31 de mar. de 2015

Montadoras fazem disputa acirrada no mercado de carros adaptados

 



Pessoas com deficiência não são os únicos beneficiados com as isenções de impostos concedidas pelo governo. 


Montadoras e concessionárias enxergaram na venda para a categoria um grande negócio e hoje a concorrência é acirrada, como em qualquer segmento da venda de veículos zero-quilômetro. 


Como a negociação é feita pela forma denominada de venda direta (o trâmite legal é feito diretamente entre fábrica e consumidor, apenas com a “ajuda” da concessionária), o gasto é menor, possibilitando que a conta final feche com bom lucro, mesmo com os descontos dados pelas montadoras, além da isenção dos impostos, que obviamente é bancada pelo governo.


Estão incluídas na chamada categoria PCD (Pessoa com Deficiência) pessoas, por exemplo, que tenham limitação nos braços e/ou nas pernas, que tenham sofrido doenças que restringem os movimentos, como o câncer de mama, entre muitas outras limitações que permitem dirigir mediante algum tipo de adaptação no veículo. 


Além disso, recente conquista da categoria conseguiu a extensão de todas as isenções para os familiares de pessoas com especiais que não podem dirigir, como deficientes visuais ou intelectuais.


No ato da compra, as isenções são do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Para financiamentos, pode haver a isenção do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Além disso, há isenção do Imposto sobre a Propriedade de Veículo Automotor (IPVA) no emplacamento e em todos os licenciamentos enquanto o carro permanecer com o mesmo dono. 


Só considerando o IPI e o ICMS, já que o IPVA e o IOF não têm valor fixo, a isenção é de 12% relativos ao ICMS mais, conforme a motorização, 3% (veículos 1.0) ou 9% (motores flex entre 1.0 e 2.0) do IPI. 


E muitas montadoras ainda dão descontos, por conta própria, além do percentual relativo às isenções de impostos, resultando em carros custando até mais de 30% menos do que os vendidos nos salões.


As restrições variam conforme a concessão, mas, de maneira geral, para obter o benefício o carro tem que ser nacional ou produzido em países do Mercosul e custar – com os impostos – até R$ 70 mil (preço sugerido pela fábrica/tabela) para obtenção do ICMS. 


E esse é o maior entrave atualmente. Uma das maiores necessidades da categoria é o câmbio automático e normalmente há também a necessidade de um porta-malas maior, para o abrigo de uma cadeira de rodas, por exemplo. 


Motivo pelo qual os modelos mais requisitados são os sedãs do segmento médio. O problema é que atualmente há pouquíssimas opções no mercado dentro desse perfil que custam menos de R$ 70 mil.


“Esses convênios são sempre renovados, mas desde 2009 o teto está em R$ 70 mil. Com isso, os modelos que eram mais procurados estão fora”, afirma o despachante especializado no assunto Jackson de Oliveira. 


“Se é um direito desse consumidor, deveria poder comprar. Por que limitar em R$ 70 mil se os carros que mais precisam para a locomoção custam mais caro?”, acrescenta o gerente de vendas especiais da Renault Minas France, Derilúcio Martins.


A reivindicação para o aumento do teto é ampla, mas de acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Fazenda de Minas Gerais, a questão ainda está sendo discutida no Conselho de Política Fazendária (Confaz). Apesar de o ICMS ser estadual, como o procedimento é único em todo o país, as decisões são tomadas pelo Confaz.


Fontes:  Deficiente Ciente   /  Rede Saci



5 histórias inspiradoras de pessoas com Síndrome de Down

 


 

1- Débora Araújo Seabra de Moura, 33 anos, professora


Moradora de Natal (RN), ela estudou exclusivamente na rede regular de ensino, e foi a primeira pessoa com síndrome de Down a se formar no magistério, em nível médio, no Brasil, em 2005. 


Fez estágio na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e há nove anos trabalha como professora assistente em um colégio particular tradicional de Natal, a Escola Doméstica.


A professora diz que foi muito bem recebida pelos funcionários, professores e alunos da escola que de vez em quando a questionam sobre as diferenças. 


“Às vezes as crianças me perguntam: ‘Tia por que você fala assim?’. Aí eu respondo: ‘Minha fala é essa, cada um fala de um jeito, de forma diferente’. Aproveito e explico que tenho síndrome Down e eles entendem.”


Em 2013, Débora lançou um um livro com fábulas infantis que têm a inclusão como pano de fundo.

 

2- Ariel Goldenberg, ator



Protagonista do filme “Colegas”, premiado como Melhor Filme no Festival de Gramado, do diretor Marcelo Galvão, o ator Ariel Goldenberg, 32, se define como um “guerreiro”. Guerreiro down, diga-se. Down de síndrome de Down mesmo.


Ariel é casado com Rita Pokk, 32 anos, síndrome de down, atriz com quem contracena em “Colegas”.


O sonho dele é se firmar na carreira de ator (pensa em atuar em uma novela) e estudar para se tornar diretor também.

 

 3- Claudio Arruda, cavaleiro e instrutor de pônei



Através de sua paixão por cavalos, o jovem Claudio Aleoni Arruda, foi capaz de enfrentar grandes desafios e demonstrar que superar limitações é apenas uma questão de força de vontade.


Arruda resolveu ir atrás do sonho de trabalhar com cavalos, se tornando assistente de instrutor no Pônei Clube do Brasil.O Pônei Clube não me contratou por lei de cotas e sim, pelas minhas qualidades, meus méritos e por tudo o que eu sei fazer com os cavalos, inclusive saltar”, se orgulha o cavaleiro.


As pessoas com Síndrome de Down, o cavaleiro deixa um conselho: “Sigam meu exemplo. Tenham garra, muita fé e determinação e acreditem sempre”.

 

4- Pablo Pineda, 40 anos, ator e pedagogo



Pablo Pineda tornou-se uma celebridade na Espanha. Não só por ser a primeira pessoa com síndrome de Down que obteve um diploma universitário na Europa, mas também por atuar como protagonista do filme “Yo, También”, de 2009, que narra a história de um agente social que se apaixona por uma colega de trabalho.


Pineda tem licenciatura em Pedagogia. E é um dos rostos mais conhecidos, na Espanha, de uma geração de jovens com síndrome de Down que vem rompendo limitações pessoais, profissionais e acadêmicas.


Segundo ele, não existem pessoas não-capacitadas, mas sim pessoas com “capacidades distintas”. 


Para ele, a sociedade deve evoluir a um estágio de maior pluralidade, em que os portadores de síndrome de Down não sejam tratados como crianças e possam desenvolver suas capacidades e independência desde cedo.


5- Angela Bachiller, 30 anos, vereadora na Espanha



Ángela Bachiller tornou-se a primeira vereadora com síndrome de Down a tomar posse na câmara municipal da cidade de Valladolid, na Espanha.


Sua família “lutou desde o minuto em que nasceu”, disse à imprensa a mãe da nova vereadora. 


Isabel Guerra, enfermeira de profissão, se mostrou orgulhosa da filha, por sua “coragem” e por “não jogar a toalha”, embora reconheça que nunca tenha imaginado que pudesse chegar a ser vereadora. 


A receita para alcançar essa posição na vida foi “muito amor, muita disciplina, muito trabalho e uma vida normal em tudo”, disse a mãe de Bachiller. 


E o conselho materno é para que Ángela aprenda e desfrute desta experiência como vereadora para que o passo dado “deixe de ser visto como extraordinário e passe a ser normal”.



Fontes:   Deficiente Ciente   /  Rede Saci



‘A GENTE CUIDA UM DO OUTRO’, AFIRMA CASAL COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

casal se abraça, ambos estão sorrindo e vestindo camiseta amarela.




O que uniu esse casal é considerado diferença para muitas pessoas: Altair Taborda, 62, e Maria da Graça Agostinho, 57, se conheceram no serviço de Residência Terapêutica da prefeitura, onde moravam.


Os dois são deficientes intelectuais. “Onde quer que eu vá, ela vai junto”, afirma Altair.

 
Altair fugiu com o circo quando tinha 6 anos, viajou para lugares como Argentina, Bolívia e México. Teve dois filhos com uma mulher que namorou no circo. Foi ter “paz no coração”, como ele mesmo disse, quando veio para Bauru e conheceu Maria da Graça.


Altair ajudava a enfermeira a distribuir remédios para os internos da residência. Em um desses passeios, encontrou Maria. “Logo que ela me viu, já foi dizendo: ‘Eu gosto desse homem.’ Eu fingi que não era comigo, mas comecei a acreditar.”


No começo, os dois namoravam na sala de televisão da residência e continuavam dormindo em blocos separados: ele no masculino e ela no feminino. Com o tempo, a coisa foi ficando séria e eles não queriam mais dormir separados.


A coordenação da residência, então, deixou que dividissem um quarto. Ainda assim, o casal não se sentiu à vontade. Hoje, moram na própria residência e têm uma vida de casal.


As limitações de Maria da Graça não permitem que ela faça os afazeres domésticos e, então, Altair cuida dessa parte: “Eu lavo, passo, cozinho. As pessoas pensam que a pessoa com deficiência não tem sentimentos e não é capaz. Eu fico abismado.”


Altair também frequenta o grupo para terceira idade da USC (Universidade do Sagrado Coração) e leva a Maria nas festas e encontros de sua turma.


Além disso, participa de aulas de teatro e sonha em se tornar um grande ator: “E a Maria vai junto comigo. Sempre”.


Quando questionado sobre quem cuida de quem, Altair lança um olhar de ternura como se quisesse dizer: “Não acredito que você não saiba”.


E, enfim, afirma: “A gente cuida um do outro. Nós nos amamos mais do que nunca”.


Fonte:  Rede Saci



Rampas inacabadas dificultam acesso de cadeirantes no Recanto das Emas


 
Moradores da quadra 203 do Recanto das Emas, região administrativa do Distrito Federal, reclamam do atraso na entrega de três rampas para deficientes físicos. 


As obras começaram em julho de 2014, por R$ 144,8 mil, e até agora não ficaram prontas. 


A administração regional informou ao G1 que o prazo era de 60 dias, mas que até agora só 5% do previsto foi feito.


Dono de uma loja no local, Magno da Silva Santos diz que as formas de acesso atuais para cadeirantes são perigosas. Imagens feitas pelo comerciante mostram que há buracos nos locais exatos onde deveriam estar as rampas.
 

“Uma das rampas é de frente para a Avenida Recanto das Emas e não tem nenhuma faixa de pedestre. Para os cadeirantes conseguirem ter acesso, precisam passar pela pista”, explica.


A Administração Regional do Recanto das Emas informou também que vai cobrar o término das obras da empresa responsável, e, não havendo acordo, fará nova licitação para concluir o serviço.


A organização disse ainda que fará reparos em parte das rampas nos próximos dias.
 

De acordo com pesquisa da Codeplan, o Recanto das Emas tem 2.340 deficientes físicos.



 Fontes: G1  /   Rede Saci



SNBP e MD realizam processo de seleção de livros em domínio público que serão acessibilizados




O Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas (SNBP) e a Mais Diferenças (MD) realizam junto às bibliotecas que participam do projeto "Acessibilidade em Bibliotecas Públicas" uma seleção de dois livros em domínio público para os quais serão desenvolvidos recursos de acessibilidade.


A meta “Qualificação de Acervo” do projeto prevê o desenvolvimento, a reprodução e a distribuição de dez livros acessíveis, em formato digital, às instituições participantes.


Essas obras atenderão a pessoas com diferentes deficiências. Os formatos a serem desenvolvidos são: Daisy; audiolivro; VLIBRAS e fonte ampliada com contraste.


O SNBP e MD elaboraram uma lista com cinco títulos, dos quais dois serão selecionados.


As obras são as seguintes:



1. O Pequeno Príncipe, Antoine Saint-Exupéry, 1943


“O Pequeno Príncipe” é um clássico da literatura infanto-juvenil que encantou (e ainda encanta) crianças, adolescentes e adultos em todo o mundo. A obra narra a história de um piloto de avião que, após uma pane, cai no Deserto do Saara. Ele acaba adormecendo e, ao acordar, vê um garotinho de cabelos dourados, pedindo que lhe desenhe um carneiro. Daí em diante, o Pequeno Príncipe transmite ao piloto, de forma simples, valores e lições. Por meio de uma linguagem poética, o autor traz de volta os sonhos, as dúvidas, a vontade de fazer diferente e o jeito das crianças de observar e compreender o mundo. Em 2015, este livro entrou em domínio público.


2. Cancioneiro, Fernando Pessoa; 1914-1935


A obra é composta por poemas líricos, rimados e metrificados, com forte influência simbolista. Nesta antologia se destaca uma das suas mais famosas criações, a poesia “Autopsicografia”, que começa com os seguintes versos. “O poeta é um fingidor. / Finge tão completamente / Que chega a fingir que é dor / A dor que deveras sente”. 'Cancioneiro' é a designação dada ao conjunto de poesias líricas medievais, portuguesas ou espanholas.


3. O Romance do Pavão Misterioso, João Melquíades Ferreira da Silva; 1923


A obra foi escrita por um poeta pioneiro, da primeira geração do cordel, que tinha o romance como parte do repertório de suas cantorias. Na narrativa, o herói Evangelista apaixona-se de tal maneira pela moça de um retrato que quer conhecê-la pessoalmente. Para atingir seu objetivo, ele procura um engenheiro chamado Edmundo para construir um aeroplano-pavão de alumínio, capaz de chegar à torre onde a condessa Creusa encontra-se prisioneira a mando do próprio pai, e raptá-la.


4. A Nova Califórnia, Lima Barreto; 1916


Em uma sátira da corrida do ouro na Califórnia no século XIX, Lima Barreto faz uma crítica à ganância humana em “A Nova Califórnia”. Um homem misterioso chamado Raimundo Flamel chega a Tubiacanga, pequena cidade do interior do Rio de Janeiro. Ele convoca o coronel Bentes, o procurador Carvalhães e o farmacêutico Bastos para assistir a uma experiência: a execução da fórmula que transforma ossos em ouro. Depois disso, Flamel desaparece da cidade.


5. Relíquias de Casa Velha, Machado de Assis; 1906


Este é o segundo livro de contos de Machado de Assis, composto por "Pai Contra Mãe", "Maria Cora", "Marcha Fúnebre", "Um Capitão de Voluntários", "Suje-se Gordo!", "Umas Férias", "Evolução", "Pílades e Orestes", "Anedota do Cabriolet" e "Páginas Críticas e Comemorativas". No início da obra, o autor faz a advertência: “Uma casa tem muita vez as suas relíquias, lembranças de um dia ou de outro, da tristeza que passou, da felicidade que se perdeu.”


Concluída a votação, o resultado será divulgado na fanpage do Projeto.

 

Entenda os critérios de seleção das obras (domínio público)



A MD e o SNBP levaram em conta os seguintes critérios para definição da lista:


- A relação dos 50 livros de maior interesse no DomínioPúblico.Gov.Br;

- Os livros em domínio público que ainda não foram acessibilizados;

- O desejo de que as obras atendam a diferentes públicos frequentadores das bibliotecas públicas brasileiras;

- A intenção de abarcar diferentes gêneros literários;

- As obras clássicas da literatura brasileira e universal, e autores consagrados; e

- Os autores e obras que entraram em domínio público recentemente.



Fontes:  Mais Diferenças  /  Rede Saci


10 termos e conceitos sobre deficiência que deveriam ser abolidos




Há quem diga que trocar as expressões por outra de nada adianta, se a pessoa com deficiência não for respeitada e tratada como qualquer outra pessoa. 


Concordo. No entanto, o consultor de inclusão social, Romeu Sassaki, afirma que há termos e conceitos contaminados de preconceitos, estigmas e estereótipos. 


De acordo com Sassaki, “o maior problema decorrente do uso de termos incorretos reside no fato de os conceitos obsoletos, as idéias equivocadas e as informações inexatas serem inadvertidamente reforçados e perpetuados”.


Diante disso Sassaki propõe o uso da terminologia correta, a fim de desencorar práticas discriminatórias e construir uma verdadeira sociedade inclusiva. A seguir 10 termos e conceitos errados:


1- aleijado; defeituoso; 2- incapacitado; inválido: Defeituoso, aleijado e inválido são palavras muito antigas e eram utilizadas com freqüência até o final da década de 70.


TERMO CORRETO: Pessoa com deficiência ou pessoa deficiente

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3- retardo mental, retardamento mental, retardado


TERMOS CORRETO: deficiência intelectual ou deficiência mental. São pejorativos os termos retardado mental, mongolóide, mongol, pessoa com retardo mental, portador de retardamento mental,portador de mongolismo, retardado etc.

*** 

4- pessoa presa [confinada, condenada] a uma cadeira de rodas


TERMOS CORRETOS: pessoa em cadeira de rodas; pessoa que anda em cadeira de rodas; pessoa que usa cadeira de rodas. Os termos presa, confinada e condenada provocam sentimentos de piedade. No contexto coloquial, é correto o uso do termo cadeirante.

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5- “ela sofre de paraplegia” [ou de paralisia cerebral ou de sequela de poliomielite]: A palavra sofrer coloca a pessoa em situação de vítima e, por isso, provoca sentimentos de piedade. 


FRASE CORRETA: “ela tem paraplegia” [ou paralisia cerebral ou sequela de poliomielite].

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6- criança excepcional: Excepcionais foi o termo utilizado nas décadas de 50, 60 e 70 para designar pessoas com deficiência intelectual


TERMOS CORRETOS: criança com deficiência intelectual, criança com deficiência mental. . Com o surgimento de estudos e práticas educacionais nas décadas de 80 e 90 a respeito de altas habilidades ou talentos extraordinários, o termo excepcionais passou a referir-se tanto a pessoas com inteligências múltiplas acima da média [pessoas superdotadas ou com altas habilidades e gênios] quanto a pessoas com inteligência lógico-matemática abaixo da média [pessoas com deficiência intelectual] daí surgindo, respectivamente, os termos excepcionais positivos e excepcionais negativos,de raríssimo uso.

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7- mongolóide; mongol : As palavras mongol e mongolóide refletem o preconceito racial da comunidade científica do século 19.


TERMOS CORRETOS: pessoa com síndrome de Down, criança com Down, uma criança Down. Em 1959, os franceses descobriram que a síndrome de Down era um acidente genético. O termo Down vem de John Langdon Down, nome do médico inglês que identificou a síndrome em 1866. A síndrome de Down é uma das anomalias cromossômicas mais freqüentes encontradas e, apesar disso, continua envolvida em idéias errôneas…

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8- “paralisia cerebral é uma doença”:  Muitas pessoas confundem doença com deficiência.


FRASE CORRETA: “paralisia cerebral é uma condição” 

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9- “pessoa normal” : A normalidade,em relação a pessoas, é um conceito questionável e ultrapassado.


TERMO CORRETO: pessoa sem deficiência; pessoa não-deficiente.

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10- cadeira de rodas elétrica: Trata-se de uma cadeira de rodas equipada com um motor.

    
TERMO CORRETO: cadeira de rodas motorizada.

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Fontes:   Deficiente Ciente   /  Rede Saci




Abrigo para pessoas com deficiência é interditado após desabamento em Guarapuava, PR

Foto de uma parte da estrutura que desabou
A Defesa Civil interditou a Casa Lar, em Guarapuava, na região central do Paraná, na tarde da última segunda-feira (30). 


A interdição ocorreu após o desabamento da edícula e o registro de rachaduras na casa principal do abrigo, que atende 16 pessoas com deficiência.


O desabamento foi no domingo (29) à tarde, quando o piso afundou e partes das paredes caíram.


A edícula era usada para sessões de fisioterapia dos internos. Segundo a Casa Lar, não havia ninguém na hora do desabamento, e não houve feridos.


A Casa Lar pertence à Fundação Proteger, conveniada à prefeitura. Segundo a Secretaria Municipal de Assistência Social, os 16 internos serão transferidos até quarta-feira (1º) para outros abrigos.


Conforme o integrante da Defesa Civil, cabo Edemilson José Espínola, as causas do desabamento ainda serão apuradas. Ele acredita que o desabamento foi causado por um problema estrutural.


Fonte: G1  /  Vida Mais Livre


Quase três em cada dez empreendedores de São Paulo têm deficiência, revela estudo




Em fevereiro de 2001, Ricardo Shimosakai acabara de voltar de uma viagem de um ano ao Japão quando sofreu um sequestro relâmpago. Assustado, tentou reagir e foi baleado, o que o deixaria, a partir de então, em uma cadeira de rodas.



Quando olha com distanciamento, Ricardo não tem pesar ao lembrar-se de quando recebeu a notícia de que não voltaria a andar. 


Seu principal empenho estava em recuperar o máximo que pudesse da vida anterior, inclusive voltar a trabalhar. 


Após tentar colocações profissionais que envolveram ser operador de telemarketing e auxiliar administrativo, ele resolveu abrir sua própria empresa e hoje faz roteiros de viagem para pessoas com demandas específicas na Turismo Adaptado.



Ricardo compõe um índice significativo no mercado de trabalho: o das pessoas com algum tipo de deficiência que decidem empreender. 


De acordo com o Panorama das MPEs Paulistas, estudo que foi elaborado pelo Sebrae-SP, o Estado conta hoje com cerca de 27% de empreendedores com alguma deficiência. 


Essa proporção é superior ao porcentual da população economicamente ativa: 21% dos paulistas são empreendedores.



Para Ana Paula Peguim, consultora do Sebrae-SP, a possibilidade de ter seu trabalho reconhecido e de participar da economia do País motivam o empreendedorismo nas pessoas com deficiência.



“Para essas pessoas, empreender significa ter maior participação na sociedade. E não é servindo cafezinho ou trabalhando em uma recepção, é de forma qualificada”, explica a especialista. Ana ressalta que a especialização da mão de obra já chegou às pessoas com deficiência, por isso, o desejo de partir para empreitadas mais ousadas.



A exemplo de Ricardo, as pessoas com deficiência física compõem a maior parcela de empreendedores, com 27% de participação; eles são seguidos pelos deficientes auditivos, que representam 25% dos empreendedores com algum tipo de limitação. 


“Com acessibilidade em escolas e faculdades, a pessoa tem estudado mais e encontra todas as possibilidades de se desenvolver”, reflete Ricardo.



Mas o empreendedor, por outro lado, ainda reconhece: há um longo caminho a percorrer. “Somos tratados como heróis, e não só no mundo empresarial. O simples fato de estar na rua já admira algumas pessoas. E é apenas meu direito”, reflete Ricardo Shimosakai.



No caso do empresário, o desejo de trabalhar em uma ocupação que o satisfaz profissionalmente foi o fator motivacional para abrir o próprio negócio. 


Ricardo explica que, seja por falta de estrutura ou receio, empresas ainda não estão preparadas para receber pessoas com deficiência em todos os cargos, o que dificulta o posicionamento.



“Amigos me aconselharam a aceitar o primeiro emprego que aparecesse, pois as pessoas me olhariam com mais respeito. Aceitei em uma empresa de telemarketing, mas odiei. Não era a minha, fiquei seis meses e saí”, relata Ricardo. 


O prazer em viajar e a vontade insuperável de conhecer lugares novos o levaram a profissionalizar a paixão. 


“Comecei a considerar a possibilidade quando entendi que as empresas de turismo que prestam um serviço direcionado à pessoas com deficiência, quando o fazem, é de forma errada.”



Contratação. Ainda assim, há um grupo de empreendedores que apostam na qualificação e no empenho de pessoas com deficiência para o trabalho e investem sem medo na sua contratação enquanto funcionários.



É o caso de Maria Alzira Linares, proprietária da unidade de Alphaville da franquia de lavanderias Lavasecco, que emprega há 10 anos uma funcionária com deficiência auditiva na linha de produção.



“O trabalho de uma passadeira é artesanato puro. É preciso cuidar de peça por peça à mão e a exigência dos nossos clientes por um acabamento de qualidade é muito alta. E ela apresenta um resultado impecável”, relata Maria Alzira.



Para integrar a funcionária à empresa da melhor forma possível, a empresária chegou a contratar uma professora intérprete da linguagem de sinais (Libras) para ensinar os demais colaboradores a se comunicarem com a colega, que não tem poder de verbalização. 


“Com o tempo, todos os 13 funcionários da loja se adaptaram a essa comunicação. Quando é necessário, ela dá indicativos de caminhos. Mas principalmente as aulas nos aproximaram muito.”


O cotidiano desses profissionais




Entre 55% e 72% dos empreendedores com deficiência em São Paulo são do sexo masculino.

Idade


Mais da metade dos empresários têm 50 anos ou mais e cursou, pelo menos, o ensino fundamental.



Salário
 

De 60,1% a 71,8% de quem decide empreender tem rendimento mensal de até R$ 1.020.



Setor
 

A atividade industrial é a mais acessada entre as pessoas com deficiência que decidem empreender, com 32,9% de adesão entre os novos negócios.






UnB dá aulas gratuitas de natação para pessoas com deficiência em Brasília

Foto de uma pessoa nadando em uma piscina


A Universidade de Brasília oferece aulas gratuitas de natação para pessoas com deficiência. 


As atividades acontecem duas vezes por semana nas piscinas do centro olímpico da Faculdade de Educação Física. Não há limite de idade para participar.


Interessados devem levar atestado médico que os liberem para a prática. Cada aluno é acompanhado por no mínimo um professor, e alguns dos instrutores são alunos do curso.


"É importante oferecer um bom serviço a esse público até mesmo para que se sintam incluídas socialmente, além de atender pessoas que não têm condições financeiras de serem atendidas dentro das condições que disponibilizamos aqui", afirma o professor José Gustavo de Alvarenga.


As aulas acontecem das 14h às 16h. Além disso, as piscinas do parque aquático estarão abertas aos alunos, docentes e servidores às terças, quartas e sextas-feiras, das 12h às 14h. 


Para utilizar o espaço é necessária a apresentação da carteirinha.



Fontes: G1  /   Rede Saci  /   Vida Mais Livre


 

Pintor deficiente visual utiliza toque em texturas para criar belas imagens

Pintura de um casal andando no parque de mãos dadas. Um misto de muitas cores.


Antes de ficar cego aos 30 anos devido à epilepsia, John Bramblitt nunca tinha pintado antes. Agora, ele já publicou dois livros sobre pintura, dá palestras no Metropolitan Museum of Art e ganha a vida com suas pinturas coloridas. 



Ele afirma ver mais cor, agora que ele é cego do que durante seus 29 anos de vida anteriores.


Perder sua visão foi um ponto de virada na vida de Bramblitt que se refere como "o mais profundo buraco negro", e ele sabia que a arte era o seu caminho. 
 
 
Ele começou a desenhar o contorno de suas pinturas com tinta de secagem rápida para que ele pudesse traçar as linhas em relevo com as pontas dos dedos. Ele então começou a preencher os espaços com cor. 
 
 
Sobre o curso de pintura, ele percebeu que todos os tons de uma cor tem sua própria textura especial. Ele usa braille em seus tubos de tinta, mas sabe como misturar cores para encontrar o tom perfeito.
 
 
 
Fontes:  Rede Saci  /  Catraca Livre
 
 
 

Congresso de acessibilidade será retransmitido em abril

 


No próximo dia 6 será reexibido o 1º Congresso Nacional de Acessibilidade. Na primeira exibição, mais de 50 mil pessoas assistiram aos debates, e outras milhares solicitaram a reexibição. 


O evento é online, mas será transmitido ao vivo para salas de aula de universidades de Portugal, Argentina e Chile.


A consultora de acessibilidade e inclusão e idealizadora do congresso, Dolores Afonso, conta que o evento é um sonho que nasceu da necessidade que se observa na falta de acesso à informação.

 
Segundo ela, o Brasil tem 46 milhões de pessoas com deficiência, mas a falta de acesso à informação é grande em várias áreas como educação, cultura, mercado de trabalho, "além claro, das dificuldades de mobilidade que o país inteiro enfrenta, como calçadas com problemas e transporte público", conta.

 
Ela conta que o congresso visa atender os diversos públicos da sociedade, em especial as pessoas com deficiência, mostrando para elas tudo que podem alcançar: 


"superar barreiras e limitações e buscar junto aos educadores, instituições de ensino e empresas mostrar que o profissional com deficência tem tanta capacidade quanto qualquer outro".


Fontes:  Rede Saci /   EBC


Empresas de Tatuí trocam lacres de alumínio por cadeiras de rodas





Por meio de um projeto desenvolvido por duas empresas de Tatuí (SP), os lacres de latinhas de alumínio viraram moeda de troca e em grande quantidade, se transformaram em cadeiras de rodas que são doadas a quem não tem condições de comprar. 


É o caso da estudante Tamires Rodrigues, que ganhou há um ano uma cadeira com essa troca solidária.


Ela recebeu o presente por meio de um projeto de uma concessionária que administra as rodovias da região. Lucimara Pivetta, colaboradora da empresa, conhecia a história da jovem e intermediou a ação. 


“Eu e mais dois colaboradores resolvemos ligar para o setor de comunicação da empresa, para ver se havia a possibilidade de começar uma campanha, já que a cadeira dela estava em péssimas condições”, conta.


O projeto "Lacre Solidário" pede aos colaboradores a doação de lacres de latinhas de refrigerantes e cerveja, que são usadas para arrecadar cadeiras de rodas. 


Desde 2013, quando a iniciativa começou, 14 cadeirantes já foram presenteados. Para conseguir uma cadeira são necessários 400 mil lacres, que enchem 140 garrafas pet.


“Esses lacres são trocados por dinheiro e a ideia é aumentar o número de contemplados. Acreditamos que com a ajuda dos moradores da região, vamos conseguir ajudar mais pessoas”, explica Débora Aguiar, coordenadora de projetos sociais.


Em outra empresa, a ideia do projeto surgiu depois que Daiane Cassiana Rodrigues Paes, assistente financeira de uma clínica, conheceu trabalhos iguais ao que ajudou Tamires. 


O projeto ainda está no início, mas ela garante estar empenhada. “Espero que juntos possamos arrecadar muitos lacres.”


Tamires Rodrigues ainda pode voltar a andar. Ela tem Mielite Transversa e procura um especialista para tratar a doença. Por isso, se consulta com vários médicos e em cidades diferentes. Segundo Dirce Ferreira do Nascimento, tia da menina, a cadeira tem ajudado muito: “Ela depende da cadeira para tudo, inclusive para ir ao médico.”


E pra quem é beneficiado, os simples lacres de latas passaram a ter um valor diferente. “Não tenho palavras para agradecer. Essa cadeira me ajuda muito na locomoção diária. Agora vejo o valor que esses lacres têm e sei que podem ajudar mais pessoas.”


Fontes: G1  /   Rede Saci
 

Prédios públicos terão iluminação azul na Semana do Autismo, em Manaus



Em Manaus, a 3ª Semana Municipal de Conscientização sobre o Autismo deve ser marcada por atividades, como missas, palestras, pedaladas e corrida. 


Espaços públicos da capital também devem ser iluminados na cor azul, em alusão ao autismo. A programação da Semana deve seguir até o dia 11 de abril.


O evento é realizado pela Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (Semasdh) e entidades ligadas ao autismo na cidade. 


Entre as ações programadas estão: bandeiraços, feijoadas, Sessão Especial na Câmara Municipal de Manaus (CMM), missa em ação de graças, atividades livres para as crianças, ciclo de palestras, pedaladas e corrida.


Prédios públicos, como a sede da Prefeitura de Manaus, serão iluminados por luzes na cor simbólica do autismo, o azul. 


"A proposta é incentivar a discussão e a conscientização sobre o autismo na sociedade, além de tornar a semana um evento permanente no calendário do município", informou a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Comunicação (Semcom).

  

Fontes: G1  /   Rede Saci