4 de jan. de 2016

Fundação Dorina Nowill para Cegos reforça a importância da leitura e escrita em braille

 


Em 04 de janeiro, comemora-se o Dia Mundial do Braille, importante sistema natural de leitura e escrita para as pessoas com deficiência visual. 


Às vésperas de completar 70 anos, a Fundação Dorina Nowill para Cegos reforça a importância do braille e enfatiza que a tecnologia se soma a este sistema, mas não pode substitui-lo.


Criado há quase 200 anos por Louis Braille, na França, o braille tornou-se o meio indispensável na formação social e política de cegos, possibilitando processo de alfabetização. 


O sistema consiste em combinações de seis pontos em relevo, que permitem a representação do alfabeto, números e simbologias científica, fonética, musicográfica e informática, garantindo que pessoas alfabetizadas neste sistema tenham acesso a informações diversas.

 

A tecnologia somada ao braille



Com a chegada da interatividade, a geração Z, que engloba os nascidos em meados da década de 1980, aumentou o maior envolvimento com as plataformas digitais, mas o braille permanece como importante meio de comunicação para as pessoas cegas.


Com a absorção rápida de informação que as novas tecnologias permitem, as crianças crescem divididas entre a vida real e virtual, mas Regina Oliveira, coordenadora de revisão braille e cega desde os 7 anos, enfatiza a importância do braille na alfabetização.


"Por mais que tenhamos todos os recursos tecnológicos, que também ajudam na formação, ainda é necessário que as pessoas cegas tenham o contato direto com a escrita. Devemos também considerar que, para aqueles que gostam de ler, nada substitui o prazer te ter um livro nas mãos, sentindo-lhe o cheiro, virando-lhe as páginas, em busca de novas revelações ou voltando-as para reviver as sensações agradáveis do que já foi descoberto", reforça Regina que também é Membro do Conselho Iberoamericano e do Conselho Mundial do Braille..

Para ela, a alfabetização por meio do braille deve ser incentivada desde a idade escolar. 
 
 
"É preciso o estímulo dos professores e familiares para o uso do braille para alfabetização da criança para que ela não adquira uma cultura só pelo ouvir.Caso ela não tenha o contato direto com a simbologia vai ser muito difícil aprender matemática, química, física e biologia, por exemplo".

 
Fonte: Vida Mais Livre


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