30 de jun. de 2014

PARTICIPEM DO ARRAIAL ILUMINADO AACD

Falta de intérpretes dificulta o acesso de pessoas com deficiência auditiva à CNH

Foto de uma CNH


Toda vez que precisa sair com urgência de casa, seja para ir ao médico, à farmácia ou realizar qualquer atividade cotidiana, Cássio Oliveira Melo, 32 anos, com deficiência auditiva, precisa acionar a mãe, a aposentada Claudete de Oliveira Melo, para levá-lo de um local ao outro. 


Não que ele queira depender dela, mas a busca pela autonomia esbarra na dificuldade em obter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), devido à ausência de intérpretes durante as provas teóricas exigidas pelo Departamento de Trânsito (Detran)


Mesmo após cinco tentativas, Cássio não conseguiu ser aprovado no exame, pois a estrutura da Língua Brasileira de Sinais (Libras), que ele usa para se comunicar, é diferente daquela da Língua Portuguesa, na qual a prova escrita é aplicada.


"Eu quero ter minha independência, mas não tenho escolha", explica Cássio. Ele, cuja esposa também é tem deficiência auditiva, está prestes a ser pai e se preocupa agora em depender ainda mais da ajuda de familiares, com a chegada do filho. 


"Quando o bebê nascer, se ele ficar doente, para levá-lo ao hospital eu vou ter que ligar para alguém ou chamar um táxi." 


Conforme conta, entre 2001 e 2010, foram cinco reprovas na prova teórica. "Além das dificuldades que desanimam o candidato com deficiência que quer dirigir, há também um prejuízo financeiro, já que a cada prova é preciso desembolsar R$170.


" E as dificuldades, lembrou, começam desde o curso de formação de condutores. "Não são todas as autoescolas que possuem intérpretes, a maioria apenas autoriza que o aluno leve alguém que traduza a aula para ele."


No caso das pessoas surdas, a prova teórica é aplicada juntamente com os candidatos ouvintes. Além de não terem acesso às orientações para o exame, que são faladas, os surdos não conseguem interpretar totalmente o exame escrito. 


"Se ele ler a palavra condutor na questão, por exemplo, ele não vai saber o significado, pois o sinal que ele conhece está associado à palavra motorista", explica o intérprete de Libras Alexandre Elias. 


Segundo ele, o surdo alfabetizado consegue ler, mas não interpretar a estrutura da frase do que está escrito. "A decodificação ocorre de forma diferente para quem se comunica em Libras." 


Alexandre, que criou uma campanha nas redes sociais denominada de Libras no Detran, defende os direitos das pessoas com deficiência auditiva. "Eles estão sendo lesados social e financeiramente."
 

Lei
 

Por lei, todos os órgãos públicos são obrigados a disponibilizar um intérprete de Libras, porém segundo o Detran-SP, não existe regulamentação federal para a aplicação de prova teórica adaptada para pessoas com deficiência auditiva. 


Apesar disso, informou, via sua assessoria de imprensa, que até o fim deste ano será implantado o banco de dados de questões da prova teórica adaptadas para os surdos, nas unidades com exame eletrônico. 


A iniciativa acontece em Brasília, por exemplo, onde as provas são aplicadas em vídeo para os deficientes auditivos. 


De acordo com o órgão, 53 unidades paulistas do Detran realizam a prova no computador e a mudança será gradativa em todo o Estado.


Em Sorocaba, porém, a prova teórica para CNH é realizada no papel e, segundo o órgão, nesse caso, o candidato surdo pode solicitar a prova adaptada aplicada por um intérprete de Libras, caso reprove na prova padrão, sem custos adicionais. 


Essa prova adaptada estaria disponível desde fevereiro na cidade, porém o auxiliar de logística Jonas Gonçalves Maciel, 22 anos, rebateu a informação. Conforme conta, a quarta e última tentativa de realizar o teste teórico aconteceu em maio. 


"Não havia intérprete do Detran e o delegado também não autorizou que ele entrasse com o intérprete próprio, como fez na autoescola", lembra a mãe, a diarista Maria Gonçalves Santos Maciel.
 
 
Alexandre apontou que o compromisso de disponibilizar um funcionário habilitado em Libras para a aplicação das provas aconteceu somente na última sexta-feira (20), em reunião com a direção da Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran). 
 
 
Funcionários do atendimento telefônico do Detran-SP não souberam dar informações sobre os procedimentos para solicitar a prova adaptada. 
 
 
Segundo nota do órgão, para isso,o candidato precisa se dirigir à unidade do Detran na qual fez o primeiro teste.
 
  A repercussão que a questão ganhou, devido à divulgação nas redes sociais, fez com que aumentassem as esperanças do jovem Rafael Xavier Pires em obter a carteira de motorista. 


Ele completou 18 anos em janeiro e, diante das dificuldades encontradas, não iniciou o processo para obter a habilitação. 


"Um grupo de amigos com deficiência auditiva baixa se dispôs a frequentar a autoescola com ele, para traduzir as aulas em Libras, mas de nada adianta a ajuda se na hora da prova ele não tiver as condições justas de ser avaliado", comenta a irmã, Camila Xavier Pires. 


Caso as mudanças prometidas ocorram, "em breve ele poderá usar o carro para trabalhar, estudar e, acima de tudo, não depender de ninguém", acredita.


Fonte: Cruzeiro do Sul

 
 
 

Prefeitura de Teresina (PI) cadastra idoso e pessoa com deficiência para estacionamento especial

Foto do cartão especial para estacionamento


Com o objetivo de garantir espaço de estacionamento especial para os idosos e pessoas com deficiência, a Prefeitura de Teresina, através da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans), está realizando o cadastro para este tipo de estacionamento.


Para fazer o cadastro, a pessoa com deficiência deve procurar o Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) mais próximo com a cópia da identidade, CPF, comprovante de residência e o laudo do médico com o Código de Identificação da Doença  (CID).


O cartão de estacionamento especial para idoso e pessoa com deficiência foi elaborado em conformidade com as Leis Federais de Nº 9503/1997 e 10.741/2003 e a Lei Municipal Nº 3.488/2006, por isso é válido em todo território nacional.


De acordo com a gerente de Educação da Strans, Samyra Motta, no Centro da cidade existem muitas vagas de estacionamento especial. 


“Tanto os idosos como as pessoas com deficiência têm direito a utilizar esse espaço, mas é preciso que eles façam o cadastro e recebam o cartão”, destacou.


Samyra alerta ainda que ao estacionar numa vaga especial,  as pessoas devem colocar além do talonário da zona Verde o cartão de estacionamento especial.


 “É necessário que os idosos e as pessoas com deficiência utilizem no momento de estacionar o veículo na vaga especial  tanto o cartão da zona verde como o de estacionamento especial, que deverão ser colocados no painel do carro, pois assim estarão respeitando o código de trânsito e evitarão maiores problemas”, finalizou.




Narrando com as mãos: surdos torcem pela Seleção com muito barulho e sinais

Foto da família assistindo ao jogo


O movimento no apartamento de Priscilla Gaspar era um entra e sai sem fim. Busca travessa, pega copos, traz salgadinhos, não se esquece também dos mousses na geladeira. 


Enquanto isso, Cezar de Oliveira, seu marido, ajustava um telão improvisado no salão de festas do condomínio. Durante o jogo entre Holanda e Chile, discutia com o cunhado sobre quem seria um melhor adversário nas oitavas.


A confusão era parecida com a de muitas outras famílias nesta segunda-feira (23), horas antes da partida do Brasil contra Camarões pela Copa do Mundo


A diferença era a provisória quietude: a comunicação era com a língua de sinais. Surdos, Priscilla e Cezar aproveitavam o aniversário de sua filha do meio para reunir familiares e amigos e assistir juntos ao jogo.


O silêncio logo acabaria. As crianças, empolgadas com buzinas e apitos, chegaram fazendo festa com os primos. Sem sofrer com os sons estridentes, brincavam de apitar na orelha alheia. 


“Na mamãe não! Que a mamãe escuta e machuca!”, gritou, entre sinais, Renata Gaspar, a cunhada-intérprete de Priscilla, ao ser vítima da peça do filho mais novo surdo profundo.


Com mais de 30 convidados, a festa talvez não ocorresse do mesmo modo alguns anos atrás. A mãe da anfitriã, Silvia Sabanovaite, lembra que quando era jovem havia mais preconceito e vergonha.


No meu tempo era vergonhoso mostrar a deficiência. Eu via que muitos surdos se escondiam quando estavam conversando em Libras. Chegavam a parar de falar quando alguém se aproximava  e só voltavam a sinalizar quando estavam sozinhos novamente”, afirma.


Desde então, muita coisa mudou. “Hoje é mais fácil porque tem leis que favorecem os surdos. Na minha época era muito diferente, não tinha troca com ouvintes. Eu tive sorte de ser oralizada”, diz Silvia.


Em 1991, a Lei das Cotas reservou vagas de emprego para pessoas com deficiência. Em 2002, a Língua Brasileira de Sinais (Libras) recebeu o status de “meio legal de comunicação” no país, possibilitando que três anos depois fosse criada a lei que garante o direito a intérprete em salas de aula e criação de escolas especiais bilíngues.
 

Vida diferente
 

A mudança de visão sobre a comunidade surda é percebida na vida de Priscilla. Seu pai foi aluno de escola que ensinava apenas Libras, já Silvia frequentou escolas regulares que visavam “oralizar” os deficientes, fazendo com que aprendessem a falar e a ler lábios.  


Criada com grande influência da avó materna, Priscilla acabou sendo educada para a oralidade, mas aprendia sinais em casa.


“Eu fui matriculada em uma escola de ouvintes, mas cresci e comecei a aprender sinais, que meu pai me ensinava escondido. A fonoaudióloga me proibia de fazer sinais, mas como eu ia me comunicar com ele se não era oralizado? Quando ela entendeu, aceitou”, afirma.


Em seu último ano na faculdade de pedagogia, a lei que garante intérpretes em sala de aula entrou em vigor. Mesmo assim, ela optou pela educação especial para as três filhas.


 “A minha preocupação é que elas encontrem a identidade delas, se sintam felizes e tenham contato com a Libras”.


Natasha, que completou sete anos no dia da vitória do Brasil, já começa a se interessar em ir para a fono.


 “Eu não estou preocupada com a idade em que elas aprendam a falar, tem um tempo certo.”
Já Reynaldo Falchi, irmão de Renata, a cunhada-intérprete, se preocupa com a idade que a filha começará a falar. Filha de surdos, a pequena Laura nasceu ouvinte. 


Como as vozes dos dois são diferentes, ele teme que a criança não aprenda tão bem quanto outras crianças da mesma idade.


Por isso, durante a semana a menina de um ano vai à escola, onde tem contato com outros ouvintes e aos fins de semana, tem contato com os sinais. 


“Eu quero que ela seja bilinguista. Ela é pequena, mas já sabe alguns sinais de banho, para comer...”, diz o pai orgulhoso.
 

Torcida
 

“Vai! Vai! Vai! Vai!”, gritavam todos ao ver Neymar se aproximando da área e driblando o jogador camaronês. 


Quando ele marcou o segundo gol brasileiro, dando fim à angústia do empate, eram gritos e buzinas, dançinhas e abraços. No calor da comemoração, não era fácil dizer quem era ouvinte e quem não era.


Quem passasse pelo salão possivelmente nem pensaria como talvez há alguns anos esse encontro não acontecesse. Provavelmente nem imaginaria que se tratava de um grupo com mais de vinte surdos. 


Contrariando expectativas, a animação com o jogo não era silenciosa  Não só pelas buzinas, mas os gritos exaltados durante todo o jogo. Os palavrões também existiam mas, por alguma razão, eles sim, eram silenciados para os não fluentes em língua de sinais.


Fonte: Época

Governo de São Paulo leva Rede Lucy Montoro a Marília

Logotipo da Rede Lucy Montoro
A partir do dia 27 de junho, as pessoas com deficiência da região do município de Marília (SP) poderão contar com o Centro de Reabilitação Lucy Montoro


O Governo do Estado de São Paulo, por meio das Secretarias de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência e da Saúde, implantou a Rede Lucy na cidade em parceria com a Faculdade de Medicina de Marília – FAMEMA.


A inauguração da Rede conta com a presença do Governador de São Paulo, Geraldo Alckmin,  da Secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, Dra. Linamara Rizzo Battistella, e do Secretário de Estado da Saúde, David Uip.


A unidade do município de Marília contará com setor de diagnóstico, salas de atendimento individual, espaços para atendimento multiprofissional infantil e adulto, consultórios, sala de terapia em grupo e oficinas de órteses e próteses.
 

Rede de Reabilitação Lucy Montoro


Criada pelo Governo do Estado de São Paulo, pelo decreto 52.973, de 2008, regulamentada pelo decreto 33.739/10 e alterada pelo decreto 58.050/12, a Rede de Reabilitação Lucy Montoro tem como objetivo proporcionar o melhor e mais avançado tratamento de reabilitação para pacientes com deficiências físicas incapacitantes, motoras e sensório-motoras.


A Rede realiza programas de reabilitação específicos, de acordo com as características de cada paciente. 


Os atendimentos são realizados por equipes multidisciplinares, composta por profissionais especializados em reabilitação, entre médicos fisiatras, enfermeiras, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, educadores físicos e fonoaudiólogos.


Hoje, a Rede de Reabilitação Lucy Montoro conta com 14 unidades em funcionamento em todo o Estado e realiza mais de 100 mil atendimentos por mês. Estão em funcionamento as unidades Morumbi, Ribeirão Preto, Vila Mariana, São José do Rio Preto, Campinas, Clínicas, Lapa, São José dos Campos, Umarizal, Jaú, Presidente Prudente, Santos, Mogi Mirim e Fernandópolis.




27 de jun. de 2014

Fique Ligado: Acompanhante do passageiro com deficiência tem desconto na compra de Passagem Aérea








 






Em viagens aéreas, o passageiro com deficiência, que comprovar a necessidade de um acompanhante durante o vôo, tem o direito a um desconto de no mínimo 80% na passagem da pessoa que o acompanhará durante a viagem. 


Para isso, no momento de contratação do serviço, ele deve avisar a companhia aérea que requer essa assistência.

 
Para saber mais, acesse a Resolução 280/2013 da Agencia Nacional de Aviação Civil: 

  

Dia Internacional da Pessoa com Surdocegueira

Foto: No dia 27 de junho o mundo celebra o Dia Internacional da Pessoa com Surdocegueira.

Prefeitura apresenta projeto de ecoturismo com pessoas com deficiência visual ao Rotary de Guarujá (SP)

Foto com o símbolo da deficiência visual


Com o objetivo de conhecer e apoiar projetos que visam a orientação para independência e a integração social de pessoas com deficiência visual, o Rotary Clube de Guarujá (SP) recebeu diretores e o secretário municipal de Turismo, José Carlos Rodriguez, para apresentar a proposta. 


Na ocasião, eles puderam conhecer em detalhes o projeto de turismo ecológico adaptado na região da Prainha Branca.


A iniciativa, idealizada pela Prefeitura, tem apoio da entidade Lar das Moças Cegas e apresenta o treinamento do monitor ambiental e morador da comunidade, Miguel de Almeida Flávio. 


O grau de deficiência do jovem é classificado como baixa visão, por enxergar apenas 5% em um dos olhos e 10% no outro olho. Além do monitor especial, uma trilha sensorial foi escolhida como roteiro de turismo adaptado.


Segundo o presidente entidade, Romilton Wlademy Gonçalves de Sá, o projeto atende todos os requisitos para ser incorporado às demais ações a serem desenvolvidas na Casa da Visão, idealizada pelo Rotary, que irá fornecer gratuitamente a pessoas com deficiência visual exames, tratamentos, óculos, lentes, cursos de informática e Braille.


O secretário municipal de Turismo, José Carlos Rodriguez, enfatiza que dentro das diretrizes estabelecidas pela prefeita Maria Antonieta de Brito, o turismo adaptado é uma das prioridades do governo


“Este projeto tem como objetivo integrar à comunidade todos os que possuem alguma interferência visual, com a particularidade de estarmos desenvolvendo o turismo ecológico com o alto rendimento socioeconômico”, disse.


Além dos membros da Secretaria Municipal de Turismo, estiveram na reunião, moradores da comunidade da Prainha Branca, monitores ambientais reconhecidos no Município pela Lei 3.805/2011 e também Miguel, que emocionou a todos.


“É indescritível a sensação de felicidade de crianças com deficiência visual, como eu, quando, pela primeira vez, tocam folhas, sementes, solo de floresta, rochas gigantes cobertas por musgos e abrigos de animais silvestres”, relatou.
 

Casa da Visão – O Projeto idealizado pelo Rotary Club do Guarujá está sendo executado com parceria da Prefeitura e do Guarujá Golf Clube. O programa prevê a construção de um prédio de 150 m², em terreno de 1.600 m², cedido pelo Governo Municipal, já em fase de implantação.




Museu de Artes e Ofícios, em Belo Horizonte (MG), inova ao lançar audioguia

Foto de uma mulher no Museu de Artes e Ofícios


Ao passear por um museu, visitantes têm a oportunidade de, na maioria dos casos, ler informações sobre os objetos expostos. 


Os textos são uma forma de contextualizar, por meio de dados históricos e acadêmicos, a importância daquela peça. 


Sem dúvidas, algo que enriquece a experiência, mas que torna-se limitada para estrangeiros e pessoas com deficiência visual e auditiva, caso o local não seja adequadamente equipado.


Esse é um problema que o Museu de Artes e Ofícios (MAO) acaba de resolver com a implantação de 30 audioguias com recursos interativos, que incluem vídeos explicativos em quatro idiomas – português, inglês, francês e espanhol – e também na Linguagem Brasileira de Sinais (Libras) e descrição por voz do acervo do espaço e acervo para os surdos. 


“Essa é uma iniciativa inovadora entre os museus brasileiros que garantirá mais acessibilidade para as todas as pessoas. Afinal, esse é um espaço público, criado e implantado com dinheiro público, por meio de leis de incentivo, e é nossa obrigação e dever, ter meios para receber o maior número de pessoas”, afirma a presidente do Instituto Flavio Gutierrez, mantenedor do MAO, Angela Gutierrez.

O audioguia é um tablet que está disponível para os visitantes mediante o pagamento de R$ 5. Pessoas com deficiências visuais, auditivas e professores têm o recurso disponibilizado gratuitamente


Para facilitar a navegação, o museu foi “dividido” em setores em um mapa que aparece na página inicial. Ao clicar em um dos setores, opções de vídeos informam sobre as 2.500 que compõem o museu.


“Foi um trabalho árduo de toda a equipe para produzir o material necessário e se familiarizar com esse tipo de prestação de serviço”, diz Angela, que justifica um dos motivos da ligeireza: 


“Aceleramos muito a inauguração do sistema para podermos ‘pegar’ a Copa do Mundo. Afinal, queremos receber muito bem os estrangeiros”.


A implementação do sistema levou cerca de um ano de trabalho e o investimento de R$ 100 mil. Para o diretor da empresa Era Virtual, responsável tanto pela virtualização do museu quanto pela inserção da tecnologia como possibilidade de visita no MAO, Rodrigo Coelho, o projeto foi pensado para atender visitas com durações variadas. 


“A gente sabe que o turista ou mesmo o visitante local às vezes não têm muito tempo. Por isso, o guia foi elaborado de maneira a informar tanto a pessoa que só tem 30 minutos para o passeio quanto aquele que tem o dia inteiro”, afirma. 


Na tela seguinte à seleção de um dos setores, é possível escolher um vídeo geral com cerca de um minuto e trinta segundos, ou outros com elucidações aprofundadas sobre o objeto.


Responsável pela implementação de audioguias em vários museus, Coelho não esconde a satisfação com o resultado que, segundo ele, é inovador quando comparado com museus da América Latina. 


“O uso de guias e sensores próximos aos objetos é mais comum. Mas disponibilizar um aparelho que dá liberdade para o visitante e toda essa interação é raro. Digo que criamos, na verdade, um ‘multiguia’”, afirma.


A preocupação com a acessibilidade de pessoas com limitações naturais, como surdos e portadores de deficiência visual, porém, não é novidade no MAO. ]


Em dezembro de 2013 foi iniciado um curso de Libra para monitores e educadores do local. 


“Ajuda muito no nosso trabalho porque temos parcerias com instituições para alunos surdos, que sempre vêm ao museu. Além disso, passamos a ter condições de receber apropriadamente dando boas vindas e explicando melhor o funcionamento do museu”, afirma a educadora do MAO, Dircilene Macedo.


Assim o museu segue uma demanda do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) de viabilizar acesso a toda população. “Com essas adaptações surdos e deficientes visuais podem realmente conhecer o museu e, de certa forma, resgatar sua própria cultura”, opina Coelho.

No Brasil


De acordo com a última pesquisa “Museu em Número”, realizada pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), em 2011, apenas 25,2% dos museus no país possuem infraestrutura para receber turistas estrangeiros, o que inclui sinalizações e publicações em idiomas estrangeiros.


Fonte: O Tempo


UFMT lança jardim sensorial voltado para aprendizado de pessoas com deficiência

Foto do jardim sensorial de Cuiabá


Um jardim sensorial foi inaugurado no campus da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) em Cuiabá (MT) para facilitar o aprendizado de pessoas com deficiências físicas, visuais e auditivas no estado. 


A escolha da data para lançar o jardim, esta quinta-feira, foi em comemoração ao Dia do Meio Ambiente. 


No local, foram plantadas diversas espécies de ervas medicinais, plantas aromáticas e também de uso culinário. Além disso, um tanque de peixes também foi instalado no espaço.


De acordo com a professora Edna Hardoim, a ideia faz parte de uma linha de pesquisa desenvolvida no mestrado em Ensino de Ciências Naturais e no doutorado em Educação em Ciências e Matemática, ambos da UFMT, e voltado à produção de material didático inclusivo a pessoas com deficiência nas escolas regulares.


Conforme a professora, as escolas regulares atuais ainda apresentam um grande número de professores da educação básica e também do ensino superior que não tiveram durante o processo de formação inicial a competência para trabalhar em escolas inclusivas.


“O que percebemos durante o período de pesquisa é que, além da dificuldade com a linguagem utilizada no processo de comunicação, os professores não conhecem muitas estratégias pedagógicas que possam auxiliar as aulas com as pessoas de necessidades educacionais especiais”, disse a professora.


A professora acredita que a inclusão não está formada em separar esses alunos em locais reservados para eles mas sim em incluí-los em escolas regulares. 


“Por mais que os pais desses alunos lutem pela permanência do instituto para cegos ou escolas para deficientes auditivos, nós sabemos que essa é uma maneira errônea de querer incluir os deficientes. O ideal é desenvolver instrumentos de estudos para as pessoas normais aprenderem junto com as pessoas que portam qualquer tipo de deficiência”, comentou.


Conforme a professora, com isso surgiu a ideia da construção do jardim sensorial. Edna Hardoim explica que a área é um espaço adequado para os as pessoas com deficiência desenvolverem os sinais específicos para as aulas de botânica e ciências biológicas, porque é um laboratório vivo com ricas fontes de recursos pedagógicos.
 

Projeto
 

A construção do Jardim Sensorial se deu em bases cooperativas entre a UFMT, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), o Juizado Volante Ambiental (Juvan) e o Ministério Público Estadual (MPE). 


De acordo com a professora, o Jardim Sensorial também pode ser visitado pela população porque se destina a diversos públicos, pois, serve como espaço pedagógico de pesquisa, de educação ambiental e espaço de contemplação das plantas.


A UFMT fica na Avenida Fernando Corrêa da Costa, n° 2367, no Bairro Boa Esperança, em Cuiabá.


Fonte: Portal AZ


Riofilme: 200 mil para acessibilidade em cinemas digitais

Logotipo do programa Cinema Acessível RioFilme


A RioFilme lançou nesta quarta, 4, o programa "Cinema Acessível RioFilme", que financiará a implementação de tecnologias de acessibilidade em salas de cinema digitais do Rio de Janeiro.


A iniciativa promove a ampliação do acesso ao cinema com o subsídio para que empresas de exibição instalem ferramentas de audiodescrição e de legenda oculta em dez diferentes complexos do município.


O investimento total nesta linha é de R$ 200 mil e cada complexo receberá R$ 20 mil para implementar tecnologias de livre escolha. 


O projeto contemplará ao menos um complexo por Área de Planejamento (AP), respeitada a ordem cronológica das inscrições, que serão aceitas até o limite dos recursos disponíveis.


Hoje não há no Rio de Janeiro cinema com tecnologias que possibilitem o acesso da população de deficientes visuais e auditivos aos filmes lançados no mercado comercial. 


Por outro lado, 20% da população carioca possui algum tipo de deficiência sensorial.


A RioFilme pretende incentivar a adoção de tecnologias de acessibilidade pelas empresas, em todos os seus complexos. 


A oferta de filmes acessíveis, que permitirão o uso das tecnologias instaladas nos complexos, dependerá dos distribuidores.


A partir de 2014, todos os longas financiados pela RioFilme deverão ser finalizados com legendas ocultas e audiodescrição. 


As inscrições no programa "Cinema Acessível" estão abertas e podem ser feitas através do email cinema.acessivel@riofilme.com.br.


Regulamento e informações complementares estarão disponíveis no site da RioFilme.




26 de jun. de 2014

Projeto permite que empresa de segurança contrate pessoas com deficiência para trabalho administrativo

Foto de carteiras de trabalho
A Câmara analisa o Projeto de Lei 6144/13, do deputado Laercio Oliveira (SD-SE), que autoriza empresas de segurança privada a considerarem apenas os empregados da área administrativa para fins de atendimento dos percentuais mínimos de cotas para pessoas com deficiência


A proposta altera a Lei 8.213/91, que obriga empresas com 100 empregados ou mais a preencher de 2% a 5% dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas com deficiência.


O autor deixa claro no texto do projeto que isso se deve a natureza das atividades desenvolvidas por esse tipo de empresa, em que uma parcela dos empregados trabalha para inibir ações criminosas, sendo inclusive facultado o uso de armas de fogo e armas brancas. 


“Em vista dessas peculiaridades, exige-se que as pessoas não sejam portadores de limitações ou necessidades especiais”, justifica.


Oliveira cita o exemplo das Forças Armadas, onde o atendimento dos percentuais de pessoas com deficiência, determinados pela Constituição, é feito excluindo os policiais.
 

Tramitação
 

O projeto será analisado conclusivamente pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.




Catanduva (SP) recebe Centro de Tecnologia e Inclusão Social

Foto com o símbolo da acessibilidade
Nesta quinta-feira, 26 de junho, às 15h, a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo e a Prefeitura do município de Catanduva foi inaugurado o Centro de Tecnologia e Inclusão Social, na cidade. 


No mesmo espaço funciona a sede da Coordenadoria Municipal de Inclusão Social, órgão da prefeitura responsável pelas ações de inclusão no município.


Implantado na cidade por meio de convênio firmado entre a Secretaria e a Prefeitura, o Centro será equipado com quadra esportiva coberta, piscina coberta e aquecida, sala de informática e academia ao ar livre adaptada para pessoas com deficiência física.


O Centro atenderá preferencialmente pessoas com deficiência e idosos, nas áreas: esporte, lazer e cultura, qualificação profissional e emprego e atendimento psicológico.


Na área do esporte adaptado para pessoas com deficiência, o espaço conta com aulas de iniciação e treinamento nas modalidades atletismo, natação e xadrez, sendo que a última é voltada apenas para pessoas com deficiência visual. Além disso, os atendidos também terão aulas de dança, hidroginástica e ginástica funcional.


Voltado ao público idoso, na área do esporte, o Centro conta com iniciação e treinamento nas modalidades: atletismo, natação e voleibol adaptado, além de dança, hidroginástica, alongamento e jogos de mesa, como damas, dominó e xadrez. Os idosos também terão aulas de informática.


Tanto as pessoas com deficiência quanto os idosos, poderão solicitar credencial para estacionamento em vaga exclusiva e o cartão de gratuidade para utilização do transporte público no espaço.


Centro de Tecnologia e Inclusão de Catanduva


Endereço: Rua 15 de novembro, 1600 - Jardim Santa Rosa - Catanduva


 Fonte: Secretaria da Pessoa com Deficiência

Ele é surdo e cego. Mas ganhou dos amigos a chance de 'assistir' à seleção

Olhando para câmera, Helio, Carlos e Regiane mostram o jogo

 
Carlos Alberto Santana Junior é um jovem de 26 anos que nasceu sem escutar. A partir dos 10 anos, passou a perder também sua visão


Enquanto os olhos funcionavam bem, era apenas mais um brasileiro apaixonado por futebol. Sem a visão, o garoto surdocego perdeu a chance de vivenciar a experiência de ir para um campo bater uma bola ou de simplesmente curtir uma partida na TV. Não mais. Um casal fez a Copa de 2014 ser inesquecível para ele.


Na última quinta-feira, Carlos chegou à casa de dois amigos, o casal de guias-intérpretes Hélio Fonseca de Araújo e Regiane Pereira com um pedaço de papelão na mão.


Ele queria pedir para eles que encenassem no simples objeto a estreia do Brasil contra a Croácia e o ajudassem, pelo tato, a saber o que milhões de pessoas estavam vendo em suas TVs. 


Ele só não contava que eles já tivessem preparado algo semelhante, com direito a um campinho e à adaptação de seu meio de se comunicar para voltar a "ver" um jogo Regiane explica.


"A ideia de colocar o Carlos para 'assistir' a esse jogo veio do Hélio, meu marido. Ele acordou de manhã e perguntou: 'onde ele vai assistir e como vai saber o que aconteceu?'. 


Uma vez vimos um surdocego usando um campinho, com bonequinhos. Então montamos para ele um campo tátil e o chamamos para assistir". 


O detalhe foi a surpresa do paulistano. "Ele não sabia que tínhamos feito. Antes ele participava, ia a jogos. 


Para ele, poder reviver foi muito emocionante. Ele chegou aquele dia com um pedaço de papelão... Aí mostrarmos para ele ( o campo). Não filmamos a parte da reação quando ele começou a tatear o campo, mas foi fora da série, ele ficou muito emocionado."


O fato de não ouvir – e por ter nascido surdo não ter desenvolvido a fala – e de ter apenas um mínimo resíduo da visão dificulta a comunicação de Carlos com o mundo exterior. 


Assim, ele se comunica com as outras pessoas por sinais – a libras, língua brasileira de sinais - e apreende o que acontece pelo tato, usando uma versão diferente da língua de sinais, a libras tátil, e a comunicação háptica, pouco comum no Brasil.


Para entender um jogo de futebol, Hélio e Regiane tiveram de ir além. Eles formaram uma parceria para passar a noção total do que estava acontecendo e narraram até a cerimônia de abertura.


"O Hélio fazia os jogadores no campo e a bola, falando com o Carlos por meio do tato, com as mãos. E eu fazia em suas costas a comunicação háptica: passava informações adicionais, mostrava quem estava com a bola, falava os cartões, impedimentos... A comunicação háptica meu marido trouxe de um congresso das Filipinas, países como a Noruega usam. E antes do jogo nós adaptamos, porque não tem nada criado no Brasil. Então o Carlos decorou os números dos jogadores e combinamos alguns sinais para a hora da partida", explicou ela.



O resultado está no vídeo divulgado por Hélio – que já gera repercussão internacional. Nas imagens, é possível ter uma noção da intrincada comunicação que Carlos, Hélio e Regiane conseguiram usar, e perceber a grande emoção que o paulistano voltou a vivenciar ao acompanhar do hino ao susto com o gol da Croácia, dos gols do Brasil ao alívio do apito final.
 

Em busca da independência, trio pede ajuda


Carlos é surdocego por conta da síndrome de Usher, um mal que acontece principalmente no nascimento de filhos de pais consanguíneos. Sua irmã também sofre com ela. O paulistano nasceu surdo e ainda criança começou a ter problemas para enxergar. Os óculos já não faziam efeito e foi só aí que a síndrome foi diagnosticada.


Sabendo que perderia a visão e que teria muitas dificuldades para se comunicar com outras pessoas, o garoto foi para a luta. Começou a aprender braile, recebeu orientação na parte de mobilidade, para poder andar de bengala na rua, e não deixou o problema o isolar do mundo.


Há cerca de nove anos ele conheceu Hélio e Regiane em um evento religioso. O trio começou a se comunicar e a amizade formada naquele momento segue até hoje.


Carlos é formado como massoterapeuta e trabalha normalmente. Anda por São Paulo com naturalidade, pega metrô sozinho e vai para onde quer. "Ele conhece a cidade toda, às vezes ele que é nosso guia", brinca Regiane.


A motivação de publicar o vídeo mostrando como Carlos "viu" a Copa foi não só inspirar outras pessoas nesta situação, mas tentar ajudar o jovem a ampliar sua independência. 


Hélio e Regiane querem adquirir um display em braile, um aparelho que faz com que tudo o que aparece na tela do computador seja representado em braile.


"Hoje esse aparelho custa R$ 17 mil. Temos certo valor por conta das palestras que ele dá, mas ainda falta muito. É importante para ele ganhar autonomia, afinal, é um jovem que quer explorar o mundo, ter seus segredos e viver a vida dele sem que sempre precise da gente como intermediário", concluiu ela.




Software auxilia na capacitação de pessoas com deficiência visual em Três Rios, RJ

Foto do símbolo da deficiência visual


Um programa de computador está auxiliando na qualificação profissional de pessoas com deficiência visual em Três Rios, RJ. As aulas começaram este mês, são individuais e em um sistema operacional específico. 


Além disso, são abordadas informática básica e avançada. O software, desenvolvido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, utiliza o som para facilitar a interação entre computador e alunos.


Cláudio Silva não deixou a oportunidade passar. Ele se matriculou no curso, que é oferecido pela secretaria do Idoso e da Pessoa com Deficiência. "[Quero] me tornar um craque em informática", disse.


Uma lei federal determina que as empresas são obrigadas a contratar funcionários com deficiência. 


Segundo a legislação, eles devem representar de 2 a 5% do quadro de empregados. Em um hospital do município, sobram vagas. Em muitos casos é preciso formar o funcionário.


"Tem sempre ações de capacitação, treinamentos. A gente está organizando um curso de libras para que eles possam se comunicar melhor, tanto com os clientes internos, quanto com os clientes externos", disse a coordenadora de Recursos Humanos, Tatiana Rezende.


Fonte: G1



25 de jun. de 2014

Engenheiro de Joinville recebe prótese que lhe devolve movimento da mão

Foto de Tiago e sua prótese
Na abertura da Copa do Mundo, quinta (12) no Itaquerão, o mundo assistiu um paciente tetraplégico da AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente) dar o chute na Brazuca graças a um exoesqueleto robótico capaz de decodificar as atividades elétricas dos neurônios e transmitir o comando do cérebro para as pernas. 


O "gol" da ciência é resultado da pesquisando neurocientista Miguel Nicolelis, da Universidade Duke (EUA).


Experiências semelhantes, de como a tecnologia pode trazer qualidade de vida para quem teve um membro amputado, já deixaram de fazer parte de uma realidade distante.


 Na mesma semana (segunda, 9, precisamente) um joinvilense se beneficiou de um desses "milagres". Tiago Fonseca, 24 anos, que teve a mão amputada há três anos em um acidente de trabalho, recebeu a primeira prótese funcional (mioelétrica) da gerência executiva do INSS de Joinville.


Pela primeira vez, desde que sofreu um acidente de trabalho em uma indústria de plásticos, Tiago Fonseca experimentou a sensação de segurar um lápis com os dedos da mão direita e escrever sobre o papel.


Na sede da Reabilitação Profissional da GEX (Gerência Executiva do INSS), os funcionários que presenciaram a conquista se emocionaram ao vê-lo também erguer sozinho uma xícara de café.


Fonseca ainda vai passar por um período de esforço para adaptação à prótese para que tenha força e os movimentos produzidos por eletricidade, com o uso de duas baterias recarregáveis por 12 horas.


Ao abandonar a prótese estática, que comprou com parte do dinheiro da indenização, e experimentar a tecnologia mioelétrica, a mais avançada e adequada para as suas necessidades profissionais de engenheiro, Tiago sentiu toda a diferença: "É como se eu tivesse ganhado uma mão de verdade". alegra-se. 


Volta ao mercado de trabalho

 
Depois de acostumar a musculatura, Fonseca poderá pegar peso, cortar alimentos rígidos e, o que é mais importante, escrever e retornar ao trabalho. "Com o maior prazer", disse ele, que deverá ser redirecionado para um novo posto na fábrica de torneiras e mangueiras de Joinville. 


Mesmo com o acidente, Tiago não se acomodou. Aproveitou o auxílio-doença recebido do INSS para continuar estudando. No ano passado, conseguiu concluir a faculdade de engenharia de produção pela Univille.


Solteiro, morando com os pais, Tiago quer agora crescer profissionalmente e adquirir cada vez mais independência física e financeira. 


Ele ainda se regozija de ter conseguido salvar o braço quando um colega ligou por descuido a máquina que o mutilou e acredita que foi até beneficiado por ter podido se aperfeiçoar teoricamente nesse período: 


"Agora eu tenho uma deficiência física que favorece a minha inclusão no mercado de trabalho, mas não sou um deficiente físico qualquer: eu tenho um curso de engenharia"





Seleção Brasileira de atletismo encerra participação em competição em Berlim com 37 medalhas

Foto dos atletas do CPB


A Seleção Brasileira de atletismo paralímpico encerrou a sua participação na etapa de Berlim  do Grand Prix IPC Athletics com a conquista de 37 medalhas – 20 de ouro, 12 de prata e 5 de bronze. 


 A competição disputada na capital alemã é a principal meta da temporada pelos planos da comissão técnica nacional. E o resultado foi satisfatório.


A etapa alemã, disputada de sexta a domingo, foi a oitava do principal circuito da modalidade paralímpica. Anteriormente, foram disputados em Dubai (EAU), Pequim (CHN), São Paulo (BRA), Arizona (EUA), Nottwil (SUI), Grosseto (ITA) e Tunis (TUN). Haverá ainda, no dia 25 de agosto, a final do Grand Prix, em Birmingham, na Inglaterra. 


Por se tratar de um meeting tradicional – esteve em sua 39ª edição -, Berlim contou com a presença de quase todos os países que se destacam no atletismo mundial. Cerca de 560 atletas estavam inscritos, de 35 diferentes nacionalidades.


“Saímos muito satisfeitos, pois estabelecemos metas e os atletas as cumpriram. Havia grandes adversários por lá, da Inglaterra, Alemanha, Japão, Estados Unidos. Foi uma competição de altíssimo nível técnico. Mesmo com o frio que fez na Alemanha, conseguimos bons resultados”, afirmou Ciro Winckler, técnico-chefe da Seleção Brasileira, citando a temperatura de até 12° C, apesar do início de verão na Europa.


A despeito da “chuva de medalhas” protagonizada pela delegação nacional, uma atleta chamou a atenção. Verônica Hipólito conquistou três medalhas de ouro – nos 100m, 200m e 400m, todas pela classe T38, para paralisados cerebrais. 


Sobretudo a vitória nos 100m a satisfez, já que bateu a sua algoz do Mundial de Lyon-2013. Na França, Verônica ficara com a prata ao ser superada pela britânica Sophie Hahn. Em Berlim, contudo, a brasileira ficou com a medalha de ouro ao registrar 13s12, a apenas oito centésimos do recorde mundial de Hahn (13s04).


Após intenso treinamento voltado a esta disputa, o time brasileiro já volta as suas atenções para outra competição. Entre os dias 2 e 3 de agosto, ocorrerá a primeira etapa nacional do Circuito Caixa Loterias de atletismo, em São Paulo.


“Todos os atletas agora terão como meta manter a boa performance nesta etapa nacional, em agosto. Atingimos os objetivos em Berlim, mas precisamos redobrar o trabalho agora”, concluiu Ciro Winckler.