Um relatório da Anistia Internacional acusa da acusa polícia do
Malaui de não proteger a população albino, e o governo do Malaui de não
educar os cidadãos sobre as causas naturais do albinismo.
Pelo menos 18
pessoas com albinismo, uma condição congênita que resulta na falta de
pigmento na pele, cabelos e olhos, foram assassinados e muitos outros
foram estuprados ou assediados.
Quatro assassinatos aconteceram em
abril, e cinco albinos foram sequestrados e ainda estão desaparecidas.
Segundo
um reportagem do “Washington Post”, o albinismo é mais comum na África
subsariana do que no resto do mundo. E em países como Malaui, Tanzânia e
Moçambique há diversas crenças que colocam os albinos em risco.
- Uma delas diz que ter relações sexuais com uma mulher albina pode curar o HIV, o que coloca as mulheres albinas particularmente em risco de estupro.
- Outros acreditam que os ossos de pessoas albinas contêm ouro, ou têm propriedades medicinais ou mágicas. Por esse motivo, gangues cometem o assassinato de albinos e podem vender o “conjunto completo” de partes de albinos por até 75 mil dólares (R$ 270 mil), segundo a Cruz Vermelha .
A
Organização das Nações Unidas registrou, pelo menos, 65 casos de
violência contra albinos desde o final de 2014.
Ikponwosa Ero, perito
independente que trabalha com as Nações Unidas sobre as questões em
torno de albinismo, disse à “Al Jazeera” que albinos desaparecerão de
partes do sul da África.
“Eu acredito que isso vai acontecer ao longo do tempo se nada for feito. A situação é uma potente mistura de pobreza, crenças de bruxaria e as forças de mercado que empurram as pessoas a fazerem coisas em busca de lucro”, disse.
A especialista da ONU,
que também é albina, disse que os albinos não pode nem mesmo morrer em
paz.
“Mesmo na morte, eles não descansa, em paz, pois seus restos são roubados de cemitérios”, disse ela.
No último dia 24 de maio, a
jovem Edna Cedrick, de 26 anos, teve um filho albino arrancado de seus
braços em uma luta violenta.
Ela contou que está assombrada
por imagens da cabeça decapitada de seu filho de 9 anos, que deixou um
irmão gêmeo. A jovem agora teme pela vida do outro filho.
Fonte: Jornal Extra
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