Cientistas da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, conseguiram
reproduzir receptores e circuitos da pele humana para criar uma espécie
de "pele artificial".
A descoberta pode, no futuro, ajudar as pessoas a
recuperar a sensação de toque, melhorar o desenvolvimento de próteses e
até de aparelhos eletrônicos.
O resultado da pesquisa foi publicado na revista Science nesta
quinta-feira (15).
A pele humana possui receptores que produzem sinais
de sensação tátil enviados ao cérebro e que variam em sinais intensos ou
menos intensos de acordo com o estímulo.
Imagine alguém apertando seu dedo. Sua pele pode sentir diversos níveis
de pressão. Foi essa a sensação que os cientistas conseguiram replicar
artificialmente.
Os experimentos foram feitos em camundongos e os
cientistas conseguiram transferir os sinais sensoriais às células do
cérebro dos animais.
Um dos principais desafios da equipe liderada por Benjamin Tee foi o de
criar sensores que conseguissem "sentir" a mesma variedade de pressão
que os humanos conseguem.
Isso foi possível graças à utilização de
nanotubos de carbono moldados em microestruturas piramidais.
Desta
forma, a sensibilidade foi maximizada e os receptores "traduziram" a
pressão em sinais enviados ao cérebro, que se modificavam conforme a
pressão aplicada.
Outro grande desafio foi o de transferir o sinal do sistema de pele
artificial para os neurônios dos camundongos.
Os pesquisadores
desenvolveram novas proteínas sensíveis à luz (optogenéticas), capazes
de acomodar longos intervalos de estímulo. Dessa forma, os neurônios
conseguiram agir de acordo com o pulso de estímulo.
Segundo os pesquisadores, trazer a sensação do tato para as próteses
pode aumentar a utilidade delas, ao melhorar o controle motor, e também
pode ajudar a aliviar a "dor do membro fantasma", que afeta grande parte
das pessoas que perderam um membro do corpo.
Fonte: UOL / Vida Mais Livre
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