Considerado um polo de turismo de aventura no Brasil, a cidade de Socorro, a 132 quilômetros de São Paulo, vai receber no próximo dia 1º de abril, o Prêmio Rainha Sofia de Acessibilidade,
outorgado pelo Conselho Real para Deficiência, do governo espanhol, em
parceria com a Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o
Desenvolvimento (AECID) e a Fundação ACS, que visa a promoção e o
desenvolvimento de atividades culturais e artísticas.
A cerimônia será
realizada no Palácio Zarzuela e terá a presença da rainha Sofia. O valor
do prêmio é de aproximadamente R$ 50 mil.
“É o reconhecimento internacional de um trabalho realizado em parceria
com o Ministério do Turismo”, disse o secretário de Turismo e Cultura,
Acácio Zavanella, lembrando que a inscrição da cidade para concorrer ao
Prêmio Rainha Sofia foi incentivado pelo MTur.
O Brasil tem pelo menos
25 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, de acordo com o IBGE. Nos últimos anos, o ministério investiu cerca de R$ 2,2 milhões em obras de infraestrutura para a cidade.
O esforço de adaptação tornou a cidade um dos dez Destinos Referência
em Segmentos Turísticos do Ministério do Turismo.
Atualmente, quase 100%
dos hotéis estão adaptados para os mais variados tipos de deficiência,
assim como bares e restaurantes, que já apresentam cardápios em braile.
Até os telefones públicos estão adaptados para pessoas com deficiência
auditiva. Entre as mais de 20 atividades de aventura oferecidas em
Socorro, dez já foram adaptadas e podem ser praticadas até mesmo por cadeirantes.
A proposta de inclusão teve início com as atividades de aventura, em
2005, mas se expandiu para os serviços urbanos, públicos e privados.
No
Horto Municipal, por exemplo, existe um jardim aromático contemplando
sinalização tátil (pisos alerta e direcional, mapas táteis e placas em braille) para deficientes visuais, rampas de acesso, além de banheiros adaptados.
Socorro também segue a linha do turismo sustentável. Parte dos hotéis e
pousadas usam energia solar para aquecimento dos chuveiros. Programas
de reflorestamento compensam os danos causados pela exploração
agropecuária.
Há ainda projetos de educação ambiental e envolvimento da
comunidade nas atividades turísticas com produção de artesanato local.
Fonte: Mercados & Eventos
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