A educação de surdos tem sido um desafio para escolas de todo Brasil.
Embora exista uma lei que oficialize a Língua Brasileira de Sinais
(Libras) há mais de dez anos, o ensino passa por uma fase de adaptação
e, devido a problemas estruturais ou de gestão, essa lacuna entre os
ideais dos documentos legais e a realidade ainda está aberta.
É o que
mostram as especialistas e atuantes na área da surdez Cristina Broglia
Feitosa de Lacerda, Lara Ferreira dos Santos e Vanessa Regina de
Oliveira Martins, organizadoras da obra
"Escola e diferença: caminhos para educação bilíngue de surdos", lançamento da EdUFSCar, com apoio da Fapesp.
Retratando a experiência de um programa de educação inclusiva bilíngue
para surdos em um município no interior do Estado de São Paulo, a obra é
mais do que uma coletânea de relatos investigativos.
É o resultado de
uma de pesquisa realizada entre 2008 e 2013, criada e coordenada por
Cristina Lacerda, que busca evidenciar o árduo caminho percorrido para
se criar alternativas, implementar e realizar pesquisas no âmbito
escolar que na atualidade conta com uma abordagem social inclusiva.
Dividida em quatro partes, as organizadoras fazem uma contextualização
do projeto, destacando os desafios de gestão e pressupostos de práticas
de um trabalho inclusivo que conta com a Libras como língua de
instrução.
Apresentam algumas práticas de educação bilíngue em níveis de
escolarização distintos, com exemplos de ações voltadas à constituição
do espaço de atuação de educadores surdos, bem como dos intérpretes
educacionais ouvintes.
Encerram com um detalhado estudo sobre o ensino
de português como segunda língua para surdos no ensino fundamental em
que a Libras tem seu papel preservado nas interações pedagógicas.
"Procuramos, neste livro, detalhar aspectos da intervenção e pesquisa realizada que foi balizada pelos seguintes objetivos: criar escolas preparadas para o atendimento de alunos surdos na Educação Básica, de acordo com o Decreto 5.626/2005, e buscar resultados satisfatórios de escolarização para alunos surdos incorporando a Libras ao espaço escolar, repensando metodologias e desenvolvendo didáticas apropriadas para estes alunos", explicam as especialistas.
Sobre as organizadoras
- Cristina Broglia Feitosa de Lacerda é professora graduada em Fonoaudiologia pela USP, mestre e doutora em Educação pela Unicamp, tem experiência em Fonoaudiologia com ênfase em surdez e na área educacional, e coordena o Programa de Educação Inclusiva Bilíngue na rede municipal de Campinas.
- Lara Ferreira dos Santos é professora da UFSCar, graduada em Fonoaudiologia pela Unimep, mestre em Educação também pela Unimep e doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Educação Especial da UFSCar, tem experiência em Fonoaudiologia com ênfase em surdez e na área educacional, e atua como assessora do Programa de Educação Inclusiva Bilíngue na rede municipal de ensino de Campinas.
- Vanessa Regina de Oliveira Martins é graduada em Pedagogia com habilitação em Educação Especial pela Puccamp, mestre e doutora em Educação pela Unicamp. Atualmente é professora do curso de Bacharelado em Tradução e Interpretação de Libras e Língua Portuguesa do Departamento de Psicologia da UFSCar e coordenadora do Grupo de Estudos Discursivos em Língua de Sinais (GEDiLS).
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Livro: Escola e diferença: caminhos para educação bilíngue de surdos
Autoras: Cristina Broglia Feitosa de Lacerda, Lara Ferreira dos Santos e Vanessa Regina de Oliveira Martins
Número de páginas: 241
Formato: 16 x 23 cm
Preço de lançamento: de R$ 39,00 por R$ 31,20
ISBN: 978-85-7600-423-3
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Fonte: Vida Mais Livre
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