A menos de três anos das Paralimpíadas de 2016, um shopping em Brasília resolveu inovar: criou uma arena denominada Experimentando Diferenças.
Nela, o público pode participar do futebol - chute a gol - com olhos vendados, além de corrida e basquete em cadeira de rodas.
O projeto, no Shopping Iguatemi, no Lago Norte, bairro nobre da capital, acontece de segunda-feira a sábado, das 11h às 22h, e no domingo, das 12h às 20h.
Até fevereiro de 2014, o projeto será ampliado para shoppings em São
Paulo, no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte (MG), em Porto Alegre (RS),
em Curitiba (PR), em Natal (RN) e em Goiânia (GO).
A tecnologia dos
equipamentos, na arena, é a mesma utilizada pelos atletas paralímpicos. A
ideia é simular o que ocorre nas competições com os paratletas. As
atividades contarão com o auxílio de 16 monitores.
O organizador do projeto, Fernando Rigo, disse que a expectativa é que
600 mil pessoas participem das atividades na arena.
“O objetivo é formar
público para a Olimpíada de 2016, no Brasil, e proporcionar aos
visitantes a oportunidade de experimentar as sensações parecidas às dos
atletas dos esportes paralímpicos”, disse ele.
Para Rigo, o esforço dos atletas em superar obstáculos, com humor e
alegria, estimula a participação do público.
“A alegria dos atletas, a
forma como eles superam a deficiência nos chamou a atenção. Por isso
pensamos em algo para valorizar esse alto-astral deles”, ressaltou.
“A
aceitação do público tem sido positiva. As pessoas se surpreendem com a
experiência de ter limitações”, completou.
Além do projeto Experimentado Diferenças, há a exposição Caravana Vencedores
do fotógrafo, Sérgio Dutti, que mostra a preparação e o desempenho dos
atletas brasileiros nas Paralimpíadas de Londres, em 2012.
A médica Tatiana Wambier levou seus dois filhos, Fernanda, de seis anos
e Gustavo, de três, para a arena. "É muito importante que eles saibam
viver com as diferenças", conta.
Medalhista nas Paralimpíadas de Londres, o jogador de bocha Eliseu Santos
disse que esse tipo de projeto é importante não só para que as pessoas
aprendam a lidar com as diferenças mas, também, para ampliar os
horizontes de quem tem limitações físicas.
"As pessoas, às vezes, não
sabem que existem esportes que podem abranger as mais diversas
limitações. Muitos pensam que quem tem paralisia tem que ficar sem fazer
nada. A bocha, por exemplo, é um esporte que recebe pessoas com muitos
tipos de deficiência", conta o esportista que é cadeirante e tem
limitações de movimento nos braços.
Fonte: Agência Brasil
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