As pessoas com deficiência visual de todo o país contarão com um novo recurso de acessibilidade nas próximas eleições.
O Superior Tribunal Eleitoral (TSE)
vai modificar o software de votação das urnas eletrônicas implantando
um sinal sonoro com a indicação do número escolhido pelo eleitor que
necessitar da tecnologia. Com a mudança, as máquinas estarão aptas a
liberar o áudio aos eleitores possibilitando maior autonomia para a
escolha do candidato.
Conforme a presidente da Comissão de Acessibilidade do TRE, Magda
Andrade, não vai haver motivo, em outubro, para que os votantes em
condição de baixa visibilidade ou cegueira deixem de ir às urnas.
“O que
acontece é que muitas pessoas não avisam o cartório eleitoral e acabam
deixando de votar. Mas a partir de agora, o mesário poderá digitar um
código que vai liberar o áudio na urna, que se encerrará logo após a
confirmação do voto”, garante.
O secretário nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com
Deficiência, Antonio José Ferreira, da Secretaria dos Direitos Humanos
da Presidência da República (SDH/PR), avalia a adaptação das urnas como
uma conquista importante da política nacional para as pessoas com
deficiência.
“Esta é a diretriz do desenho universal que objetivamos,
para que não só os equipamentos de votação, mas tudo o que nos cerca,
seja desenvolvido para servir a todos, que não sejam necessários outros
dispositivos de apoio ou um equipamento específico.
Um grande passo para
o exercício da cidadania e para a participação política plena das
pessoas com deficiência”, afirmou.
A nova medida tende a solucionar o problema da abstenção das pessoas
com deficiência que deixaram de votar em outras eleições por conta da
falta de acessibilidade enfrentada na hora da votação.
A Secretaria de Tecnologia de Informação do TSE segue implantando a
tecnologia nas urnas de todo o Brasil. A decisão foi tomada pela Corte
no fim do ano passado, após uma solicitação do Tribunal Regional
Eleitoral (TRE) do estado de São Paulo.
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