Uma bengala que identifica poças de água; mouses adaptados e de baixo custo para facilitar o manuseio de computadores por pessoas com dificuldades físicas ou motoras; órteses mais leves e confortáveis; programas voltados para a área de acessibilidade virtual e para a prevenção de doenças oculares.
É o que os visitantes puderam ver no estande do Centro Nacional de Referência em Tecnologia Assistiva (CNRTA), durante a 3ª Conferência Nacional das Pessoas com Deficiência, realizada em Brasília.
O estande reuniu projetos e o resultado de pesquisas núcleos que
compõem a Rede Cooperativa de Pesquisa Desenvolvimento e Inovação em
Tecnologia Assistiva, composta por 29 instituições de todo o país.
O novo centro é uma das ações previstas no âmbito da ciência,
tecnologia e inovação do Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com
Deficiência - Viver sem Limite, do governo federal.
Bengala e acionadores
O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS/Bento Gonçalves),
levou para o evento a bengala que identifica poças de água e alerta o
usuário por meio de um sistema eletrônico de vibração instalado na
ponteira.
Outras novidades incluem a central de automação residencial, um mouse de botão e diversos modelos de acionadores.
Esses acionadores, adaptados ao mouse, foram construídos com materiais
simples como bolas de borracha, CDs, papel alumínio e frutas, substituem
funções como a do clique de maneira a aproveitar o movimento voluntário
do usuário.
"São acionadores de baixo custo que podem ser usados com dispositivos
que já estão no mercado e podem ser produzidos por qualquer pessoa,
mesmo sem o conhecimento de eletrônica", explicou o técnico de
informática Rodrigo Cainelli.
Palmilha e órtese
O núcleo de tecnologia assistiva da Universidade de Brasília (UnB)
apresentou tecnologias como a palmilha sensível à pressão, um software
que sinaliza a desocupação de leitos em hospitais e vídeos com legendas e
audiodescrição para pessoas com deficiência auditiva e visual, respectivamente.
Já o núcleo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) apresentou dois projetos inovadores: uma órtese funcional com materiais
leves para auxiliar no movimento das mãos e o Programa Bom Começo, que
visa implantar em escolas públicas o diagnóstico da saúde visual e o
posterior encaminhamento dos estudantes a especialistas.
"É um projeto de detecção para atuar antes das crianças se tornarem
deficientes. Alguns problemas oculares, se identificados precocemente,
podem ser tratados", justifica a coordenadora do programa, Clarissa
Mendes.
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