19 de nov. de 2015

Luva inteligente transforma gestos em sons e textos

Foto da luva inteligente


Uma estudante da Universidade de Londres desenvolveu o protótipo de uma luva inteligente, que consegue transformar os gestos utilizados na linguagem dos sinais em sons e textos escritos. 


O objetivo de Hadeel Ayoub é facilitar a comunicação de pessoas com deficiências. 


Ela desenvolveu a ideia durante seu mestrado em Computational Arts, no departamento de computação da entidade, e foi contemplada com o Innovation and Entrepreneurship Prize, destinado a estudantes sauditas no Reino Unido.


Até agora, foram desenvolvidos três protótipos da luva, batizada de SignLanguageGlove (luva de linguagem de sinais, em tradução livre). 


  • No primeiro, cinco sensores flexíveis (um para cada dedo) permitiam identificar os sinais de letras, que eram então apresentadas num display digital. 


  • Na segunda versão, melhorias no hardware e no software permitiram que os gestos fossem transformados em frases, que também podiam ser visualizadas no display digital. 


  • No terceiro protótipo, foi incorporado um chip capaz de transformar esse texto em áudio. Além disso, a luva ganhou um visual mais discreto. 


“Não quero que os fios intimidem os usuários, fazendo com que a luva pareça difícil de usar ou frágil demais. As pessoas tendem a ser cautelosas quando apresentadas a novos produtos high-tech, o que contradiz o objetivo principal dessa luva, que é tornar a vida mais fácil afirma Hadeel Ayoub em material divulgado pela universidade.”

Luva conectada e poliglota
 


A estudante está trabalhando numa quarta versão da luva, que poderá transmitir dados para smartphones e tablets por meio de conexão WiFi. 


Além disso, a designer, que fala inglês, árabe e francês, também quer incrementar a invenção com um programa de tradução em tempo real para outros idiomas. 


Está nos planos, ainda, a criação de uma luva pequena, que possa ser usada por crianças – o desafio, nesse caso, é adaptar o tamanho do hardware.


Hadeel já foi sondada por algumas companhias interessadas na fabricação da luva. Estima-se que o quarto protótipo custe algo em torno de £ 255 (cerca de R$ 1.470) para ser produzido. 


Mas, segundo informações da universidade, o objetivo da designer é que as pessoas com deficiência não tenham que pagar pelo equipamento, caso ele chegue ao mercado. 


Sua expectativa é que escolas, empresas e instituições de saúde possam adquirir a luva e disponibilizá-la para empregados, alunos e pacientes. 


“Minha missão é facilitar a comunicação entre todos os tipos de deficientes, eliminando barreiras entre pessoas que têm algum problema de visão, audição ou fala. Assim que a luva incorporar a conexão WiFi e a ferramenta de tradução, ela será útil para todos, e o usuário poderá atingir qualquer pessoa, em qualquer país, a qualquer hora, diz Hadeel.”
 




 

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