22 de dez. de 2015

Em Pernambuco, filmes com audiodescrição estão disponíveis para locação gratuita




O recurso da audiodescrição em filmes possibilita ao espectador com deficiência visual receber informações sobre o cenário, figurino e expressões faciais dos atores, por exemplo, que ajudam na contextualização dos diálogos. 


As pessoas com deficiência visual que desejam aproveitar essa ferramenta podem ter acesso a filmes nacionais com audiodescrição em Petrolina, no Sertão de Pernambuco. 


Os interessados podem fazer a locação gratuitamente de um acervo disponibilizado pela Secretaria de Cidadania (Sedesc) do município.


De acordo com a assessoria de comunicação da Sedesc, a prioridade são as pessoas com deficiência, mas todos que desejarem podem locar os longas-metragens. 


Para solicitar as obras, é necessário apresentar um documento de identidade e comprovante de endereço para efetuar o cadastro e assinar um termo de responsabilidade pelo uso e devolução do filme. Cada pessoa pode ficar com o DVD por até 10 dias.


Os filmes têm também legenda, o que facilita o entendimento das pessoas com deficiência auditiva. No total, estão disponíveis 30 filmes brasileiros de diferentes gêneros e classificações indicativas. 


O horário de atendimento é das 7h às 13h. A Secretaria fica na Rua Santa Cecília, nº 35, bairro Vila Mocó, na região central da cidade. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (87) 3862-9224.


Lista de filmes para locação:

 

  • 3 EFES
  • A Mulher Invisível
  • Batismo de Sangue 
  • Brava Gente Brasileira 
  •  Cão sem Dono
  • Casa da Mãe Joana
  • Casa de Alice
  • Cazuza - O Tempo Não Para
  • Central do Brasil
  • Cidade dos Homens
  • Divã
  • Era uma Vez
  • Estômago
  • Lula, o Filho do Brasil
  • Meu Nome não é Johnny
  • Olga
  • Ó-paí-ó
  • O Guerreiro Didi e a Ninja Lili
  • O Homem do Ano
  • O Homem que Copiava
  • O Quatrilho
  • O Que é Isso, Companheiro
  • Orquestra dos Meninos
  • Os Desafinados
  • Os Normais 2
  • Saneamento Básico
  • Se Eu Fosse Você
  • Tropa de Elite
  • Verônica
  • Zuzu Angel


Fonte: G1 Vida Mais Livre


 

21 de dez. de 2015

Ingressos para os Jogos Paralímpicos já estão disponíveis

Alessandro Zanardi compete durante os Jogos Paralímpicos de Londres


Está disponível a venda online dos ingressos para os Jogos Paralímpicos Rio 2016. 


São mais de 2,5 milhões de entradas para um total de 22 esportes e as cerimônias de abertura e de encerramento. A venda direta de ingressos é feita pelo site rio2016.com.


As competições ocorrerão entre os dias 7 e 18 de setembro do próximo ano. O preço dos ingressos varia de R$ 10 a R$ 130. 


O pagamento pode ser parcelado em até três vezes, caso seja feito com cartão de crédito Visa. 


Quem optar pela solução de Pagamento Virtual Rio 2016 deve observar o prazo de até três dias úteis para o carregamento dos créditos, que pode ser efetuado via boleto bancário, cartão de crédito, cartão de débito ou PagSeguro (transferência bancária).


Residentes no Brasil com 60 anos ou mais, obesos e pessoas com deficiência pagam meia-entrada em qualquer ingresso. Professores da rede municipal de ensino e estudantes em geral também têm direito a 50% de desconto no preço, mas apenas nos ingressos da categoria mais barata de cada sessão. 


Pessoas com deficiência e obesos deverão ligar para o centro de atendimento telefônico (21) 3004-2016 para realizar suas compras com direito à meia-entrada.


São dez os esportes com preços a partir de R$ 10: maratona, bocha, esgrima em cadeira de rodas, goalball, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas, tiro com arco, halterofilismo, ciclismo de estrada e vela.


As sessões esportivas com ingressos mais caros são a final do basquetebol em cadeira de rodas, com entradas que vão de R$ 90 a R$ 130, e a superfinal do atletismo, que custará entre R$ 70 e R$ 110.  As cerimônias de abertura e encerramento custam de R$ 100 a R$ 1,2 mil.






Com criatividade, bar dá exemplo de inclusão de pessoas com deficiência




Com boa vontade e imaginação, os proprietários de um bar-restaurante em Bolonha, no norte da Itália, criaram um local completamente acessível a deficientes físicos - dentro e fora do balcão.


Inaugurado há poucas semanas, o L’Altro Spazio conta com uma série de simples adaptações que permitem o emprego de funcionários com limitações físicas.


A simplicidade das soluções pode ser notada já na entrada. Uma rampa de madeira, removível, facilita o ingresso de pessoas com dificuldades motoras, evitando reformas de grande porte, além da burocracia necessária para modificações na calçada pública.]


Entre as novidades criadas especialmente para o local está um balcão de apenas 80cm de altura, que pode ser usado por cadeirantes, tanto de um lado quanto do outro. 


Dentro, as geladeiras, as garrafas, as máquinas de lavar copos e demais instrumentos de trabalho estão todos à altura de quem usa cadeira de rodas.


Um sistema de laços amarrados às torneiras da máquina de chopp permite que a bebida seja tirada usando apenas uma mão. A cozinha também foi planejada para receber empregados com deficiência.


Um dos chefs tem apenas 10% da visão. Em dias de pouco movimento, graças à disposição especial do mobiliário e dos equipamentos, ele dá conta de preparar as refeições sozinho.


No L’Altro Spazio, a maioria dos funcionários conhecem a língua dos sinais. Mas, se o surdo estiver atrás do balcão, os clientes podem ajudá-lo usando bilhetes impressos com o nome de cada bebida ou coquetel.


Para os clientes cegos, o bar oferece um mapa do local que descreve em braile a disposição das mesas, o espaço entre elas, o acesso ao bar, ao banheiro e os obstáculos presentes no salão. 


Além disso, o cardápio em braile traz a descrição completa dos ingredientes presentes nos drinks e pratos da casa. 


"Não é apenas uma questão de garantir o acesso físico, mas de conscientizar as pessoas de que, com boa vontade e formação, é possível empregar pessoas com dificuldades físicas", afirma à BBC Brasil Nunzia Vannuccini, uma das sócias do local.


Tentativa e erro


 
De acordo com Nunzia, o maior problema durante a construção do bar foi superar a burocracia devido à falta de padrões técnicos para a acessibilidade de funcionários com deficiência.


"Começamos do zero. Os arquitetos e marceneiros trabalharam com base no projeto desenvolvido por nós, já que, com exceção das medidas relativas à porta de entrada e aos banheiros, não existem parâmetros para este tipo de construção. Fizemos tudo na base da tentativa e erro. O balcão do bar, por exemplo, não era baixo e largo o suficiente. Tivemos que refazê-lo completamente",diz.


Manuela Migliaccio, garçonete cadeirante de 31 anos, foi uma das funcionárias que ajudou os proprietários a encontrarem as medidas ideias para o local.


"Não é preciso um projeto de engenharia aeroespacial. Com poucas adaptações, nós deficientes podemos fazer tudo".


Este é seu primeiro emprego desde que, há seis anos, ficou paralítica após uma queda. 


"Sou uma 'barwoman'. Sempre fiz este serviço porque adoro estar em contato com o público, mas até então não tinha encontrado outro emprego", diz.


Além do aspecto econômico de se ter um trabalho, Manuela considera importante "poder mostrar que os deficientes físicos são como as demais pessoas".


"As campanhas de conscientização deixam muito a desejar. Ser atendido por um 'barman' em cadeira de rodas e perceber que ele consegue fazer tudo o que os outros fazem causa nas pessoas um impacto muito maior do que qualquer teoria", afirma.


No início, alguns clientes ficam surpresos, mas depois percebem que não há nada de tão especial em trabalhar como garçom estando numa cadeira de rodas.


Chiara Danisi, de 25 anos, que tem mal formação em um dos braços devido à doença focomelia, também contribuiu para a busca de soluções criativas ao local. 


"Agora, até os garçons que não têm dificuldades físicas usam o meu método par tirar chopp com uma mão só", brinca.


Ela afirma que alguns clientes tendem a fazer o pedido a outros atendentes, por acreditarem que ela não seja capaz de preparar as bebidas. "Mas depois eles caem na real e percebem que estou ali exatamente para trabalhar".


Para Chiara, bastam poucas adaptações para que um deficiente físico possa realizar as mesmas tarefas que os demais trabalhadores. 


"Uma coisa é definir os direitos dos deficientes, outra é criar condições para que eles se concretizem. É difícil encontrar pessoas dispostas a valorizarem aquilo que podemos fazer, em vez de concentrarem-se sempre nas nossas dificuldades."

Ambiente jovem



Segundo o artista e cineasta holandês Jascha Blume, de 33 anos e sócio do bar, o local tem atraído um público jovem, como a maioria dos outros locais da cidade, conhecida pela grande concentração de estudantes universitários entre a sua população.


Em entrevista à BBC Brasil via whatsApp, Jascha, que é surdo, conta que tem recebido muitos pedidos de reserva por parte de estudantes para as festas de final de ano.


"Não é um lugar com clima de hospital ou um espaço cheio de doentes. É um espaço rico em diversidades, com muito entrosamento entre as pessoas. Realizamos shows de música, exposições de arte, cursos e várias atividades que não estão necessariamente relacionadas aos deficientes ou à acessibilidade. É um bar moderno, como outro qualquer".


Questionado se não seria melhor que todos os lugares públicos fossem acessíveis, Jascha é categórico. 


"As verdadeiras barreiras são as pessoas, não os lugares. São as pessoas que criam os lugares.Tudo começa com um pequeno passo", digita em seu celular.
 
 
 
 
 
 

18 de dez. de 2015

MPF pede proibição da vacina contra o vírus HPV




O Papiloma Vírus Humano é responsável por 70% dos casos de câncer de colo de útero, sendo a terceira causa de morte de mulheres no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. 


Uma das principais formas de prevenir a doença é por meio da vacina contra o vírus HPV, que desde 2014 é disponibilizada para meninas entre 9 e 13 anos no país. 


Porém, a vacina sempre foi alvo de desconfianças e polêmicas, devido aos efeitos colaterais que pode causar nas crianças. Por esse motivo, o Ministério Público Federal (MPF) de Uberlândia (MG) ajuizou ação civil pedindo que a Justiça Federal proíba a rede pública de saúde de aplicar a vacina contra o HPV em todo o Brasil.

 

Entenda a polêmica sobre a vacina



O vírus HPV é sexualmente transmissível e contamina ambos os sexos, porém, nas mulheres, a ameaça é maior, devido à ligação com os casos de câncer de colo de útero. 


O Instituto Nacional do Câncer (Inca) afirma que mais da metade da população feminina com vida sexual ativa será infectada pelo HPV ao longo dos anos. 


Por isso, a vacina administrada durante a infância contribui para prevenir a doença e diminuir esse índice, protegendo as meninas desde o início da vida sexual.


No Brasil, desde 2014 o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza a vacina para meninas entre 9 e 13 anos, em três doses. 


Após seis meses da primeira, deve-se receber a segunda injeção. Já a terceira, considerada um reforço, é feita após um período de cinco anos da primeira imunização.


Porém, a vacina contra o vírus HPV contém alguns efeitos colaterais, sendo alvo de muitas polêmicas. Esse é o motivo da ação que pede a proibição por parte do Ministério Público Federal, que tomou a decisão a partir da representação feita pela mãe de uma adolescente. Após receber a vacina, a menina desenvolveu vários problemas de saúde com sequelas definitivas. 


Durante as investigações, o MPF ouviu um neurocirurgião de Uberlândia que relatou a ocorrência de quadros clínicos neurológicos em meninas que haviam tomado a vacina. 


Entre os problemas, foram citados esclerose múltipla, neuromielite ótica, paraplegias, tumor de medula espinhal, lesões oculares, déficit de memória e aprendizado, pseudotumor cerebral e trombose venosa cerebral.

 

Proibição da vacina contra o vírus HPV 

 

Além de proibir a aplicação da vacina contra o vírus HPV em todo o Brasil, a ação também pede a nulidade de todos os atos normativos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que autorizaram a importação, a produção, a distribuição e a comercialização da vacina no país. A ação foi distribuída para a 2ª Vara Federal de Uberlândia. 


O pedido judicial, feito pelo procurador da República Cléber Eustáquio Neves, foi baseado no fato de que não foram realizados estudos científicos que comprovem a eficácia ou os efeitos colaterais da vacina contra o HPV, apontando que, de fato, ela não protege as mulheres contra o câncer de colo de útero. 


A ação ainda solicita a suspensão de qualquer campanha de vacinação, inclusive propagandas em veículos de comunicação. Outra determinação do pedido é que a Anvisa seja condenada a publicar resolução tornando a aplicação da vacina proibida em todo e qualquer estabelecimento de saúde, público e particular, além de ser condenada juntamente com a União por dano moral coletivo. 




 

Abaixo-assinado online luta pela educação inclusiva e contra ação da Confenem

 



Foi lançado, na internet, o abaixo-assinado "Todos A Favor de Uma Educação Inclusiva e Contra a Ação Discriminatória  da Confenem".
 

O objetivo da ação é manifestar a indignação da sociedade contra a Ação de Inconstitucionalidade ajuizada pela Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino (Confenem) junto ao Supremo Tribunal Federal (STF).
 

A entidade alega a inconstitucionalidade da Lei Brasileira de Inclusão, que garante a educação inclusiva e impede a cobrança de taxas extras para matrícula de crianças e jovens com deficiência em escolas particulares.
 

Para conhecer e assinar a petição, acesse:  
www.peticaopublica.com.br/pview.aspx?pi=BR86238
 


17 de dez. de 2015

Projeto quer tornar crime estacionar em vagas de idosos ou pessoas com deficiência

Vagas de estacionamento para pessoa com deficiência
Não é incomum ver carros estacionados em estabelecimentos públicos utilizando a vaga de idosos ou de pessoas com deficiência, mesmo não tendo deficiência ou mais de 60 anos. 


Uma conduta que deveria ser inerte ao cidadão acaba não tendo o respeito devido.


Atualmente, a lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, do Código de Trânsito Brasileiro, não estabelece punição específica para essa infração. 


O que a Lei determina é que o estacionamento em desacordo com a sinalização receba uma infração leve, cuja multa é de R$ 53,20.


Com o intuito de dar uma resposta mais firme ao ato de desrespeito com o idoso e com as pessoas com deficiência, os deputado federal Pedro Vilela (PSDB AL) deu entrada na Câmara Federal, a um projeto de lei que tipifica a conduta de estacionar, indevidamente, em vaga destinada a idoso ou a pessoa com deficiência. A pena varia de seis meses a dois anos.


"Infelizmente, a realidade nos fornece exemplos de distanciamento de atos de cidadania, os quais necessitam de uma resposta firme. Dentre tais condutas que podemos classificar como inaceitáveis, esta a atitude de estacionar em espaços de ocupação restrita", explica o parlamentar.


Segundo Vilela, que atualmente é membro da Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, ao se destinar os idosos e as pessoas com deficiência a vagas reservadas, não se está tratando de um privilégio, mas sim, de medida que visa a inclusão social. 


"Essa iniciativa vem robustecer os sistemas normativos tanto do Código de Trânsito Brasileiro, como do Estatuto do Idoso e do Estatuto da Pessoa com Deficiência. É fundamental pensarmos como um todo, e realizar ações que se insira em uma política voltada a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais", disse.


Agora, o projeto se encontra para apreciação das comissões de Viação e  Transporte e Constituição e Justiça. Se aprovado, o Plenário analisará o projeto, que deverá seguir para o Senado.

 




Casal lança canal no YouTube com receitas em língua de sinais

 
Com o intuito de reunir surdos e ouvintes no mesmo play, Débora Claudio Dable e Felipe Dable lançaram em novembro o canal Chef Cenoura no Youtube. 


Mas este canal tem um tempero a mais: em todos os vídeos, Débora interpreta as receitas em língua de sinais, usada por surdos e mudos, enquanto Felipe comanda o fogão. 


A proposta é uma versão audiovisual das receitas que eles publicam há dois anos no blog Chef Cenoura. 


As receitas são ovo-lacto-vegetarianas e o casal reproduz algumas já publicadas no blog e outras inéditas. A direção e captação é de Lucas Costa, amigo do casal.


“A língua brasileira de sinais (Libras) tem uma gramática diferente do português, então não é tão fácil acompanhar um vídeo com legendas para um surdo. Na minha família, sempre falamos em português e Libras ao mesmo tempo, porque minha irmã mais velha é surda profunda”, contou Débora. 


A ideia do canal surgiu durante um feriado, quando Débora perguntou à irmã se facilitaria para ela entender as receitas em vídeos com Libras. 


“Ela disse que se pudesse aprender receitas por vídeo cozinharia muito mais. Se não facilitasse para os surdos, não faríamos os vídeos neste formato”.


O casal se conheceu na faculdade, quando ambos estudavam psicologia e moravam no Rio Grande do Sul. 


Naquela época, ela já falava Libras e ele já cozinhava, influenciado pela mãe, especialista em gastronomia francesa, e pelo pai, cozinheiro amador de mão cheia. Felipe se lembra de estar na cozinha desde os 15 anos, inventando almoços, lanches para os amigos, jantares.


Débora se mudou para Curitiba pouco antes de Felipe. Em 2014, depois de sete anos juntos, criaram o blog para “ajudar os familiares e amigos a entenderem o que comem”. 


Ela é intérprete na UTFPR e professora de Libras na Universidade Positivo e ele é psicólogo e dá aulas na mesma faculdade. 


Com seis vídeos publicados até 15 de dezembro, o retorno tem sido positivo. 


“Surdos de todo o Brasil nos procuraram agradecendo. Teve uma menina ouvinte que mandou mensagem e disse que está estudando Libras e que vai aproveitar para estudar cozinha assistindo ao nosso canal”, comemora Débora.


 
 
 

Projeto Acessibilidade no Ensino Superior, da Unesp, cria site com recursos acessíveis

 



A Unesp, em parceria com o Programa Observatório em EducaçãoOBEDUC/CAPES,  desenvolve o projeto de pesquisa em rede ACESSIBILIDADE NO ENSINO SUPERIOR, coordenado pelas professoras Sandra Eli Sartoreto de Oliveira Martins (Unesp - Marília) e Lucia Pereira Leite (Faculdade de Ciências - Bauru).


O site do projeto armazena todo o conteúdo produzido pelo grupo de pesquisadores e bolsistas de diferentes instituições de ensino (Unesp, UFSC, UFSCar, UEM, UEL, UFRRJ, UFMS, UTP, USP e UFJF).


O portal atende o conceito de acessibilidade digital. Sua estrutura e organização foi pensada para facilitar a navegação e diminuir as barreiras encontradas por pessoas com deficiência na web.


O site segue as diretrizes da eMAG - Cartilha Técnica do Manual de Acessibilidade do Governo Eletrônico. É desenvolvido com um design limpo e claro para que todos possam acessá-lo. 


Encontra-se dividido por seções temáticas como, por exemplo, o menu Acessibilidade permite que o usuário entre em uma página do site em apenas um clique.


Os recursos de mídia sonora e audiodescrição estão disponíveis para facilitar o acesso e a compreensão do conteúdo por usuários cegos ou com baixa visão, sendo possível ouvir todo o conteúdo clicando nas opções correspondentes.


Além dessas configurações especiais, o site conta com uma cartela de cores contrastante, o que torna os textos mais legíveis. 


As fontes são simples e têm um tamanho que pode ser alterado de acordo com a necessidade do leitor.


A acessibilidade na web ainda anda em passos lentos, porém a sua concretização é de essencial importância para que todos possam usufruir dos recursos e benefícios da internet.


Para conhecer, acesse: www.acessibilidadeinclusao.com.br


 

 
 

16 de dez. de 2015

Projeto de lei prevê leite sem lactose de graça a crianças com intolerância em SP



Um projeto de lei apresentado na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) prevê que o Estado distribua gratuitamente leite sem lactose para crianças que sofram de intolerância a esse tipo de alimento. 


O texto foi elaborado pelo líder do PRB na Alesp, deputado Jorge Wilson, o Xerife do Consumidor.


O deputado justifica que o preço desse tipo de leite é uma barreira para muitas famílias.


— O preço do leite sem lactose é excessivamente caro se comparado ao valor do leite comum. 


Muitas famílias carentes não têm condições financeiras de comprar o alimento para dar a seus filhos, razão pela qual apresentamos essa proposta. Vamos fazer todo o empenho junto aos nossos pares na Assembleia Legislativa para que o nosso projeto seja aprovado.


O projeto de lei 1.590/2015 determina que o leite sem lactose seja distribuído a crianças com até dois anos. 


A família deverá comprovar a intolerância à lactose, por meio de documentos médicos do SUS.


Quem sofre de intolerância à lactose não produz uma enzima que é capaz de metabolizar o açúcar do leite. As consequências de ingerir o alimento com lactose são diarreia, vômitos, perda de peso e até desidratação.


Normalmente, produtos livres de lactose, obrigatórios na rotina de quem tem intolerância, são muito mais caros. 


O leite é um dos alimentos mais importantes em uma dieta e, por isso, defendido na proposta do deputado.



Fonte: R7 



Site para solicitar passaporte é adaptado para pessoas com deficiência visual




O Sistema Nacional de Passaporte (Sinpa), ferramenta da Polícia Federal para solicitação do documento, passou por adaptações para atender a usuários com deficiência visual.


Agora o Sinpa conta com recursos como o alto contraste entre a cor da fonte e a cor do fundo, a fim de melhorar a visualização. 


Foram inseridos ainda links e atalhos para acesso imediato ao conteúdo, ao topo e ao fim da página, além de adaptações que permitem a navegação utilizando o teclado.


As mudanças foram um trabalho conjunto entre a Polícia Federal, o Ministério do Planejamento e o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro). 


O secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Cristiano Heckert, explica que os links, atalhos e a navegação com o teclado facilitam a vida dos deficientes visuais por envolverem o uso do tato.


As alterações seguem o Modelo de Acessibilidade de Governo Eletrônico (eMAG), uma espécie de cartilha com orientações para que os órgãos públicos implantem a acessibilidade.


Segundo Cristiano Heckert, embora o Estatuto da Pessoa com Deficiência determine que o poder público deve fornecer soluções de acessibilidade, não há um prazo para que todos os órgãos tenham seus serviços plenamente adaptados. 


“São orientações que o [Ministério do] Planejamento emana. Não é uma coisa impositiva, mas têm uma força normativa”, ressalta.


Heckert explica também que há outras adaptações que podem ser feitas, além das direcionadas aos deficientes visuais.


“Há requisitos para diferentes tipos de deficiência. Lançamos, recentemente, um plug in que você coloca no site e vai traduzindo [o conteúdo] para Libras [Linguagem Brasileira de Sinais]. Esse seria direcionado aos deficientes auditivos. A gente, como órgão central, disponibiliza algumas soluções e recomendações. Aí, cabe a cada órgão implementar essas funcionalidades”.


Heckert diz que a adesão entre os órgãos públicos é alta. "No momento, estamos em um diálogo muito intenso com o Ministério da Cultura."
 




ONG russa adota pintura para tratar crianças com deficiência

Quadro pintado pelo aluno Filipp Rissukhin mostra barcos no mar



Um homem de idade avançada e quase calvo caminha pelo corredor repleto de quadros. Diante de cada um deles, ele para e comenta. 


“Este aqui foi pintado por Filip Rissukhin, um rapaz muito talentoso. Tinha um tipo de diabetes, tomava seis injeções por dia. E este aqui é de Micha Manukian, que tem oligofrenia” diz e, na sequência, volta a andar.


Rissukhin, Manukian e muitas outras crianças são alunos ou ex-alunos da Academia INVA, fundada e administrada por Nikolai Galkin, que orgulhosamente apresenta as obras de seus discípulos.


“As crianças com deficiência mental são desprovidas do sentido da forma, mas Micha é exceção. Veja como ele consegue transmitir a forma de modo brilhante”, acrescenta.


A academia foi iniciada por Galkin e sua esposa ainda em 1992, quando criaram um pequeno estúdio infantil em Krasnodar, a mais de 1.300 km de Moscou.


“Na época nem imaginávamos que iríamos trabalhar com pessoas com deficiência”, conta.


Depois de uma experiência inicial bem-sucedida, a procura entre crianças com as mesmas necessidades foi aumentando até que o estúdio de Galkin passou a trabalhar somente com as pessoas com deficiência e passou a ser conhecido como Academia INVA. 


A meta então era integrar crianças com deficiências à vida social por meio da pintura, sobretudo de ícones.


Além de crianças com deficiência mental, passaram a ser atendidas também as com deficiências físicas, diferentes síndromes ou doenças internas graves.


Ao longo dos 23 anos de funcionamento, já foram cerca de mil exposições com obras de alunos, que continuam sendo supervisionados pela organização mesmo após deixarem a academia. Alguns também recebem ajuda para ingressar em institutos de arte profissionais.


A INVA mantém ainda parceria com organizações internacionais que se ocupam da reabilitação de pessoas com deficiência. Os ícones pintados na INVA já adornam igrejas ortodoxas em Turku, Bruxelas e Los Angeles.
 




 

14 de dez. de 2015

Nascer sem braços não impediu este homem de realizar o sonho de ser tatuador profissional

Brian tatuando com os pés
 

A capacidade de sonhar – e realizar – não está vinculada com o que a gente já tem. E no caso do norte-americano Brian Tagalog, de 27 anos, não foi diferente. 


Brian nasceu sem os braços, mas não é por isso que deixa de fazer o que seu corpo e mente desejam.


Nascido em Honolulu, Havaí, Brian se mudou com a família para Tucson, no Arizona (EUA), onde cursou administração na universidade local, além de continuar fazendo algo que amava desde criança: desenhar.


Brian foi adquirindo sua própria técnica em criar imagens com os pés e, como consequência dessa dedicação tornou-se tatuador profissional, isso graças a sua determinação: por não tatuar de maneira “tradicional”, Brian não era aceito nos estúdios. Esse obstáculo só o tornou mais independente.


Hoje ele é dono de seu próprio estúdio, chamado Tatoos by Foot, e conta com uma sólida carreira de 11 anos de experiência nesta arte.
 



 

Baterista cria método em braille para ensinar aluno com deficiência visual

Guilherme está ao lado de seu aluno Matheus, que segura uma apostila
Pratos de ataque, chimbal, condução, tambores, surdo e bumbo. 


Para encaixar cada parte de uma bateria e deixar uma música harmoniosa ao som do instrumento, músicos precisam de treino e dedicação. 


Para realizar o sonho de um adolescente de 16 anos, que é deficiente visual, um baterista de Jundiaí (SP) resolveu colocar a intuição em segundo plano e criou um método em braille para o aluno.


Guilherme Favero, que está na profissão há 20 anos, trabalha em um estúdio de música e dá aulas ao adolescente há quatro anos. Sem encontrar um material adequado disponível no mercado, ele passou a procurar outros meios de ensinar Matheus Cauduro. 


“A minha maior dificuldade era fazer meu aluno enxergar as notas do jeito que eu vejo", comenta o professor. 


Depois de mais de um ano de empenho, um método de estudo em braille para bateria saiu do papel direto para as mãos do adolescente.


Antes disso, o professor do adolescente havia procurado por partituras especiais sem sucesso. 


"Comecei a pesquisar, entrei em contato com pessoas envolvidas com esse público e até com uma fundação em São Paulo e ninguém nunca tinha ouvido falar. Até encontramos partituras em braille para outros instrumentos, mas para bateria não existia", relata.



Foi então que o músico começou a desenvolver o projeto especialmente para Matheus. 


"Frequentei semanalmente a Fundação Dorina Nowill, na capital, durante seis meses. Eles cederam uma cartilha que ensinava a ler em braille e ajudaram nas etapas desse piloto. O começo foi dramático, não saiu do jeito que eu gostaria, mas muitos meses depois ficou pronto e começamos a aplicar."
 

Nas batidas do rock



O método de estudo elaborado por Guilherme é composto por 48 exercícios básicos, com grooves para bateria voltados para o rock, gênero musical preferido de Matheus.


As notas e partes do instrumento são indicadas no sistema braille, lidas pelo aluno e memorizadas. 


Essa linguagem é baseada na combinação de seis pontos, dispostos em duas colunas de 3 pontos, que permite a formação de 63 caracteres diferentes, que podem representar letras, números, simbologia aritmética, fonética, musicográfica e informática.


"Trabalhamos isso durante 10 meses. As primeiras aulas foram de adaptação, tanto para mim quanto para ele. Fui estimulando e, aos poucos, ele foi dominando o método", conta Guilherme. 


Antes do método em braille, o adolescente aprendia com ajuda da tecnologia e boa vontade. O professor de música passava exercícios curtos para Matheus memorizar e gravava-o tocando para que, posteriormente, ele pudesse treinar em casa ouvindo essas gravações.


Para Matheus, o método foi um grande facilitador do aprendizado. 


"Iniciei com o método em braille, foi o que me deu a base para o desenvolvimento dos estudos da bateria. São pequenos exercícios que me ajudaram a decorar as notas no instrumento", diz. 


Ao passar pela primeira parte, agora ele se dedica ao estudo de ritmos africanos, jazz e rock.
 

Desafios



O músico e professor Guilherme explicou que os maiores desafios no desenvolvimento foram relacionados à falta de informação, a própria escrita e revisão do material. Ele contou que também desenvolveu um método de estudo para deficientes físicos, mas ainda não foi aplicado em aula.



Agora, Matheus já concluiu todo o método de estudo básico do sistema braille e estuda os ritmos no sistema de gravação, como antigamente. 



"Foi um projeto que partiu de uma curiosidade pessoal minha. Não ganho um tostão com isso e nem quero. O importante foi ver a felicidade do Matheus. Infelizmente, não tenho mais tempo para criar outros métodos, mas esse que fiz fica com ele e pode acabar ajudando outras pessoas também."
 

Fundação Dorina Nowill



A Fundação Dorina Nowill lembra que Guilherme contou com o atendimento especializado do Editorial Braille, tomando conhecimento do sistema braille para a escrita da música, chamado de "musicografia braille".


“O aluno [Matheus] já era dotado de uma aguda percepção, memória e boa coordenação na bateria, embora, até então, só aprendesse ‘de ouvido’. Apesar do talento, ele precisava aprender partitura musical. Como tinha um cadastro com a biblioteca da Fundação, ele recebeu a doação de seu método de bateria em musicografia braille”, comenta Jonathan Franco, profissional de musicografia braille da Fundação Dorina Nowill.


Assim como Matheus, outras pessoas com deficiência visual podem ter acesso a materiais escritos em braille. 


Basta entrar em contato com a biblioteca da fundação pelos telefones (11) 5087-0991 ou (11) 5087-0990, fazer um cadastro gratuito e solicitar a doação do material transcrito em musicografia braille.


Atualmente, o acervo de musicografia braille da fundação conta com 356 títulos de música. 


Entre os livros completos estão os gêneros de teoria musical e harmonia, repertório dos clássicos de Bach, Mozart, Beethoven, Chopin, Liszt, Villa-Lobos e demais métodos para piano, violino, violão, sanfona, cavaquinho, canto, entre outros.