Pessoas com deficiência física que praticam basquete na praça Barão do
Rio Branco, no Centro de Macapá, juntaram-se e pagaram com recursos
próprios um profissional para construir uma rampa de acesso à quadra.
A
obra, que custou R$ 100, foi executada no sábado (26/03), com a ajuda dos
próprios cadeirantes.
Eles compraram um saco de cimento, contrataram um
pedreiro e receberam doações de areia e seixo.
O grupo de esportistas, representado pela Associação dos Deficientes
Físicos do Amapá (Adefap), informou que há três anos solicita à
prefeitura a adaptação do espaço. Eles dizem que o pedido nunca foi
atendido.
Segundo a prefeitura, existe um projeto em andamento de revitalização e readequação da praça.
De acordo com o grupo, para entrar na quadra, os deficientes precisavam
da ajuda de alguém. A equipe de basquete treina no local há cerca de 2
anos.
“Quando a gente pede acessibilidade, ela não é só para a pessoa com deficiência. Acessibilidade serve para todo mundo, serve para o idoso, serve para a grávida, e serve também para as pessoas com deficiência. A gente precisa ali de, no máximo, um metro. Esse manifesto aqui hoje [sábado] foi para quebrar e, em seguida, recuperar o espaço quebrado”, falou o atleta Rogério Santos.
Demos prazo para eles [prefeitura]. "Avisamos que até sexta-feira [25/03]
se não tivesse feito [o acesso], no sábado não precisava mais, porque a
gente viria fazer”, disse o vice-presidente da Adefap, Fernando
Oliveira.
A associação informou que contratou um pedreiro para fazer a obra de acessibilidade no espaço público.
“Cada um tem que, primeiro, ajeitar a sua casa. Os órgãos públicos não são acessíveis, e não fazem por onde ser. Eles têm a responsabilidade, a obrigação de tornar acessível principalmente a casa deles. Eles não fazem por onde. Ora, se eles não fazem, vamos fazer no lugar deles”, concluiu Samuel Silva, presidente da Adefap.
Fonte: G1 / Vida Mais Livre
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