25 de jun. de 2016

Cientistas chilenos desenvolvem terapia experimental contra esclerose

 



Cientistas chilenos estão trabalhando no desenvolvimento de terapias que poderiam aumentar a expectativa de vida e a mobilidade de pacientes com esclerose lateral amiotrófica (ELA).


A ELA, doença do sistema nervoso, afeta 2% da população mundial, entre eles, o cientista Stephen Hawking.


A doença age no cérebro atacando um grupo específico de neurônios, o que provoca uma perda progressiva da função muscular.


As funções cognitivas, porém, se mantêm intactas, fazendo com que os portadores da doença se sintam presos no próprio corpo.
 

"Acredito que a cura da ELA vai chegar antes da do Alzheimer e a do Parkinson", disse Claudio Hetz, diretor do Instituto Milênio de Neurociência Biomédica (BNI), em uma coletiva de imprensa, nesta sexta-feira, em Santiago.


A equipe de pesquisadores liderada por Hetz está testando uma terapia genética para estabilizar a homeostase (equilíbrio) de certas proteínas que falham no cérebro, gerando a deterioração que provoca a ELA.

 
"Alguns experimentos realizados em roedores já mostraram um grande aumento na sua expectativa de vida e melhora da mobilidade. Trata-se de uma descoberta de relevância internacional, visto que até hoje não existe cura para este mal", afirmou Claudio Hetz, acadêmico da Universidade do Chile.


Ao mesmo tempo, os pesquisadores estão trabalhando no desenvolvimento de um medicamento para melhorar a mobilidade dos pacientes afetados.


"Estamos desenvolvendo novos fármacos para atacar o problema do dano celular na ELA. Já contamos com uma droga que foi sintetizada na Universidade de San Francisco, na Califórnia, mostrando eficácia em relação a danos oculares e diabetes, e agora queremos testá-la para a ELA, para ver se diminuem os sinais de estresse crônico que danam e matam os neurônios", acrescentou o pesquisador.

 
O médico Robert Brown, da Universidade de Massachusetts, que descobriu o primeiro gene envolvido nessa doença, está participando dos estudos realizados pelos cientistas chilenos.


Fonte: UOL Saúde



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