Deve entrar em vigor em 2014 a lei que garante a presença de um
intérprete da Língua Brasileira de Sinais (libras) em eventos oficiais
do Governo de Mato Grosso, da Assembleia Legislativa e em propagandas
oficiais.
Além disso, um intérprete também deverá ficar disponível para
acompanhar surdos em órgãos do governo em Cuiabá, mas a presença deles
deve ser solicitada com antecedência.
No último dia 12, a Assembleia Legislativa derrubou o veto posto ao projeto de nº 145/11 e agora a lei aguarda a publicação no Diário Oficial de Mato Grosso para entrar em vigor.
A presidente da Associação do Surdos de Cuiabá,
Darlene Cristina da Silva, declarou que a iniciativa é importante, pois
a falta de intérpretes prejudica o acesso dos deficientes auditivos aos
órgão públicos.
“Realmente é uma obrigação ter intérprete nos órgãos públicos e nesses
eventos. A gente precisa disso para o surdo ver e ter maiores
informações. Porque, por exemplo, em uma palestra o surdo fica excluído,
sem ter um intérprete ele não vai ter meio de informações, não vai ter
nada, ele simplesmente vai ficar olhando”, declarou.
Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Tradutores de Libras Mário
Roney, o único empecilho para a execução da lei é a falta de
profissionais na área.
“Hoje nós temos um número reduzido de intérpretes, nós temos uma
quantia que não atende ao mercado. Temos escolas que precisam de
intérpretes, temos empresas que precisam de intérpretes e de surdos. Por
falta de formação e de um órgão, que capacite e qualifique o
profissional tradutor, intérprete é um número reduzido. Nós temos um
órgão formador de intérpretes, mas ele não consegue atender a demanda”,
explicou Mário Roney.
O sindicato pretende abrir um curso para formação
de profissionais em 2014.
Segundo o Censo Demográfico 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mais de 127 mil pessoas em Mato Grosso têm algum nível de deficiência auditiva. Dessas, 4.391não conseguem ouvir de modo algum.
Fonte: G1
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