Depois do Rio de Janeiro, outros estados como como Espírito Santo,
Mato Grosso, Amapá e Maranhão adotaram a isenção da cobrança do IPVA
(Impostos sobre Veículos Automotores) de automóveis adquiridos para o
transporte de pessoas com deficiência.
A medida vale para condutores com
deficiência, ou seus representantes legais como motoristas.
A mudança na lei fluminense foi indicação do deputado estadual
licenciado Bernardo Rossi, iniciativa surgida de um caso em Petrópolis:
um avô precisou recorrer à Defensoria Pública para garantir isenção do
imposto e dirigir para o neto deficiente.
A mudança na lei foi acolhida
pelo governo do Estado e está em vigor desde outubro. Bernardo Rossi
quer agora que o estado dê ampla divulgação da legislação para que
deficientes e seus núcleos familiares tenham acesso ao benefício.
“É uma repercussão muito boa nas casas legislativas de outros estados e também iniciativa do poder executivo de outros estados. É ótimo que o estado do Rio tenha sido pioneiro, mas precisamos agora de divulgação da ampliação do público que pode se beneficiar”, aponta Bernardo Rossi.
A
população de pessoa com deficiência no país chega hoje a 24 milhões de
brasileiros. São 2,4 milhões no Estado do Rio e cerca de 59 mil em
Petrópolis que sofrem de alguma limitação.
“A melhoria no desenvolvimento da pessoa com deficiência se dá com educação e tratamentos como fonoaudiologia, fisioterapia e outras indicações de acordo com a limitação do indivíduo. A mobilidade da pessoa com deficiência para escola, universidades e pontos de saúde é necessária para sua real inclusão que defendemos e muitas vezes facilitada com o transporte operado pelo responsável, por isso a mudança na legislação”, defende Bernardo Rossi.
A indicação para que a lei passasse a incluir esses casos foi feita a
partir da situação de um jovem, portador de paralisia cerebral. Menor
de idade e com condição limitada em função da doença, ele não pode
adquirir, nem guiar o veículo.
O carro foi comprado por seu avô
justamente para o transporte do paciente para tratamento. Eles moram em
uma rua de difícil acesso, em Corrêas, e tiveram de recorrer à
Defensoria Pública que ingressou com ação garantindo o benefício de
isenção do IPVA com a comprovação de que o veículo estaria beneficiando o
rapaz.
“Bernardo Rossi explica que o caso foi levado à vereadora Gilda Beatriz, presidente da Comissão da Pessoa com Deficiência na Câmara e encaminhado a meu gabinete em 2014 para que pudéssemos pedir a alteração da lei, sancionada em outubro pelo governador Pezão. Até essa alteração somente eram isentas as pessoas com deficiência que fossem proprietárias do veículo. Todos sabemos do quanto é importante um veículo para o deslocamento de famílias com pessoa com deficiência e sabemos também das despesas que envolvem o dia a dia dessas famílias", completa a vereadora.
Em janeiro de 2016 entrou em vigor a Lei Brasileira de
Inclusão da Pessoa com Deficiência.
“Nosso desafio agora é colocar em prática este instrumento e fazer a verdadeira inclusão”, defende Bernardo Rossi.
Fontes: Tribuna de Petrópolis / Vida Mais Livre
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