31 de ago. de 2016
Plataforma inédita permite que pessoas com tetraplegia estudem via Ensino a Distância
A UNINASSAU, instituição do Ser
Educacional, um dos maiores grupos privados de educação do Brasil e
líder nas regiões Nordeste e Norte, lança plataforma inédita que permite
que pessoas com tetraplegia estudem por meio de modelos de ensino a
distância.
O lançamento foi divulgado na última sexta-feira dia 26/08,
com a presença da deputada federal Mara Gabrilli.
Na ocasião, uma aluna
com distrofia muscular foi presenteada com uma bolsa de estudo para
graduação em Marketing.
O lançamento consolida a segunda etapa
do programa EAD Social da UNINASSAU.
A primeira fase concedeu bolsas de
graduação e pós-graduação para mães com filhos com microcefalia e
doenças raras.
Nesta etapa do projeto, pessoas com tetraplegia poderão
estudar via EAD utilizando a plataforma denominada Handsfree, criada
pela ONG que leva o mesmo nome.
O evento faz parte da Semana Estadual e
Municipal da Pessoa com Deficiência, promovida pela Aliança de Mães e
Famílias Raras (AMAR).
O equipamento especial possibilita que
pessoas mexam o cursor do mouse apenas com a cabeça, permitindo assim,
formas de estudo e interação com o ambiente digital.
O aparelhamento
também permite à pessoa com deficiência ligar ou desligar
eletrodomésticos e demais itens eletrônicos, por meio da automatização
de suas residências ou escritórios.
Ter acesso ao ensino superior é o desejo
de grande parte dos cidadãos e isso vai além do sexo, crença, posição
social e limitações físicas e psicológicas.
Foi com o propósito de
propagar o acesso à educação, que a UNINASSAU, em parceria com o
Instituto HandsFree Tecnologias Assistivas, criou a plataforma para
pessoas portadoras de tetraplegia.
Para Sérgio Murilo, coordenador de
Responsabilidade Social do Grupo Ser Educacional (mantenedor da
UNINASSAU), essa oportunidade é um marco na garantia do acesso ao ensino
superior.
"Tornar possível que uma pessoa com tetraplegia possa fazer uma graduação via EAD utilizando uma tecnologia assistiva, como o Handsfree, é algo inédito e fantástico", conclui
Fonte: Revista Incluir
Clube do Palmeiras inclui pessoas com deficiência em tradicional torneio de judô
No último sábado, O time Palmeiras
inaugurou no ginásio do Palestra Itália, a categoria "Judô para Todos"
no tradicional Torneio Periquito de Judô, organizando pelo clube e que
chegou à " 48ª edição neste ano".
O Periquito de Judô é organizado pelo
Palmeiras desde 1968, quando foi fundado o Departamento de Defesa
Pessoal (que reunia anteriormente judô, karatê e boxe).
Desde então, ele
se desenvolveu e tornou-se uma das principais forjas de campeões do
cenário judoca no país, revelando campeões do Brasil e do mundo.
O
presidente da FPJ, Alessandro Puglia, entre outras personalidades e
dirigentes do judô brasileiro, também marcaram presença neste sábado.
As lutas foram entre as
categorias Sub-9, Sub-11, Sub-13, Sub-15, Sub-18, Sub-21, Sênior e
Veteranos. Foram premiados os judocas classificados em primeiro, segundo
e terceiro lugares de cada classe.
O Palmeiras não concorreu ao troféu
por equipes, já que inscreveu número ilimitado de competidores (as
demais puderam inscrever até 40 judocas).
O evento também contou com homenagem a
Henrique Guimarães, professor e coordenador do judô do Verdão.
Há 20
anos, ele conquistou a medalha de bronze nos Jogos de Atlanta, nos
Estados Unidos, e tornou-se o único atleta do clube em esportes
individuais a subir ao pódio em uma Olimpíada.
O Palmeiras tem outros 11
bronzes (basquete e futebol) e o ouro de Gabriel Jesus.
Tocha Paralímpica passa por 6 cidades e será acesa com mensagens virtuais
Criada sob o mesmo conceito de “Paixão e Transformação” que a tocha
Olímpica, mas com desenho e características próprias, a tocha
Paralímpica Rio 2016 também terá um formato peculiar de revezamento.
Entre quinta (01/09) e segunda (05/09), ela será acesa nas cidades de Brasília
(DF), Belém (PA), Natal (RN), São Paulo (SP) e Joinville (SC), que
representam as cinco regiões do país.
Na sexta (06/09), o revezamento chega ao Rio de Janeiro e as 05 chamas
regionais, mais a que será acesa em Stoke Mandeville (cidade inglesa
onde nasceu o movimento Paralímpico) no dia (02/09) se unirão no Museu do
Amanhã, no centro da cidade, para formar o fogo que iluminará o Maracanã
na cerimônia de abertura dos Jogos. Durante o evento, ela ficará acesa
na Candelária, também no centro.
Cada chama representará um valor dos Jogos Paralímpicos:
- Brasília – igualdade;
- Belém – determinação;
- Natal – inspiração;
- São Paulo – transformação;
- Joinville – coragem.
- Rio de Janeiro - paixão.
Outra inovação do revezamento da tocha Paralímpica é a possibilidade
da participação de internautas de todo o mundo através do Twitter.
Basta o usuário postar uma mensagem em sua conta na rede social
utilizando a hashtag #ChamaParalímpica e o valor da cidade associada
para que ele passe a integrar o mapa de calor, gerado de acordo com o
volume de postagens por região.
As tochas de cada cidade serão acesas a
partir da energia enviada pelas mensagens. O mapa estará disponível no
site rio2016.com.
250 km e 745 condutores
Ao longo dos sete dias de revezamento, a tocha passará pelas mãos de
745 condutores, percorrendo a distância de 250km.
O trajeto incluiu
paradas em pontos icônicos, como o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro,
além de locais significativos para o movimento Paralímpico em cada
cidade.
Confira abaixo os locais que serão visitados:
Brasília:
- Rede SARAH;
- ICEP Brasil (Instituto Educacional e Profissionalizante de Pessoas com Deficiência do Brasil);
- CEE Dev (Centro de Ensino Especial de Deficientes Visuais);
- CETEFE (Centro de Treinamento em Educação Física Especial).
- As cerimônias de acendimento e celebração serão no Parque da Cidade.
Belém:
- Pro Paz Sacramenta;
- Saber (Serviço de Atendimento em Reabilitação);
- CIIC (Centro Integrado de Inclusão e Cidadania);
- Apae (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais);
- NEL Belém (Núcleo de Esporte e Lazer);
- O acendimento é na Pro Paz e a celebração, na Praça Frei Caetano Brandão.
Natal:
- IERC (Instituto de Educação e Reabilitação de Cegos do Rio Grande do Norte);
- SADEF/RN (Sociedade Amigos dos Deficientes Físicos);
- Apae;
- Suvag RN (Sistema Universal Verbotonal de Audição Guberina);
- CAIC (Centro de Atenção Integrada à Criança);
- Adote (Associação de Orientação aos Deficientes);
- Clínica Pedagógica Professor Heitor Carrilho.
- Acendimento e celebração no Palácio dos Esportes Djalma Maranhão.
São Paulo:
- CPB (Centro Paralímpico Brasileiro), onde será o acendimento;
- CEU Caminho do Mar;
- Avenida Paulista;
- EMEBS (Escolas Municipais de Educação Bilingue para Surdos) Helen Keller;
- Fundação Dorina Nowill para Cegos;
- Apae,
- AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente).
- A celebração será no Parque do Ibirapuera.
Joinville:
- Zoobotânico;
- Mirante;
- Bombeiros Voluntários;
- Apae;
- Felej (Fundação de Esportes, Lazer e Eventos de Joinville);
- Ajidevi (Associação Joinvilense para Integração dos Deficientes Visuais);
- As cerimônias são no Centreventos Cau Hansen.
Rio de Janeiro:
- Instituto Benjamin Constant;
- Cristo Redentor;
- A cerimônia de acendimento será no Museu do Amanhã.
Fonte: Esporte ao Minuto / Vida Mais Livre
30 de ago. de 2016
Pacientes da AACD recebem visita do cão Magnus
Adultos e crianças em tratamento na Associação de Assistência à
Criança Deficiente (AACD) ganharam um novo motivo para sorrir na manhã
da última quarta-feira (24).
Isso porque o Magnus, cão da raça Bernese,
fez uma visita à unidade Ibirapuera da instituição e tornou a rotina dos
pacientes mais leve e feliz.
“É uma honra participar de uma iniciativa importante como esta e perceber que uma atitude tão singela é capaz de dar forças para que essas pessoas sigam firmes no tratamento”, afirma Pedro Fogaça, do Marketing da Magnus, fabricante de alimentos para cães e gatos, e um dos responsáveis pela ação.
Esta foi a primeira de quatro visitas que o cão fará à instituição
neste ano. A raça Bernese é muito dócil, sociável e ideal para o
convívio com crianças e também para a presença em tratamentos.
O Magnus foi selecionado ainda filhote e passou por adestramento e
situações de sociabilização desde então.
Ele é presença constante em
ações sociais promovidas pela empresa e também em asilos e hospitais,
como o Grupo de Pesquisa e Assistência ao Câncer Infantil (GPACI), de
Sorocaba (SP).
Fonte: Vida Mais Livre
Inclusão será tema de debate na 24ª Bienal do Livro em São Paulo
Criado em homenagem ao
autor Ignácio de Loyola Brandão, que completou 80 anos em julho, a
Câmara Brasileira do Livro (CBL) preparou uma preparou programação
exclusiva que acontecerá no Espaço Ignácio de Loyola Brandão na 24ª
Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que inicia a programação
amanhã 26/08 até o dia 04/09, com o tema Histórias em todos os sentidos.
O local receberá o
lançamento da plataforma Books In Print Brasil, além de painéis sobre o
mercado livreiro na última década e sobre uso e percepções das
bibliotecas.
A programação também contará com lançamento de livro e
debate que abordará a importante questão dos direitos autorais.
Na programação do dia 02/09, a partir
das 16h, a Lei Brasileira de Inclusão e o mercado editorial, será tema
do debate que terá a participação da deputada federal Mara Gabrilli e do
presidente do Comitê Brasileiro de Organizações Representativas das
Pessoas com Deficiência (SRPD), Moisés Bauer Luiz.
Às 17h, tem início a
mesa sobre O Livro Acessível que será composta pelo representante da
Editora DNA, Pedro Milliet; Carla Mauch da Associação Mais Diferenças,
que atua em Educação e Cultura Inclusivas; e Elisa Braga e Gisela Creni
da editora Companhia das Letras.
Para encerrar as discussões sobre a
temática, às 18h acontece o lançamento do Livro Diferente mas não
Desigual – A sexualidade no deficiente intelectual, de Lena Vilela.
Ingressos:
- Dias de Semana: (De Segunda a Quinta-Feira): Inteira R$ 20,00 / Meia R$ 10,00
- Final de Semana:(De Sexta a Domingo):Inteira R$ 25,00 / Meia R$ 12,50
Quem tem direito a meia-entrada
Matriculados SESC
Matriculados SESC SP (categoria Comerciário), mediante apresentação da carteirinha, limitado a 6 ingressos por Comerciário.
***
Estudantes
Estudantes regularmente matriculados junto à rede pública ou privada de ensino fundamental, médio ou superior, no Estado de São Paulo. A comprovação da condição de estudante pode ser feita pela apresentação da carteira da escola ou faculdade. Se não constar foto do documento, pode ser exigida a apresentação da Cédula de Identidade (RG). No caso de a carteira de estudante não apresentar data de validade, deve ser apresentado boleto bancário ou declaração de escolaridade emitida pela unidade de ensino.
ATENÇÃO: Quem não possuir carteira de faculdade ou de escola pode apresentar o boleto bancário ou a declaração de escolaridade emitida pela instituição, além do documento de identificação oficial. Falsificar ou utilizar documento particular falso configura prática de crimes previstos nos artigos 298, 299 e 304 do Código Penal.
***
Pessoas com Deficiência e seu acompanhante (se necessário)
Mediante a presentação de documento que comprove a condição de acordo com a Lei Federal 12.933 de 2013 . É permitido apenas um acompanhante pagando meia por pessoa com deficiência
Quem terá entrada gratuíta
Profissionais do Livro, Professores, bibliotecários e demais profissionais da cadeia produtiva do livro, como: escritores, tradutores, capistas, editores e livreiros,
tem direito a entrada gratuita, porém, deverão realizar previamente cadastro no site Oficial da Bienal do Livro www.bienaldolivrosp.com.br
ATENÇÃO: O credenciamento no site é obrigatório para garantir o direito à gratuidade. Com os dados fornecidos pelo site o usuário deverá se dirigir ao acesso específico de gratuidades para retirar sua credencial de acesso.
***
Menores de 12 anos
Menores de 12 anos têm direito a acesso gratuito ao evento mediante apresentação de documento oficial com foto. A não apresentação do documento invalidará automaticamente o direito à gratuidade.
***
Idosos
Idosos acima de 60 anos têm direito a acesso gratuito ao evento mediante apresentação de documento oficial com foto. A não apresentação do documento invalidará automaticamente o direito à gratuidade.
***
24ª Bienal do Livro de São Paulo
Quando: De 26 de Agosto até 04 de Setembro de 2016
Onde: Pavilhão de Exposições do Anhembi
Endereço: Av. Olavo Fontoura, 1.209 | Santana CEP: 02012-021 - São Paulo/SP
Horário: Segunda à sexta-feira, das 9h às 22h (com entrada até as 21h)
Sábados e domingos, das 10h às 22h (com entrada até as 21h)
Domingo dia 4 de Setembro, das 10h às 21h (com entrada até às 19)
Sábados e domingos, das 10h às 22h (com entrada até as 21h)
Domingo dia 4 de Setembro, das 10h às 21h (com entrada até às 19)
Clique aqui para acessar o site oficial para saber mais informações e adquirir seu ingresso.
***
Fonte: Revista Incluir
Doença misteriosa faz criança de 4 anos se parecer com um idoso
DACA, Bangladesh - Um menino de 4 anos, portador de uma doença
misteriosa que o deixa com a aparência de um idoso, foi internado no
Hospital Universitário de Daca, capital do Bangladesh, na África, para
se submeter a uma série de exames, informaram médicos locais e a família
do garoto. O objetivo da equipe é identificar a doença e tratar,
gratuitamente, a criança.
Bayezid
Shikdar é filho de agricultores. Ele nasceu com excesso de pele,
principalmente em seus membros e no seu rosto, dando a ele o aspecto de
um idoso.
O menino também tem uma série de problemas cardíacos, de
audição e de vista, provavelmente ligados à enfermidade.
A família levou o garoto a diversos médicos, mas nenhum deles
conseguiu diagnosticar o problema, explicou o pai, Lablu Shikdar, no
hospital em Daca. Vários profissionais de saúde já falaram em progeria,
ou síndrome de Huntchinson-Gilford, uma enfermidade genética que leva a
um envelhecimento brusco do paciente, pouco após o nascimento.
Foi esta
doença que inspirou o filme "O curioso caso de Benjamin Button", no qual
o astro Brad Pitt interpreta um homem que nasce com aparência de idoso e
rejuvensce ao longo da vida
.
Os médicos do hospital em Daca, porém, mostraram-se cautelosos com
essa hipótese e disseram que serão necessários mais testes antes de um
diagnóstico definitivo.
A criança está na mesma unidade onde foi tratado
um jovem de 26 anos com verrugas que fazem suas mãos se parecerem com galhos de árvore.
Nós vendemos nosso terreno para pagar pelo tratamento em hospitais
locais. Levamos o menino a curandeiros, tentamos terapias com plantas
naturais, mas nada mudou. Este hospital é nossa última esperança -
explicou o agricultor à agência de notícias AFP. - Esperamos que ele
possa se parecer com todos os outros meninos.
No caso da progeria, o processo de envelhecimento se acelera com o
tempo, explicou o médico Abul Kalam, chefe da unidade de cirurgia
reparadora do hospital em Daca. Mas, segundo os pais de Bayezid, o
envelhecimento do filho foi retardado recentemente, dando sinais de
melhora.
De acordo com a equipe do hospital, a doença também pode estar relacionada com a consanguinidade. Nas zonas rurais de Bangladesh, são frequentes os casamentos entre membros de uma mesma família.
Para a mãe da criança, Jatun, seu filho é um menino como todos os outros.
- Ele joga futebol e e brinca de se esconder com os primos. É uma
criança muito talentosa. Às vezes pega livros e quer ir para a escola,
mesmo que ainda seja novo demais para isso - disse ela à AFP.
Fonte: O Globo
Nariz e olhos podem servir de janelas para o Alzheimer
O nariz e os olhos podem servir de janelas para o diagnóstico
precoce do mal de Alzheimer, doença neurodegenerativa que afeta um
crescente número de pessoas em todo mundo, impulsionada pelo
envelhecimento da população global.
As indicações são de diversos
estudos apresentados esta semana na Conferência Internacional da
Associação do Alzheimer, maior reunião científica sobre o assunto, que
acontece até esta quinta-feira em Toronto, no Canadá.
- Está claro que a ciência em torno de medidas biológicas para a
detecção do Alzheimer continua a ganhar ritmo e validação – comemorou
Heather Snyder, diretora de operações médicas e científicas da
Associação do Alzheimer. -
Usar outros biomarcadores do Alzheimer para
diagnosticar a doença em seus estágios iniciais, e que têm o potencial
de ter baixos custos e serem não invasivos, pode levar a uma melhoria
dramática no diagnóstico precoce e gerenciamento da doença.
Em dois dos estudos apresentados na conferência, pesquisadores do
Centro Médico da Universidade de Colúmbia, nos EUA, compararam a
capacidade do Teste de Identificação de Odores da Universidade da
Pensilvânia (Upsit, na sigla em inglês), criado nos anos 1980, com
outros métodos mais caros e invasivos na previsão do desenvolvimento de
demências.
O Upsit consiste em quatro cartelas com dez cheiros
familiares cada, entre eles pizza, gasolina, couro, chocolate e rosas.
Nelas, os participantes raspam uma área contendo uma microcápsula
odorífera que devem identificar entre quatro opções apresentadas na
própria cartela.
A identificação correta de cada um dos odores é
ponderada por uma tabela com os resultados de 4 mil pessoas normais para
medir o nível de acuidade olfativa dos participantes.
Ao todo, mais de
500 mil pessoas já realizaram o teste apenas nos Estados Unidos desde
sua criação, onde está disponível comercialmente para autoaplicação.
Também há versões adaptadas para outras culturas, inclusive uma
luso-brasileira, conhecida como Upsit-Br2.
No primeiro destes estudos, o Upsit foi administrado em 397 idosos
com idade média de 80 anos, todos considerados saudáveis então. Estes
idosos também foram submetidos a exames de ressonância magnética para
medir a espessura do chamado córtex entorrinal, primeira área do cérebro
afetada pela doença.
Os pesquisadores acompanharam o grupo durante
quatro anos, período no qual 50 (12,6%) desenvolveram demência, dos
quais 49 foram diagnosticados com Alzheimer. Além disso, 79 dos idosos,
ou quase 20%, apresentaram algum nível de declínio cognitivo.
Segundo os
pesquisadores, tanto um baixo desempenho no Upsit e, num menor grau, a
espessura do córtex entorrinal foram associados à transição para a
demência e o Alzheimer.
O baixo desempenho no teste de identificação de
odores, mas não a espessura do córtex entorrinal, também previu o
declínio cognitivo dos participantes no estudo.
- Estes achados apoiam a identificação de odores como um previsor
precoce (do Alzheimer) e sugerem que problemas na identificação de
odores podem preceder o afinamento do córtex entorrinal nos estágios
clínicos iniciais do mal de Alzheimer – defendeu Seonjoo Lee, professor
de bioestatística clínica em psiquiatria na Universidade de Colúmbia que
apresentou o estudo na conferência no Canadá.
Já na outra pesquisa que também usou o Upsit, os cientistas fizeram o
teste em 84 voluntários com idade média de 68 anos, dos quais 58 já
sofriam com problemas cognitivos amnésicos moderados e 26 serviram como
grupo de controle.
Todos também foram submetidos na mesma época a exames
de tomografia ou punção lombar para detecção da presença no organismo
de acúmulos de placas de proteína amiloide no cérebro, característica do
Alzheimer, e acompanhados por pelo menos seis meses.
Neste período, 67%
dos participantes apresentaram perdas na memória. E embora os exames
tenham previsto este declínio enquanto o teste de identificação de
odores não, um resultado no Upsit abaixo de 35 pontos, considerado
subnormal, foi associado a uma chance três vezes maior de sofrer com o
declínio da memória do que os que tiveram desempenho normal.
Idade mais baixa, nível educacional mais alto e o período curto de
acompanhamento podem explicar porquê o Upsit não previu este declínio
tão fortemente neste estudo na comparação com outros anteriores –
destaca William Kreisl, professor de neurologia da Universidade de
Colúmbia que também apresentou seu estudo na conferência.
Embora sejam
necessárias mais pesquisas, o teste de identificação de odores, que é
muito menos caro e bem mais fácil de administrar que os exames de
tomografia e punção lombar, pode se tornar uma ferramente útil para
ajudar os médicos aconselharem pacientes preocupados com seu risco de
perda de memória.
Por fim, mais dois estudos, desta vez conduzidos por pesquisadores no
Reino Unido, EUA e Canadá, relacionaram peculiaridades observáveis nos
olhos com indicadores do desenvolvimento de demências.
No primeiro
deles, os cientistas associaram a espessura dos tecidos nervosos atrás
da retina com a perda das funções cognitivas.
Para isso, eles analisaram
os resultados de um tipo de tomografia que mediu a chamada camada de
fibra nervosa retinal (RNFL, também na sigla em inglês), exames físicos,
testes cognitivos e respostas de questionário de mais de 33 mil
pessoas, descobrindo que os que tinham este tecido mais fino também
tiveram um desempenho pior nas avaliações cognitivas.
- Isto demonstra a potencial utilidade dos olhos como uma medida não
invasiva da perda neuronal que está ligada ao desempenho cognitivo, e
fornece um possível novo biomarcador para os estudos sobre a
neurodegeneração – considera Fang Ko, pesquisador do Instituto de
Oftalmologia da University College London (UCL) que apresentou o
trabalho na conferência.
Já no segundo estudo, Melanie Campbell, da Universidade de Waterloo,
no Canadá, e colegas de diversas instituições no país e nos EUA
examinaram os olhos de 20 humanos mortos diagnosticados com Alzheimer e 06 cães com um modelo animal da doença com microscópios de polarização
e os compararam com as retinas de 22 humanos e 07 cachorros também
falecidos, mas sem sinais de demências, demonstrando que algumas
tecnologias de imageamento ocular podem detectar a presença da proteína
amiloide também nesta região do corpo.
- O imageamento polarizado é uma promissora forma não invasiva de
revelar os depósitos retinais de amiloide como biomarcadores do
Alzheimer – defende Melanie, responsável pela apresentação do estudo na
conferência.
- A capacidade de detectar os acúmulos de amiloide na
retina antes do aparecimento dos sintomas da doença pode ser uma
ferramente essencial no desenvolvimento de estratégias de prevenção do
Alzheimer e outras demências.
Fonte:O Globo
26 de ago. de 2016
Apneia do sono atinge mulheres na pós-menopausa
As mudanças características no corpo das
mulheres no período da menopausa e, principalmente, o aumento da
circunferência da cintura podem provocar a síndrome da apneia obstrutiva
do sono (SAOS), um mal que acarreta danos à saúde como disfunções
cardiovasculares e alterações neurológicas.
A constatação é de uma pesquisa do Departamento de Psicobiologia da
Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp) – Campus São Paulo, que serviu
de base para a tese de doutorado do farmacêutico Daniel Ninello
Polesel.
A síndrome atinge tanto homens quanto mulheres e tem grande
incidência entre os obesos.
“ Segundo o farmacêutico, o acúmulo de gordura em especial na região abdominal comprime os órgãos internos e, no momento em que a pessoa está dormindo, ela relaxa a musculatura dificultando o ato de respirar. Existem tratamentos como o uso de máscara, o CPAP (Continuous Positivo Airway Pressure, que significa pressão positiva contínua das vias aéreas) ou dependendo do caso usa-se o BiPAP (Dispositivos Biníveis, possuem o diferencial de permitirem a configuração de dois níveis diferentes de pressão: uma sobre a inspiração (IPAP) e outra sobre a expiração (EPAP). É uma espécie de ventilador que manda o ar para dentro do organismo”, explicou o pesquisador.
Polesel contou que, entre julho e dezembro de 2007, a Unifesp acompanhou o comportamento do sono de 1.056 pessoas de ambos os sexos, verificando que havia mais casos entre os homens (40%) ante 26,1% das mulheres.
Mas o foco do estudo foi comprovar a evidência científica sobre a prevalência do distúrbio entre as mulheres no período da pós-menopausa, quando há uma queda nos hormônios femininos.
Para isso, a pesquisa teve a participação de 407 mulheres voluntárias com idades entre 20 e 80 anos que foram submetidas a exames de polissonografia.
Nesses exames, são colocados eletrodos na região da cabeça e uma cinta na região do tórax que permitem acompanhar as variações que ocorrem durante o sono.
Do total avaliado, 268 mulheres estavam na pré-menopausa, 43 na pós-menopausa recente (até cinco anos da menopausa) e 96 na pós-menopausa tardia (mais de cinco anos da menopausa).
Em 68,4% dos casos, o tipo mais grave desse distúrbio de sono estava no grupo da pós-menopausa tardia. Também foi verificada maior incidência entre as voluntárias com a cintura medindo 87,5 centímetros.
Em 68,4% dos casos, o tipo mais grave desse distúrbio de sono estava no grupo da pós-menopausa tardia. Também foi verificada maior incidência entre as voluntárias com a cintura medindo 87,5 centímetros.
De acordo com Polesel, o resultado levou a algumas considerações importantes para a avaliação clínica como o fato de que a circunferência abdominal é mais relevante do que o Índice de Massa Corpórea (IMC).
Há mais chances de uma pessoa com acúmulo de gordura na cintura vir a sofrer a síndrome do que outra com a massa corporal bem distribuída, ainda que esta esteja acima do peso ideal.
O pesquisador destaca, no entanto, que a perda de peso sempre ajuda a minimizar os riscos de distúrbios na saúde.
Faixas mais suscetíveis a riscos
A pesquisa indicou que as mulheres mais predispostas a desenvolver a
síndrome estão na faixa entre o início da menopausa e também no período
posterior, quando são mais frequentes os sintomas de insônia, a baixa
eficiência de sono, irregularidade no padrão respiratório, além da
sensação de “ondas” de calores e suores frequentes.
Esses sintomas são decorrentes da redução da concentração dos
hormônios estrogênio e progesterona, explicou, por meio de nota da
Unifesp, a ginecologista Helena Hachul de Campos, pesquisadora na área
de sono da mulher e orientadora do estudo.
“A partir da queda hormonal, que é fisiológica, o organismo feminino fica sujeito a consequências negativas à saúde, como o desenvolvimento de osteoporose, alterações qualitativas na pele, aumento do risco cardiovascular e da incidência de distúrbios respiratórios do sono.”
De
acordo com a médica, a frequência desses sintomas, em alguns casos,
acaba dificultando o diagnóstico do distúrbio do sono.
Fonte: Viva Bem
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