As empresas de Petrópolis, Região Serrana do Rio, têm dificuldades em cumprir cota de funcionários com deficiência física.
O motivo é a acessibilidade,
ou falta dela, na hora de chegarem ao local de trabalho.
Embora a
cidade já possua ônibus adaptados, em muitos bairros a falta de
estrutura das vias impossibilita o funcionamento dos veículos.
De acordo com o Ministério do Trabalho,
as empresas com mais de 100 funcionários têm que ter de 2% a 5% das
vagas preenchidas por pessoas com deficiência.
Atualmente, no município,
há mais de 70 vagas abertas nas empresas, mas faltam candidatos, já que
muitas pessoas não conseguem sair de casa para chegar ao trabalho.
A adaptação dos ônibus da cidade foi um avanço. Parte da frota já tem
elevadores para uso dos cadeirantes, mas 20% dos ônibus ainda não contam
com esse sistema.
Apesar de alguns bairros já receberem esse serviço, a
falta de acessibilidade continua sendo um problema. “Emprego tem, mas
difícil é chegar nele”, comenta o auxiliar de serviços gerais, Luciano
Monteiro Vianna. Ele mora em uma ladeira e necessita de ajuda na hora de
descer para chegar ao ponto de ônibus.
A dificuldade para cumprir a cota do Ministério do Trabalho é tanta que
já existe uma disputa por esses profissionais no mercado de trabalho e a
rotatividade é grande. Eles vão de um emprego para o outro, dependendo
da proposta.
Até empresas de outras cidades, como Duque de Caxias, na
Baixada Fluminense, e São José do Vale do Rio Preto, também na Região
Serrana, estão buscando esses profissionais em Petrópolis.
Para segurar o deficiente no emprego, as empresas fazem de tudo: pagam
cursos, fazem treinamentos, adaptam as instalações e até fazem o
transporte dos trabalhadores de casa para o trabalho e do trabalho para
casa.
“A empresa que oferecer mais vantagens e condições de trabalho
leva”, afirma o presidente da Associação Pró-deficiente, Marcelo da
Silveira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário