28 de fev. de 2013

Google e cadeirantes vão mapear rotas acessíveis de SP

Cadeira de rodas
“Ninguém percebe o quanto é difícil andar em uma cadeira de rodas na cidade de São Paulo. São inúmeros obstáculos, como buracos e até rampas construídas de forma errada”. 

A frase do diretor de tecnologia e projetos da AgênciaClick Isobar, Fabiano D’agostinho, abre o vídeo de apresentação do Accessibility View, projeto que pretende mapear os pontos de acessibilidade da capital paulista.

Em parceria com a Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), cadeirantes vão usar câmeras especiais, nos mesmos moldes do Google Street View, e percorrer todos os locais onde uma cadeira de rodas pode transitar (ou não).

O Accessibility View, ideia do diretor de criação da AgênciaClick Isobar, Eduardo Battiston, venceu o Creative Sandbox, concurso do Google que reúne tecnologias inovadoras e ideias criativas para melhorar a vida das pessoas nas cidades.

No vídeo, há detalhes do projeto, no qual cidadãos poderão taguear pontos críticos de acessibilidade em tempo real. As informações serão usadas pelo Google Maps para criar rotas. Ainda não há uma data para o trabalho chegar à web.

ONU premia software brasileiro que traduz mundo digital para surdos

Página inicial do site Mãos que falam em que aparece o personagem Hugo
São comuns os aplicativos na internet que fazem tradução entre diferentes idiomas. A novidade é uma ferramenta digital que transforma textos, imagens e arquivos de áudio em uma língua especial: sinais para surdos

O programa foi desenvolvido por três alagoanos e acaba de receber um importante prêmio internacional. O Mãos que Falam venceu o World Summit Award Mobile (WSA-Mobile), uma competição bienal promovida pelas Nações Unidas e parceiros. Representantes de 100 países participaram da disputa que escolheu 40 finalistas em oito categorias. Hugo, o avatar do aplicativo que usa as mãos para conversar com os usuários, levou para casa o prêmio da categoria Inclusão.

O personagem funciona como interface para traduzir conteúdos digitais na Linguagem Brasileira de Sinais (Libras). “Esta é a primeira língua que os surdos aprendem, só depois vem o português”, explica o Diretor Executivo do projeto, Ronaldo Tenório, um dos três idealizadores do Mãos que Falam.

Segundo ele, ainda existe um percentual elevado de surdos que não entende bem português e que, por diferentes motivos, abandonou a escola sem uma alfabetização completa. O programa pretende facilitar a compreensão.

O software reconhece as palavras de uma mensagem de texto, por exemplo, e o personagem Hugo interpreta o significado em Libras. O caminho inverso – a possibilidade de responder em libras que seriam convertidas em texto – faz parte dos planos para uma segunda etapa do projeto. 

Os cuidados agora estão em aperfeiçoar os códigos que funcionam como cérebro do avatar: quanto mais for usado, mais precisas se tornam as traduções.

Hugo também ajuda na interpretação de imagens que tenham texto, como a capa de um jornal. O usuário fotografa a página e a imagem é varrida pelo programa em busca de caracteres. Um sistema de reconhecimento lê o conteúdo, que é traduzido em gestos. Tenório diz que a mesma ferramenta poderia ajudar na leitura de placas de informação.
 
“Queremos fazer com que o surdo entenda conteúdos e tenha acesso ao conhecimento”, afirma.
Acesso gratuito

Além disso, Tenório trabalha ao lado de Carlos Wanderlan, Tadeu Luz – idealizadores do programa – e uma equipe de mais 20 pessoas para deixar tudo pronto para o lançamento oficial dos aplicativos para celular.

A previsão é que o software possa ser baixado em smartphones com diferentes sistemas operacionais no segundo semestre deste ano. Por hora, a empresa comercializa licenças da versão web do programa, que pode ser instalada em qualquer site para torná-lo acessível a quem depende dos sinais.

Tenório explica que essas licenças são comercializadas, mas o usuário final não paga pelo serviço. “Entendemos que o surdo não precisa pagar para ter acesso a informação, e os aplicativos para celulares também serão gratuitos”, antecipa. 

A premiação internacional – que se seguiu a outras conquistas locais – alavancou a empresa, e hoje o que era apenas uma ideia se transformou na fonte de renda dos jovens empreendedores.

O destaque internacional deve render também novas parcerias. Por hora, Hugo não entende outras línguas, mas pode aprendê-las no futuro.

A sutileza no conjunto de gestos usados em cada país dificulta o trabalho, mas a empresa conta com consultores especiais: cinco surdos participam da equipe de desenvolvimento, e associações de deficientes auditivos de todo o país contribuem nos ajustes do personagem. 

Existem diferenças nos sinais de uma região para outra, e a equipe de desenvolvedores quer deixar o programa capaz de funcionar bem em todo o país. “Podemos dizer que até mesmo na Libras existe um sotaque”.

Fonte: DW (Ivana Ebel)
 

Instituto em Rio Preto é especializado em recuperar traumas físicos

Sala de reabilitação com vários aparelhos especializados
Pacientes que sofreram algum tipo de trauma físico têm a chance de se reabilitar em locais especializados em São José do Rio Preto (SP)

São pessoas de toda a região, que recebem atendimento especializado, na Rede de Reabilitação Lucy Montoro.

No local, eles fazem desde sessões de fisioterapia até aulas de dança, e conseguem muito mais que qualidade na rotina diária: um novo sentido para a vida. 

É o caso da paciente Sônia Brígida dos Reis. Por causa de problemas neurológicos, ela tem dificuldade para se movimentar e a fala também é comprometida. Mas a vaidade, essa ela não deixa de lado.

Para conseguir realizar atividades cotidianas, Sônia precisa de ajuda. E a cuidadora Neris Maria Martins é quem faz esse papel há quatro anos. “Moro com ela e a gente se dá muito bem, é uma pessoa maravilhosa, a gente dá muita risada juntas”, afirma Neris.

Há seis meses, Sônia começou um tratamento na Rede de Reabilitação Lucy Montoro, em Rio Preto. Uma clínica especializada em atender pacientes com vários tipos de deficiência. “Eles passam por médicos treinados em reabilitação e por uma equipe multidisciplinar. Nosso objetivo é que a pessoa com deficiência seja inserida na comunidade”, diz a diretora da unidade Regina Chueiri.

O aposentado Adérito Garcia, por causa da diabetes, teve que amputar as duas pernas. “Tive uma inflamação na perna e como sou transplantado, eu tive de escolher entre a perna e o rim. Aí pelo medicamento eu escolhi o rim”, afirma. O comerciante aposentado experimentou a nova prótese e com alguns movimentos, ele surpreendeu a equipe médica.

O instituto é uma iniciativa do governo estadual. São 15 unidades como a de Rio Preto, que auxiliam pacientes em várias regiões de São Paulo. Só em Rio Preto, no ano passado, mais de 6,5 mil pessoas receberam ajuda. 

“Tanto Rio Preto como toda região tinha uma enorme demanda reprimida. Com pacientes desassistidos e esse programa trouxe cidadania para eles”, afirma o diretor executivo Horácio José Ramalho.

O Instituto Lucy Montoro fica atrás do Hospital de Base, em Rio Preto. O endereço é Avenida Jamil Feres Kfouri, sem número, no Jardim Panorama. Para ser atendido é preciso passar por avaliação médica e receber indicação para esse tratamento especializado.

Fonte: G1

Após 4 anos morando em hospital no RN, menina com Down recebe alta

Foto ilustrativa de um bebê com síndrome de down no colo de uma mulher
Quatro dos cinco anos de Maria Clara Ribeiro foram vividos em um hospital. Ela tem síndrome de Down e, ao nascer, apresentou complicações no coração e no pulmão. 

Devido a isso, passou por várias cirurgias. Essa realidade vai começar a mudar nesta quinta-feira (28), dia em que Maria Clara vai voltar para casa, na cidade de Nova Cruz, distante 93 quilômetros de Natal (RN).

Maria Clara nasceu prematura aos seis meses. "Ela tinha uma doença cardíaca muito grave, que já chegou para a gente numa situação muito avançada. Além disso, ela era pneumopata. 

Ela tinha fístolas, novelos de sangue dentro do pulmão. Durante o tempo em que Maria Clara esteve conosco, ela passou por oito intervenções. 

Ela passou por situações que podemos dizer que esteve entre a vida e a morte", falou Madson Vidal, diretor da Associação Amigos do Coração da Criança (Amico), instituição sem fins lucrativos que atende crianças cardiopatas no Rio Grande do Norte.

Tantos tratamentos e cirurgias exigiram que a dona de casa Maria Sueli deixasse tudo para trás para cuidar da filha. "Tenho outra filha, marido. Tive que deixar tudo de lado para cuidar da Maria Clara", disse.

Em outubro do ano passado Maria Clara recebeu alta do hospital para se recuperar na Amico. Nesta quarta-feira (27), a ocupação dela foi na arrumação das malas. Na Amico, ela vai deixar saudade em todos que a receberam de braços abertos.

"Maria Clara mostrou que, para os desafios da medicina, a gente é capaz de tratar essas doenças e que a gente nunca deve desistir. Apesar de todas as dificuldades, ela sempre nos apontava que era capaz e que iria sobreviver", completou Madson Vidal.

Fonte: G1

27 de fev. de 2013

Projetos que incluem pessoas com deficiência poderão ter apoio em São Paulo

Símbolo da acessibilidade
Os programas de incentivo à cultura do Governo do Estado de São Paulo terão valor recorde em 2013. 

Mais de R$ 165 milhões serão distribuídos ao longo do ano pela Secretaria de Estado da Cultura para viabilizar a execução de projetos culturais nas mais diversas linguagens artísticas

Uma das novidades de 2013 será a abertura de um edital específico para apoiar projetos de promoção de acessibilidade comunicacional de pessoas com deficiência a bens culturais, iniciativa que é fruto de uma parceria com a Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência, que vai repassando os recursos necessários. Serão criados, ainda, editais de suporte a teatro de rua, poesia e tele-séries.

O investimento do Governo paulista em programas de incentivo inclui, ainda, duas ações específicas para a linguagem cinema: o Prêmio Estímulo ao Curta-Metragem e o Programa de Fomento ao Cinema Paulista.

Criado em 1968, o Prêmio Estímulo é um dos pioneiros no País enquanto política de incentivo à produção cultural. Este ano, terá verba de R$ 960 mil para beneficiar 12 projetos de filmes com até 15 minutos de duração, nos gêneros ficção, documentário e animação. Os projetos são selecionados por meio de concurso – à semelhança do que acontece no ProAC Editais. Cada escolhido recebe R$ 80 mil para realização do projeto.

Já o Programa de Fomento ao Cinema Paulista terá investimento de R$ 8 milhões da Sabesp, por meio da Lei do Audiovisual. A Secretaria de Estado da Cultura realiza o processo de seleção dos filmes a serem contemplados com o patrocínio. Desde o ano passado, todos os projetos são obrigados a entregar uma cópia do filme com legendas, em DVD, para contemplar o público formado por pessoas com deficiência auditiva.

Em dívida com a União, Instituto Braille do ES corre risco de fechar


Reinaldo Tomé de Oliveira percebeu sua vida mudando totalmente quando perdeu a capacidade de enxergar, aos 18 anos. 

Já mais velho, com deficiência visual e vice-presidente do Instituto Luiz Braille do Espírito Santo (Ilbes), em Vitória (ES), ele agora convive com o medo diário da entidade ser fechada. 

Localizada em chamado "terreno de marinha", desde 1994 o pagamento anual da “taxa de ocupação” não é feito, o que resulta, atualmente, em uma dívida de R$ 282 mil com a União, segundo o Reinaldo. 

Além disso, a estrutura da instituição filantrópica precisa ser totalmente reformada para melhor atender os frequentadores, mas o local sobrevive apenas de doações, que não são suficientes para todas as necessidades.

Conforme decreto do governo federal, são considerados terrenos de marinha os situados em uma faixa da costa brasileira de 33 metros, contados para o lado da terra a partir de onde chega a maré alta, mas tendo como referência as marés de 1831, época em que foi criado o conceito de terreno de marinha.

O vice-presidente do instituto, Reinaldo Tomé de Oliveira, que também tem deficiência visual, explicou que como a certidão da entidade está negativa, possíveis convênios que poderiam ajudar a suprir a dívida são negados. “Uma antiga gestão parou de pagar a taxa e essa dívida foi ignorada pelas seguintes. Quando assumi, recebi uma intimação e me informei sobre situação. Se não conseguirmos negociar para que esse débito seja perdoado, as portas irão fechar”, explicou.

No dia 10 de março, a entidade realizará o "Festival de Sorvete" e precisa de doações para que o evento seja rentável. "Desde já, convidamos os moradores da Grande Vitória a prestigiarem. Além disso, no edifício funciona um bazar de roupas, que sempre está precisando de doações e clientes. Pessoas que também queiram doar brindes para rifas podem entrar em contato", diz o vice.


O que está sendo feito


Uma tentativa de ajuda partiu do deputado estadual José Esmeraldo (PR), que preside a Comissão Especial para analisar questões relacionadas à cobrança das taxas sobre terrenos de marinha, da Assembleia Legislativa (Ales). Nesta terça-feira (19), ele encaminhou à Secretaria do Patrimônio da União (SPU), através do superintendente regional Magno Pires, um ofício solicitando a suspensão da cobrança. "Seria um desastre se o Braille acabasse. É inadmissível que ele feche em função de uma dívida desse tipo, sendo que é uma referência no estado", explicou.

Apesar da tentativa, o superintendente explicou que a gestão agora está com a Procuradoria de Fazenda Nacional (PFN), já que a dívida foi ajuizada, ou seja, o prazo para pagamento já foi esgotado. "Houve inadimplência entre os anos de 1994 e 2004, quando as gestões deixaram de pagar a taxa de marinha. A partir de 2005, os lançamentos foram suspensos para a área de Bento Ferreira, onde o instituto está localizado, mas mesmo assim a dívida de 10 anos permaneceu. A única orientação que o SPU pode fazer e já fez foi para eles fazerem um pedido para obter a sessão gratuita mediante aforamento, por se tratar de uma entidade de natureza social, mas mesmo assim a atual dívida ainda permanecerá", explicou Magno Pires. A PFN foi procurada, mas ainda não se manifestou sobre o caso.

Quem depende do instituto


Muitos frequentadores e pais de crianças que dependem do instituto, para aprender a viver em um mundo ainda cheio de preconceitos, estão preocupados com a situação. Para Maria Aparecida Melo, mãe de Andrew Melo, de dois anos, o filho teve um grande avanço após começar a frequentar o local. “Todos os dias aprendo algo novo com o Andrew, como cuidar dele, como me portar em cada caso. O instituto se tornou uma família para ele, pois passou a conviver com semelhantes. Só quando se está em uma situação como esta que percebe-se as dificuldades, que são muitas. As autoridades tinham que se preocupar mais com essas pessoas”, disse.

Adrielle Helme de Souza tem deficiência visual e é mãe de três filhos, sendo que os dois mais novos, gêmeos de 11 meses, têm baixa visão. Com a ameaça do instituto ser fechado, ela teme que os filhos não se desenvolvam da forma correta. “Vai ficar muito difícil, porque em uma creche normal, há um profissional da prefeitura que vai uma vez por semana para atender crianças com deficiência, mas isso não é o suficiente. Elas precisam de alguém ao lado delas, dando suporte, ensinando, o que é oferecido na entidade”, disse.

O Instituto Braille


O Instituto Luiz Braille do Espírito Santo (Ilbes) existe há 60 anos, localizado no bairro Bento Ferreira, em Vitória. Contando com oito funcionários remunerados, cerca de 20 trabalhadores voluntários também ajudam a manter o local aberto. Segundo Reinaldo, o dinheiro que mantém a entidade vem de sócios contribuintes, donativos e vendas do bazar, que também passou a funcionar a partir de doações de roupas. Atualmente, há 350 pessoas com deficiência inscritas e, diariamente, são atendidas 70 pessoas. Três refeições são oferecidas gratuitamente todos os dias.

Entre as atividades e serviços prestados estão os educativos e esportivos, além de trabalhos de socialização. “Há a estimulação precoce e também ensinamos os frequentadores a andar de bengala. A partir dos sete anos, começam a aprender o braille e a usar o computador, através de programas especializados. Também ensinamos os pais que enxergam, para que possam instruir os filhos em casa”, explicou a instrutora de braille Elizabeth Mutz.

Além disso, há atendimento feito por assistente social, e oftamologista e cardiologista gratuitos, que atendem com frequência no instituto. O ponto negativo é que não há atendimento psicológico. Já o destaque é para o esporte. “Vários campeões foram formados no instituto, que venceram competições nacionais e até mundiais, considerando os esportes powerlifting, que é levantamento de peso, goalball, que tem objetivo de arremessar uma bola sonora com as mãos no gol do adversário, atletismo, futebol, futebol para baixa visão, judô e xadrez”, contou a responsável pela área esportiva da entidade, Edith Rodrigues.

Foi no Ilbes que Heyke Nascimento Carvalho, de três anos, aprendeu a andar. "Meu filho tinha medo de andar sozinho, de ir no colo de outras pessoas, e hoje ele já sabe muitas coisas. Posso dizer que ele é um menino feliz", contou a mãe, Eliana Nascimento de Castro.

Estrutura precária


Reinaldo explicou que a sede do instituto foi inaugurada em 1972 e, desde então, poucas alterações na estrutura do imóvel puderam ser feitas. O resultado disso atualmente são muitas telhas e janelas quebradas, infiltração e um terceiro andar completamente sem uso.

“Também precisamos de mais computadores e mais jogos educativos especializados. Temos uma grande área que não é utilizada por falta de verbas, para construção de uma quadra, por exemplo. Somos o único local do estado que faz esse atendimento especializado, e pessoas de norte a sul do Espírito Santo, até mesmo pessoas da Bahia, recorrem a nós. Todos eles contam com a gente”, disse o vice-presidente.

A jogadora de goalball, Neuzimar Clemente, é frequentadora no instituto, onde começou a se destacar no esporte. Com a falta de patrocínio no Espírito Santo, tomou a decisão de ir para o Rio de Janeiro, jogando hoje na seleção brasileira. O ritmo é pesado: treino na capital carioca durante a semana, e sábado e domingo de volta ao estado para ficar com os filhos.

“Sempre que posso, venho para o instituto, em busca de um patrocínio para voltar a jogar pelo Espírito Santo, mas ainda não surgiu. Nessas minhas conquistas, já fui para duas paralimpíadas, em Pequim e Londres, fora os pan-americanos”, contou a jogadora, orgulhosa.

Instituto Luiz Braille do Espírito Santo Endereço: Avenida Marechal Mascarenhas de Moraes, 2430 - Bento Ferreira, Vitória (ES) - 29052-120 Telefone: (27) 3227-1430

Os desafios da Educação inclusiva: foco nas redes de apoio

Ilustração com pessoas de mãos dadas 
 
O esforço pela inclusão social e escolar de pessoas com deficiência no Brasil é a resposta para uma situação que perpetuava a segregação dessas pessoas e cerceava o seu pleno desenvolvimento.
 
Até o início do século 21, o sistema educacional brasileiro abrigava dois tipos de serviços: a escola regular e a escola especial - ou o aluno frequentava uma, ou a outra. Na última década, nosso sistema escolar modificou-se com a proposta inclusiva e um único tipo de escola foi adotado: a regular, que acolhe todos os alunos, apresenta meios e recursos adequados e oferece apoio àqueles que encontram barreiras para a aprendizagem.
 
A Educação Inclusiva compreende a educação especial dentro da escola regular e transforma a escola em um espaço para todos. Ela favorece a diversidade na medida em que considera que todos os alunos podem ter necessidades especiais em algum momento de sua vida escolar.
 
Há, entretanto, necessidades que interferem de maneira significativa no processo de aprendizagem e que exigem uma atitude educativa específica da escola como, por exemplo, a utilização de recursos e apoios especializados para garantir a aprendizagem de todos os alunos.
 
A Educação é um direito de todos e deve ser orientada no sentido do pleno desenvolvimento e do fortalecimento da personalidade. O respeito aos direitos e liberdades humanas, primeiro passo para a construção da cidadania, deve ser incentivado.
 
Educação Inclusiva, portanto, significa educar todas as crianças em um mesmo contexto escolar. A opção por este tipo de Educação não significa negar as dificuldades dos estudantes. Pelo contrário. Com a inclusão, as diferenças não são vistas como problemas, mas como diversidade. É essa variedade, a partir da realidade social, que pode ampliar a visão de mundo e desenvolver oportunidades de convivência a todas as crianças.
 
Preservar a diversidade apresentada na escola, encontrada na realidade social, representa oportunidade para o atendimento das necessidades educacionais com ênfase nas competências, capacidades e potencialidades do educando.
 
Ao refletir sobre a abrangência do sentido e do significado do processo de educação inclusiva, estamos considerando a diversidade de aprendizes e seu direito à equidade. Trata-se de equiparar oportunidades, garantindo-se a todos - inclusive às pessoas com deficiência e aos com altas habilidades/superdotação, o direito de aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a ser e aprender a conviver. (CARVALHO, 2005).

Fonte: Portal Nova Escola - (Daniela Alonso)

Doença grave e deficiência física e mental darão prioridade na restituição do IR

Mão segura caneta sobre uma planilha. Ao lado, há uma calculadora
Os contribuintes que têm doenças graves e os deficientes físicos e mentais também terão prioridade na restituição do Imposto de Renda a partir deste ano. 

Até o ano passado, apenas os maiores de 60 anos de idade tinham essa prioridade (desde que a declaração não apresentasse problemas).

A novidade está no programa da declaração deste ano. Ao abrir a declaração na ficha Identificação do Contribuinte, há uma janela com a pergunta: "Um dos declarantes é pessoa com doença grave ou portadora de deficiência física ou mental?".

A pergunta indica "um dos declarantes" para os casos em que a declaração é em conjunto. Costumam declarar em conjunto casais de aposentados, especialmente quando ambos têm mais de 65 anos (nesse caso, há uma parcela adicional isenta a partir do mês em que o contribuinte completou aquela idade; para a declaração deste ano, o valor é de R$ 1.637,11).

Pelas regras em vigor, apenas os rendimentos de aposentadoria, pensão ou reforma, incluindo a complementação recebida de entidade privada e a pensão alimentícia, são isentos caso o contribuinte tenha doenças.

Serão beneficiados na restituição as pessoas com Aids, alienação mental, cardiopatia grave, cegueira, contaminação por radiação, doença de Paget em estados avançados (osteíte deformante), doença de Parkinson, esclerose múltipla, espondiloartrose anquilosante, fibrose cística (mucoviscidose), hanseníase, nefropatia grave, hepatopatia grave, neoplasia maligna, tuberculose ativa e paralisia irreversível e incapacitante.

Em todos esses casos, todo o rendimento (qualquer que seja o valor) é isento do IR. Se o contribuinte tiver outras fontes de renda (como salário, aluguéis etc.), entretanto, elas serão tributadas normalmente.


26 de fev. de 2013

Justiça manda Correios recontratar carteiro com deficiência visual em MT

A Justiça trabalhista determinou que a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos recontrate um funcionário com deficiência visual, que foi demitido em 2004 após 15 dias de trabalho como carteiro.

Além de readmiti-lo, a empresa foi condenada a pagar todos os salários e vencimentos retroativos ao período da demissão e ainda R$ 20 mil à vítima por danos morais. O Correios informou, nesta terça-feira (26), por meio da assessoria de imprensa, que ainda não havia sido notificado da decisão.

Conforme a assessoria do Tribunal Superior do Trabalho (TST), o carteiro foi aprovado em um concurso público para ocupar uma das vagas destinadas às pessoas com deficiência, mas foi demitido com o argumento de que seria inapto a exercer a função.

Na ação, a vítima alegou que para tentar justificar a demissão a empresa comparou a sua produtividade a de carteiros com mais de 10 anos de profissão, bem como desconsiderou as limitações impostas pela deficiência visual.

No entendimento do relator do recurso no TST, ministro Walmir de Oliveira Costa, houve discriminação ao argumentar que o funcionário não cumpria as mesmas metas que os outros carteiros, já que enquanto aprovado para assumir vaga para pessoas com deficiência deveria cumprir meta diferenciada.

Conforme o magistrado, a demissão da forma como ocorreu é vedada por normas constitucionais e em convenções internacionais da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

"Sendo a deficiência visual tipo de doença suscetível de causar estigma ou preconceito, presume-se discriminatória a dispensa do empregado deficiente, o que autoriza a sua reintegração no emprego, e consequente direito ao ressarcimento dos danos causados", determinou o ministro. Os demais integrantes da primeira turma do TST seguiram o voto do relator e condenaram a empresa.

Fonte: G1

Sine oferece 110 vagas de empregos em João Pessoa

 
O Sistema Nacional de Empregos em João Pessoa (Sine-JP) está oferecendo a partir desta segunda-feira (25), 110 vagas de emprego para 54 cargos ou funções, sendo nove oportunidades exclusivas a quem tem ensino superior completo, e outras oito a quem esteja para nível superior incompleto. Além disso, são oferecidas ainda 41 vagas para pessoas com deficiência

Uma rede de supermercados está com 40 vagas exclusivas, sendo 15 para repositor de mercadorias, 15 para operador de caixa, e 10 para empacotador. A exigência é que os candidatos às vagas sejam alfabetizados. Não é necessário ter concluído ensino médio nem fundamental, mas é preciso ter uma boa capacidade de comunicação.

As vagas restantes são para gerente de loja, analista de recursos humanos, encarregado de compras, supervisor de extrusão, coordenador de manutenção, assistente de cobrança, analista de almoxarifado e técnico de tecnologia da informação.

É exigida a formação superior concluída ou em curso em administração, contabilidade e  economia, engenharia mecânica ou elétrica, psicologia e informática. Algumas empresas não exigem curso específico.

Entre os cargos com maior número de oportunidades destacam-se os de vendedor externo para uma empresa de TV por assinatura, com 15 vagas, garçom (quatro vagas), costureira (três vagas) e empregada doméstica (três vagas).

De acordo com a coordenadora do Sine-JP, Ludmila Araújo, a oferta de vagas de empregos com mais qualificação é uma exigência das empresas. “Nós percebemos que havia esta demanda por parte das empresas e, a partir do momento em que começamos a enviar candidatos para estas vagas, a quantidade de oportunidades foi aumentando, como uma resposta positiva ao nosso trabalho”, explicou.

Os interessados nas vagas que pedem só o currículo devem encaminhá-lo para o e-mail curriculos.sinejp@gmail.com, informando no assunto a vaga a que está concorrendo. Para as oportunidades de assistente de departamento pessoal - demissão, admissão, benefícios  e ponto eletrônico - é necessário que os interessados detalhem sua experiência no currículo.

Os demais devem comparecer ao Sine- JP portando RG, CPF e carteira de trabalho. O Sine-JP está localizado na Avenida Cardoso Vieira, 85, Varadouro, ao lado do Centro Histórico, antigo prédio da Prefeitura. O atendimento é das 8hs as 17h, sem intervalo para o almoço.

Saúde: Campo Maior (PI) irá ganhar Centro Especializado de Reabilitação

Estetoscópio está sobre roupa branca
Na manhã desta segunda-feira (25), o secretário municipal de Saúde de Campo Maior (PI), Manim Pereira, recebeu a visita da consultora técnica da Saúde da Pessoa com Deficiência do Ministério da Saúde, Lucienne Lopes Landeira, e a fisioterapeuta, Jaqueline Ferreira, da Secretaria da Saúde do Estado para tratar sobre o projeto de construção do CER – Centro Especializado de Reabilitação que será construído no Bairro Cidade Nova com recursos do Governo Federal por meio de emenda do senador Wellington Dias (PT).

Segundo o secretário Manim Pereira com a implantação do centro, o município ampliará o acesso dos usuários a um serviço especializado em reabilitação fisioterápica, priorizando o atendimento ao idoso. 

“ O paciente receberá um atendimento completo e inovador, que, além de identificar as patologias e tratá-las, proporcionará mais qualidade de vida em um ambiente acolhedor”, destacou Manim

O CER – Centro Especializado de Reabilitação é um serviço que dispõe de avaliação, acompanhamento e tratamento de pessoas com deficiência física e conta com médicos especializados em reabilitação, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, enfermeiros, nutricionistas, educadores físicos e técnicos em órteses e próteses.

'Minha mente enxerga', diz aposentado que perdeu a visão e faz carrinhos com madeira

Símbolo da deficiência visual
Em uma sala pequena, nos fundos da casa onde mora com a esposa e a filha, em Cascavel, no oeste do Paraná, o aposentado Jair Moraes, de 59 anos, passa praticamente o dia todo fazendo artesanato com madeira

Apenas com a imaginação e as mãos, ele vai dando forma aos carrinhos. Isso porque ele perdeu totalmente a visão há aproximadamente oito anos e, desde então, se dedica às obras de arte. 

“Eu passo praticamente de 12 a 15 horas por dia. Só vou lá dentro almoçar, assistir ao jornal e tomar um chimarrão”, disse.

Quando o médico disse que estava com uma doença hereditária rara, em que o levaria à cegueira, Jair confessa que levou um choque, mas a ajuda da família foi fundamental para superar as dificuldades

"A minha família me ajudou muito na época. Então, dava muita alegria para a gente. Pensava que eu não posso desistir. Deus, do nada, faz tudo", desabafou. Moraes teve uma retinose pigmentar, caso em que a retina se degenera.

Sem poder mais trabalhar, o aposentado encontrou nos carrinhos uma forma de passar o tempo e não deixá-lo para baixo. 

“A minha profissão antes era de fundição. Como perdi a minha visão, comecei na brincadeira para entreter. Daí comecei a fazer umas rodinhas, inventei os fusquinhas, os tratores, caminhonetes”, completou.

“Jair dos Carrinhos”, como também é conhecido, sabe onde fica cada peça, cada instrumento usado para fazer as obras de arte.  “Aqui é uma terapia para minha mente, para o meu corpo físico. Se eu não tivesse inventado isso daqui, hoje eu já estava deprimido. Deus me deu esse privilégio”, contou.

A limitação devido à deficiência visual não impede que as peças produzidas por Jair dos Carrinhos, fiquem bem feitas. Ele conhece cada detalhe e sabe quando está perfeita. As peças produzidas chegam às mais variadas montagens nas mãos do cascavelense. Ele produz caminhonetes, kombis, fuscas, carros de modelos antigos, lambretas, carros de boi. 

“Se a gente percebe que não fica bom, a gente faz de novo. (...) As pessoas não acreditam que eu faço esses carrinhos. Se eu levar essas rodinhas e falar que eu fiz, as pessoas não vão acreditar”, ressaltou.

Na garagem de casa, é possível ver uma exposição de carrinhos. A maioria, construídos com base em modelos antigos, que ele lembra da infância ou dos tempos que trabalhou como mecânico. 

“Eu tenho paixão por carros antigos. E os carros de boi porque quando eu era criança a gente ajudava. Então, a lembrança, a saudade está dentro da gente”, assegurou.

Apesar das dificuldades para enxergar, Moraes afirmou que se machucou apenas uma vez e garante que dificilmente pede ajuda para encontrar as ferramentas. "Eu me sinto realizado porque, hoje, é difícil de depender os outros. (...) A minha esposa está fazendo o almoço, está lavando a roupa e eu não quero incomodar. Então, a gente depende de sobreviver meio por conta", destacou.

Questionado sobre como faz para fazer os carrinhos é rápido e direto. “Isso é dom de Deus. A minha mente enxerga”.

A matéria-prima das esculturas é reaproveitada de pedaços encontrados na rua, de doações. "Tem pessoas que vêm trazer as madeiras aqui em casa para mim", complementou. 

Segundo Moraes, além da "terapia", os carrinhos também ajudam no sustento. "Esse dom que Deus me deu é fazer artesanato e ter um estilo de vida melhor. De vez em quando eu vendo um carrinho, dois, três, seis", disse. As peças são vendidas a partir de R$ 50.

As dificuldades provocadas pela cegueira não lhe trouxeram tristeza. “Eu sou feliz. Eu toco violão, toco teclado, toco gaita, canto na igreja, sou feliz. Tenho dois filhos homens, tenho uma filha mulher, tenho minha esposa”, conclui.

Fonte: G1

25 de fev. de 2013

Mc Donalds abre vagas para pessoas com deficiência

Carteira de trabalho
O McDonald's está em fase de recrutamento de candidatos para as 500 vagas em aberto, destinadas às pessoas com deficiência em todo o Brasil. 

Em Alagoas, são cinco oportunidades de trabalho para o cargo de atendente, no período diurno ou noturno.

Hoje a rede tem em seu quadro de colaboradores mais de 500 profissionais com algum tipo de deficiência, a maior parte delas com deficiência intelectual.

Os interessados devem ser maiores de 16 anos. Não é exigida experiência anterior e o início é imediato. As inscrições podem ser feitas no portal www.mcdonalds.com.br, acessando o link "Trabalhe Conosco". 


O candidato também pode levar o currículo pessoalmente em um dos restaurantes McDonald’s de todo o Brasil.

Entre os benefícios oferecidos pela empresa estão: seguro de vida, assistência médica e odontológica, vale-transporte e plano de carreira.

Fonte: Alagoas 24 horas
 

Condição de pessoa com deficiência poderá constar no documento

Símbolos que representam pessoas com deficiência

Poderá ser incluída na cédula de identidade, a pedido do titular, a condição de pessoa com deficiência

Projeto com esse objetivo foi apresentado pelo senador Gim Argello (PTB-DF) e se encontra na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), onde tramita em caráter terminativo. As informações são da Agência Senado.
 
A informação na identidade terá prazo indeterminado, no caso de deficiência permanente, e prazo de dois anos, renovável por igual período, no caso de deficiência não permanente ou deficiência mental. 

No caso de reserva de vagas em concursos públicos e de recebimento de benefícios monetários ou tributários, a identidade não eximirá a pessoa de submeter-se a novos exames médicos, se assim for exigido, de modo específico, no edital do exame.

Na justificativa da proposta, Gim Argello afirma ser necessário buscar alternativas para solucionar os transtornos que as pessoas com deficiência enfrentam, frequentemente, para ter de apresentar atestados médicos atualizados a fim de comprovar o seu estado e, assim, obter os benefícios conferidos por lei.

"É necessário diminuir os esforços das pessoas com deficiência na busca de seus interesses e da realização dos valores sociais de respeito à dignidade humana e de diminuição das desigualdades sociais", destacou.

Proposta beneficia pessoas com deficiência no serviço público

Homem mais velho está sentado na frente de um homem mais novo
As pessoas com deficiência podem encontrar ainda menos barreiras para ingressar no serviço público


Um projeto de lei apresentado neste mês determina que a avaliação da aptidão da pessoa com deficiência aprovada em concurso público seja feita durante o estágio probatório.

 
A proposta proíbe qualquer presunção de incompatibilidade entre a deficiência e o exercício do cargo.
 
Elaborado pelo senador Paulo Paim (PT-RS), o PLS 23/13 prevê que a exoneração do servidor com deficiência somente poderá ocorrer na hipótese de incompatibilidade total, desde que comprovada a inviabilidade de aproveitamento dessa pessoa em outra atividade em sua carreira.

 
Segundo o senador, o que motivou o projeto foi o preconceito ainda existente em determinadas carreiras públicas, que não aceitam pessoas com deficiência. 


— Parte-se da premissa de que as limitações da pessoa com deficiência, quaisquer que sejam, não permitirão o pleno desempenho de todas as funções na sua carreira, sem considerar as várias adaptações e ajudas possíveis ou o aproveitamento dessas pessoas em atividades que em nada são afetadas pela sua condição — afirmou Paim.

 
O autor da proposta deu o exemplo da atividade policial, considerada por muitas pessoas incompatível com as deficiências de candidatos:


— É fácil constatar que nem toda limitação impede plenamente o exercício de qualquer atividade, sobretudo com os inúmeros recursos que existem para suavizar ou eliminar as barreiras enfrentadas pelas pessoas com deficiência.


O projeto está na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH). Se for aprovado lá, irá para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e depois para a Câmara dos Deputados.

22 de fev. de 2013

CPB e Ministério do Esporte firmam convênio

Logotipos do Comitê Paralímpico Brasileiro e do Ministério do Esporte
O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e o Ministério do Esporte firmaram um convênio para o ano de 2013 no valor de R$ 38.834.471,85

Esse total contemplará as modalidades de atletismo, basquete em cadeira de rodas, bocha, ciclismo, esgrima, futebol de 5 (cegos), futebol de 7 (paralisia cerebral), goalball (pessoas com deficiência visual), halterofilismo, judô, natação, rúgbi em cadeira de rodas, remo, vela, tiro esportivo e vôlei sentado. Atletismo e natação poderão utilizar parte de seus recursos em 2014.

O objetivo é a preparação específica e de alto nível as seleções permanentes e aos jovens atletas que têm o objetivo de participar nos Jogos Paralímpicos do Rio-2016. As ações envolvidas neste convênio são: fases de treinamento, intercâmbios internacionais, participações em competições nacionais e internacionais, aquisição de materiais esportivos e contratação de recursos humanos.

O convênio foi publicado no Diário Oficial da União em 24/12/2012. O primeiro repasse, no valor de R$ 16.708.223,72, foi feito em 04/02/2013. O convênio é o maior já firmado entre o CPB e o Governo Federal, via Ministério do Esporte. Para 2012, por exemplo, o acordo entre Ministério e Comitê Paralímpico brasileiro era de R$ 8,730.291,37.

“Esta parceria com o Ministério do Esporte é extremamente importante porque nos dá condições inéditas para desenvolvermos o Movimento Paralímpico brasileiro e trabalharmos firme no objetivo de chegar ao quinto lugar nos Jogos do Rio-2016”, comentou Andrew Parsons, presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro.

Fonte: CPB

Longa-metragem Colegas entra em cartaz em março

Cartaz do dia de lançamento do filme Colegas
O aguardado longa-metragem Colegas vai estrear nos cinemas do Brasil em 1º de março. O filme foi considerado como um dos 13 filmes imperdíveis de 2013.

Segundo blog oficial da equipe do filme, em meados de fevereiro, o plano de exibição estará finalizado e eles divulgarão a relação de cidades e salas de cinema onde será possível assistir ao filme. 

Trajetória de sucesso

O longa-metragem dirigido por Marcelo Galvão vem conquistando as plateias por onde passa no país e exterior.  No cenário internacional, Colegas venceu o prêmio de público do 27º Festival del Cinema Latino Americano di Trieste na Itália. Também levou o prêmio de Melhor Filme no festival de cinema International Disability Film Festival Breaking Down Barriers em Moscou (Rússia), além de ter sido exibido no Red Rock Film Festival (Utah, EUA).

No Brasil, venceu o prêmio de Melhor Longa-Metragem Brasileiro no Festival de Gramado 2012 e foi eleito pelo público da Mostra internacional de Cinema de São Paulo como Melhor Filme Brasileiro, levando também o Troféu Juventude (votação do público estudante). Colegas foi aclamado no Festival do Rio (categoria hors concours) e foi o longa-metragem que abriu o Amazonas Film Festival.

Haddad quer multar dono de calçada danificada já na primeira fiscalização

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), anunciou ontem (21) que vai mandar à Câmara Municipal um projeto de lei para permitir que os proprietários de calçadas danificadas ou mal conservadas sejam multados já na primeira fiscalização.

Hoje, a multa só é permitida na segunda visita do fiscal. Na primeira, o proprietário é apenas notificado. 

Haddad disse, no entanto, que a multa só terá validade 30 dias após a notificação. Caso o proprietário, nesse período, conserte a calçada e informe a prefeitura, a multa deixa de valer. 

Dessa forma, deixa de haver necessidade de uma nova visita do fiscal -coisa que nunca acontece mesmo no prazo de 30 dias- e reduz o número de processos.

Em janeiro do ano passado, a prefeitura triplicou o valor da multa aplicada aos proprietários de calçadas danificadas, mas os passeios continuam com problemas em todas as regiões da cidade.

Hoje, o valor da multa é de R$ 300 por metro linear de calçada, independentemente do tamanho do terreno -antes, o valor era de R$ 100, mas o valor era multiplicado apenas pela área danificada.

Haddad disse ainda que o projeto vai prever que, caso o proprietário pague a multa, o dinheiro será usado para consertar a sua calçada.

Atualmente, segundo uma estimativa preliminar do prefeito, apenas 10% das multas são efetivamente pagas.

Para ele, isso ocorre porque o infrator sabe que, mesmo que não pague, nada vai acontecer com ele. 

Por isso, as multas serão incluídas no Cadin (cadastro municipal de inadimplentes) e cobradas, mesmo que judicialmente.

"Nós não queremos o dinheiro da multa. Queremos as calçadas em bom estado", afirmou o prefeito. 

O projeto deve ser encaminhado na semana que vem à Câmara. Para entrar em vigor, precisa ser aprovado pela maioria dos vereadores, o que não tem prazo para ocorrer.