Insuficiência renal é a condição na qual os rins perdem a capacidade de efetuar suas funções básicas, entre elas a de filtrar o sangue para eliminar substâncias nocivas ao organismo e a manutenção do equilíbrio de eletrólitos no corpo.
Calcula-se que a doença renal crônica atinja 10% da população mundial, atingindo pessoas de todas as idades, mas principalmente os idosos.
A estimativa é que a enfermidade afete um em cada cinco homens e uma em cada quatro mulheres com idade entre 65 e 74 anos, sendo que metade da população com 75 anos ou mais sofre algum grau da doença.
A insuficiência renal pode ser aguda,
quando ocorre súbita e rápida perda da função renal; ou crônica, quando a
perda é lenta, progressiva e irreversível.
A maioria das pessoas não apresenta sintomas graves até que a insuficiência renal esteja avançada.
A maioria das pessoas não apresenta sintomas graves até que a insuficiência renal esteja avançada.
A seguir alguns sintomas relacionados com a insuficiência renal:
- falta de apetite;
- cansaço;
- palidez cutânea;
- inchaços nas pernas e tornozelos;
- aumento da pressão arterial;
- inchaço ao redor dos olhos (especialmente pela manhã);
- pele seca e irritada;
- alteração dos hábitos urinários como urinar mais à noite;
- urina com sangue ou espumosa
O policial aposentado Sócrates Rosa, de 48 anos, sentiu alguns sintomas, mas quando foi diagnosticado já havia ocorrido à falência renal.
“Estava na ativa, trabalhando como policial, e comecei a ter algumas intercorrências como sangramento nasal, aumento na pressão e dor de cabeça. Comecei a investigar e achei que era hipertensão arterial, mas eu já devia ter algum tipo de perda no rim. Pouco tempo depois tive uma falência renal. Passei 15 anos fazendo hemodiálise. Eu vivia em função da hemodiálise. Acordava para ir para a clínica e dormia pensando em voltar lá pela manhã. Não tinha tônus muscular, disposição. Não conseguia caminhar até o portão da minha casa. Se eu fosse da porta até o portão, precisava parar para descansar. Eu não vivia, eu sobrevivia”, conta Sócrates.
O tratamento para problemas renais pode
ser realizado por meio de dieta e medicamentos, indicados por
profissionais de saúde, visando conservar a função dos rins que já têm
perda crônica e irreversível, tentando evitar, o máximo possível, o
início da diálise - tratamento realizado para substituir algumas das
funções dos rins, ou seja, retirar as toxinas e o excesso de água e sais
minerais do organismo.
Dados da Sociedade Brasileira de
Nefrologia indicam que 100 mil pessoas fazem diálise no Brasil.
Os
números mostram ainda que 70% dos pacientes que fazem diálise descobrem a
doença tardiamente. A taxa de mortalidade para quem enfrenta o
tratamento é 15%.
Outra forma de tratamento é o
transplante renal em que, por meio de uma cirurgia, o paciente recebe um
rim de um doador.
Neste tratamento o paciente tem que fazer uso de
medicações que inibem a reação do organismo contra organismos estranhos,
neste caso, o rim de outra pessoa, para evitar a "rejeição do novo
rim”. O paciente necessita de acompanhamento médico contínuo.
Foi o transplante que mudou a vida de
Sócrates. Em dezembro de 2014 o policial fez o transplante de rim no
Instituto do Coração do Distrito Federal, que possui uma parceria
publico privada com o Sistema Único de Saúde.
“Eu nasci de novo neste dia 04 de dezembro. Foi um transplante muito bem assistido. Fiquei surpreso com o atendimento, fui muito bem tratado. Eu já tinha desistido de viver e o transplante me deu a vida de volta. Não sei nem o que dizer para a família que doou os órgãos. O sentimento de gratidão é tão grande, que falta palavras”, disse o policial aposentado.
Atendimento
Desde abril de 2014, a Secretaria de Atenção à Saúde autorizou a
inclusão de novas ações na tabela de procedimentos do Sistema Único de
Saúde (SUS) referentes a procedimentos ligados ao cuidado da pessoa com a
doença renal crônica.
O SUS passou a cobrir as dosagens de hemoglobina
glicosilada, de sódio, de 25 hidroxi vitamina D, de hormônio
tireoestimulante e de tiroxina.
Os pacientes também tem direito a
hemocultura (que pesquisa bactérias no sangue), exame de caracteres
físicos com contagem global e especifica de células, gasometria, entre
outros.
Para hemodiálise pediátrica, a criança com problema renal tem
direito a ultrassonografia do aparelho urinário e eletrocardiograma.
Nos
casos de pacientes no estágio pré diálise, dosagens de cálcio,
creatinina, fósforo, proteínas, potássio, ferro sérico, ureia, entre
outros, também estão incluídas na tabela.
A política também garante
ao doente renal crônico o direito à informação, sendo assegurado aos
conselhos de saúde e às associações ou comissões de pacientes o acesso
aos estabelecimentos de saúde que prestam atendimento.
Fonte: Blog da Saúde
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