desses
indivíduos deve ser tratado como um membro de valor da sociedade, tendo
direito, portanto, a oportunidades iguais em todos os aspectos,
incluindo educação, emprego, acesso à informação e participação na vida
social, política e cultural.
O presidente do organismo da ONU também afirmou que os
Estados-membros já enfatizaram a necessidade de colocar as deficiências
no centro da agenda global de desenvolvimento.
“Ao adotar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) em setembro de 2015, a Assembleia Geral prometeu que ninguém seria deixado para trás. Tornemos isso uma realidade, construindo sociedades inclusivas e comunidades acessíveis, onde as pessoas com autismo e outras deficiências possam prosperar, gozar das mesmas oportunidades e serem, assim, empoderadas”.
Cerca de 1% da população mundial – ou um em cada 68 crianças –
apresenta algum transtorno do espectro do autismo, e a ocorrência da
condição neurológica tem aumentado. A maioria dos afetados é de
crianças.
Fonte: Nações Unidas no Brasil / Vida Mais Livre
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