Acessibilidade não é privilégio. É necessidade. Precisa existir para
garantir que todas as pessoas tenham acesso a tudo.
Não basta uma
calçada ser acessível se os edifícios não têm esse recurso. Rampas,
elevadores, plataformas, textos e placas em braile, traduções para
Libras e outras línguas de sinais, softwares, audiodescrição, voice
over, a quantidade de possibilidades, felizmente, cresce sem parar,
ampliando também a compreensão sobre o universo da pessoa com
deficiência que, no Brasil, é formado por mais de 45 milhões de
cidadãos.
Duas conquistas fundamentais para pessoas com deficiência são
independência e autonomia.
A possibilidade real de viver por conta
própria, trabalhar, estudar, namorar e, um desejo geral, viajar. Mas
para onde ir? Quais cidades brasileiras têm acessibilidade que permitem o
turismo inclusivo?
A plataforma de venda de passagens de ônibus online Guichê Virtual
elaborou uma lista de cinco destinos turísticos do Brasil que
investiram forte na acessibilidade para receber mais visitantes e
merecem esse destaque.
Essa relação não contém a cidade do Rio de
Janeiro, que recebe os Jogos Paralímpicos até este domingo, 18. É fato
que ainda há muito para ser feito, mas toda ação que promove a inclusão
precisa ser comemorada.
Vale lembrar que a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres)
exige que empresas de ônibus ofereçam frotas adaptadas para pessoas com
deficiência, com capacidade para transportar cadeira de rodas, muletas e
cão-guia, sem pagar nada mais por isso. Difícil é fazer as companhias
cumprirem essas regras.
Em julho deste ano, após uma enorme pressão das montadoras, o governo
federal adiou pela terceira vez a entrada em vigor da portaria do
Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) que
obriga as empresas a instalar a plataforma elevatória em todos os
ônibus, ainda na fábrica.
A medida valeria a partir do último dia 1º de julho, mas uma
publicação no Diário Oficial da União (páginas 79 e 80 – edição de
30/06/2016) determina o adiamento para 2017 e argumenta que a
obrigatoriedade foi protelada “considerando as dificuldades de adequação
relatadas pelo setor produtivo, especialmente frente à conjuntura
econômica atual, acarretando a impossibilidade do cumprimento das
exigências impostas pela Portaria Inmetro n.º 269/2015, no prazo
estabelecido”.
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Conheça quais são os 5 destinos turísticos acessíveis para pessoas com deficiência
Conheça quais são os 5 destinos turísticos acessíveis para pessoas com deficiência
1 – Foz do Iguaçu (PR) – Localizada na tríplice
fronteira, é uma das cidades mais atentas quanto à acessibilidade em
seus pontos turísticos. O Parque Nacional oferece possibilidade de
acesso a cadeirantes nas passarelas, até mesmo para a Garganta do Diabo,
queda com maior fluxo de água de todas as Cataratas do Iguaçu e que tem
70 metros de altura e 3 quilômetros de largura. Pioneira no turismo de
inclusão, a cidade oferece ainda salto de paraquedas para pessoas com
deficiência.
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2 – Salvador (BA) – A capital baiana se orgulha de sua
rota de acessibilidade ao centro histórico. O caminho permite acesso às
principais ruas do Centro Antigo e ao Pelourinho. Com a construção da
rota, rampas foram instaladas, calçadas ampliadas e as ruas estão
reformadas. O Museu de Arte Sacra também tem acesso para idosos e
cadeirantes, com elevadores e ampliação dos corredores.
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3 – Uberlândia (MG) – Considerada em 2010 pela ONU
(Organização das Nações Unidas) uma das 100 cidades modelo em
acessibilidade, tem uma lei que exige, em todas as obras de uso público,
vistorias do Núcleo de Acessibilidade antes de ser colocada em prática.
Com 100% do transporte público acessível e mais de 500 rampas de
acessos nas calçadas, os turistas com deficiência podem aproveitar as
belezas da cidade, com destaque para o Museu e Mercado Municipal,
construído em 1923 e que oferece os melhores produtos típicos de Minas
Gerais.
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4 – São Paulo (SP) – Apesar de todos os problemas da
maior cidade do país, a mobilidade urbana e a acessibilidade avançaram.
Desde 2011, os prédios do Memorial da América Latina são completamente
acessíveis. Lá até o mapa tátil é uma obra de arte à parte e foi
projetado pelo artista Luiz Herzog. Recentemente, a fundação foi
incluída no Guia Turismo Acessível, no qual estão outros 311 locais
turísticos acessíveis da capital paulista. O Museu do Futebol é um deles
e oferece audioguias para cegos, totens em braile, maquetes táteis e
imagens em relevo, piso tátil e acesso para cadeirantes durante todo o
percurso.
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5 – Fortaleza (CE) – Em março desse ano, foi lançado nas praias da
capital cearense um projeto com esteiras e cadeiras anfíbias para
idosos, pessoas com deficiência. A área tem ainda estrutura para vôlei e
frescobol adaptados, piscinas, cadeiras e mesas cobertas com toldos,
banheiro acessível e itens de segurança. No calçadão também foram
instaladas rampas, faixas de pedestre, vagas públicas para pessoas com
deficiência e uma academia ao ar livre com estação de exercícios físicos
exclusiva para cadeirantes.
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Fonte: Blog Vencer Limites
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