O documento final da 4ª Conferência Nacional da Pessoa com
Deficiência foi aprovado com 89 propostas, que englobam temas com a
implementação de políticas públicas para a criação de programas que vão
atuar na defesa e conscientização de temas como a diversidade sexual, a
identidade de gênero, o enfrentamento ao racismo, homofobia e sexismo,
além da participação social de órgãos gestores e a interação entre os
poderes e os entes federados.
Segundo o presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com
Deficiência (Conade), Flávio Henrique de Souza, esta foi a primeira
Conferência que tratou o tema direitos humanos de forma ampla, refletido
nas propostas apresentadas pelos representantes da sociedade civil que
participaram do evento.
“Ampliar os temas e transversalizar propostas na área da pessoa com deficiência e outros seguimentos foi um desafio, e o objetivo foi alcançado. Nós proporcionamos o conhecimento e exercício da intolerância, trabalhando os direitos humanos em todos os níveis de vulnerabilidade e aprovando propostas que validem os debates propostas”, explicou.
As propostas foram dividas em três eixos:
- gênero, raça e etnia,
diversidade sexual e geracional;
- órgão gestores e instâncias de participação social;
- órgão gestores e instâncias de participação social;
- interação entre os poderes e os entes
federados.
O texto visa políticas que fortaleçam e ampliem políticas
públicas para a saúde da mulher, promovendo a transversalidade das
políticas públicas da pessoa com deficiência, visando à melhoria da
qualidade de vida para mulheres e meninas com deficiência.
Outro ponto é
a criação de indicadores para o enfrentamento à violência contra as
pessoas com deficiência.
O texto contempla, ainda, a garantia de acessibilidade em órgãos de
Segurança Pública, assistência a pessoas com deficiência vítimas de
violência e políticas públicas de combate a todas as formas de
discriminação – diversidade sexual, identidade de gênero, enfrentamento
ao racismo, homofobia, sexismo, xenofobia e a valorização das diferenças
étnico-raciais.
Outro destaque ficou para a criação do marco legal relativo ao
controle social das políticas públicas voltadas às pessoas com
deficiência e de políticas de fortalecimento de participação social da
pessoa com deficiência, voltadas à superação de todos os tipos de
barreiras que impeçam o acesso ao mercado de trabalho.
Para o delegado representante do estado de São Paulo, Beto Pereira, o
texto final ratifica as edições estaduais e municipais que antecederam a
Conferência.
“As propostas são o resultado direto do trabalho desenvolvido pelos delegados de cada estado, que há algum tempo vem se preparando para a edição nacional. Agora vamos acompanhar a execução dos encaminhamentos para que, de fato, sejam estabelecidas políticas públicas que assistem à pessoa com deficiência de forma ampla”, afirmou.
Participação na formulação de políticas
Outro tema abordado no documento final foi o acesso e a participação
de pessoas com deficiência como sujeitos de direitos, e não de estudo,
na formulação das políticas que os englobam em órgãos públicos.
Os projetos aprovados irão basear as políticas públicas para a pessoa
com deficiência nos próximos quatro anos.
Segundo Anderson Tavares,
coordenador-geral do Conade, será instituído um mecanismo para a
monitoração da execução dessas diretrizes nos órgãos responsáveis.
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