18 de mai. de 2015

Carro 'ganha' cones sobre capô e teto após bloquear rampa de acesso

Foto do carro estacionado com cones em cima


Um carro parado em local proibido em frente ao anexo IV da Câmara dos Deputados, em Brasília, teve cones de sinalização de trânsito colocados sobre o teto e o capô do veículo por um motorista inconformado com a infração. 


Os cones serviam para impedir que a passagem para pessoas com deficiência e dificuldades de locomoção fosse obstruída.


Segundo um servidor da Câmara que não quis se identificar, é comum motoristas removerem os equipamentos de sinalização para estacionar no espaço. 


"Acontece sempre. Me chamou a atenção porque alguém se sentiu incomodado e colocou os cones para ver se o responsável não faz mais isso. Tem falta de vaga, mas não justifica. A Esplanada dos Ministérios é enorme."


O Detran informou que a infração é leve, pode render multa e a remoção do veículo. 


O órgão afirmou que realiza operações de fiscalização rotineiras no local, principalmente nos dias de maior movimento, e orienta as pessoas a utilizar transporte público devido à escassez de vagas na região central de Brasília.


Para o gráfico Antônio Junior, a situação ficou “cômica”. "Ficou engraçado, interessante. É muito difícil mesmo estacionar. Terças e quintas a partir das 10h não se acha mais vaga, mas foge da cidadania."
 

De acordo com o secretário parlamentar Roberto Miranda, a falta de vagas se agravou desde que o ponto biométrico foi instituído na Câmara no início do mês. 


"Está tudo mais cheio agora desde a cobrança. Essa atitude de colocar os cones no carro é incomum. Se[o motorista vai aprender eu não sei, mas também achei engraçado."


A assessora Karine Diniz chegou ao trabalho às 10h após uma consulta médica e diz que teve de estacionar no "barrão" atrás do Itamaraty, pois a área em frente ao anexo IV estava lotada. 


"É um perigo porque fica um breu lá atrás. O que ajuda é o povo que passa e o vigia que fica até tarde. Isso aqui é ‘punk’. Tem que chegar super cedo. Só multam quando estão a fim."


O taxista Expedito da Silva trabalha na região e reclama das infrações cometidas por motoristas. 


"Várias vezes quando chego aqui e tem carros particulares estacionados nas vagas reservadas para táxis. Têm de respeitar a demarcação. Desde que eu trabalho com isso, em 1988, tem esses problemas."






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