Em abril de 2012, o executivo Rudi Fischer largou uma bem-sucedida
carreira no Banco Itaú para trabalhar em casa e ficar mais próximo da
primeira filha, Anna Laura, então com três anos de idade. Um mês depois,
no entanto, a menina morreu tragicamente em um acidente de carro.
A dor da perda seria parcialmente aplacada naquele mesmo ano, durante
uma viagem a Israel, quando Fischer fez uma espécie de imersão nos
preceitos do judaísmo.
"Aprendi que deveria realizar algo positivo em
nome dela para ajudar a elevar sua alma", lembra.
Faltava o formato para
implementar o plano, que foi encontrado em Jaffa, a 50 quilômetros de
Jerusalém, quando ele conheceu um escorregador adaptado para crianças com deficiência (possuía uma rampa em vez de escada).
Nasceu ali a ideia de construir o primeiro parquinho infantil acessível da cidade de São Paulo, que foi inaugurado no dia 25 de janeiro, em uma unidade da Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), no Parque da Mooca, na Zona Leste.
Batizada de Anna Laura Parques para Todos, a iniciativa conta com a
colaboração da própria AACD, que disponibilizou terapeutas para ajudar a
projetar os brinquedos, ao lado de engenheiros e arquitetos
voluntários.
Ao todo, são quinze peças no local, como balanços para
crianças com dificuldades motoras e equipamentos com recursos para o uso
por cadeirantes.
O investimento total foi de 120 mil reais, bancados integralmente por
Fischer, hoje aposentado do mercado financeiro.
A ação será levada
adiante com a inauguração de mais espaços semelhantes, o próximo no
Parque do Cordeiro, em Santo Amaro, ainda neste ano. Outros devem ser
implantados em cidades como Recife e Porto Alegre.
"É emocionante poder
ajudar o próximo por meio de uma homenagem à minha filha", diz. Ele
ainda pretende lançar um livro com a história da menina nos próximos
meses e fundar uma ONG de auxílio a pais em luto.
Fonte: Planeta Sustentável
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