O Centro de Formação de Cães-Guia de Santa Catarina, com sede em Camboriú (SC), cadastra famílias socializadoras para cuidar dos animais durante o treinamento especializado.
Os animais são preparados para acompanhar pessoas com deficiência visual.
A primeira turma de animais aptos se forma neste mês.
A unidade foi
inaugurada em 2014 e é a única na América Latina que oferece
treinamentos de graça.
O treinamento, até os animais ficarem prontos, é um processo longo. O
primeiro passo para a carreira do animal é viver com uma família
socializadora.
Há muitas querendo adotar, mas poucas têm o perfil
necessário para educar estes cachorros.
Segundo o professor Mário Pereira Soares, a família que se cadastra
passa por uma série de avaliações.
"Desde o ponto de vista psicológico desta família, do ambiente onde este cachorro vai ser alojado e das condições que essa família tem pra estar participando do nosso programa. Esta família vai apresentar a sociedade pra este filhote nas mais variadas formas e isso é de fundamental importância para o treinamento futuro desse filhote", conclui.
Depois de um ano e meio com a família socializadora, o animal volta
para o centro e passa por outros tipos de treinamentos. É com cerca de
dois anos de idade que ele se une a um deficiente visual.
Os interessados em fazer o curso, ser uma família socializadora ou
receber um cão-guia precisam preencher um formulário no no site do
Instituto Federal Catarinense.
Sem custos
A família socializadora não tem nenhum custo, todo o projeto é
financiado pelo Governo Federal. O instituto dá alimentação,
medicamentos, acompanhamento técnico e veterinário para o filhote.
O cadastro nacional tem cerca de 470 pessoas com deficiência esperando
um cão-guia, mas sabe-se que há muito mais gente precisando de ajuda
para viver melhor.
“O cão é um instrumento para que depois possa ser atingido o objetivo
final, que esse cão dê a essa pessoa mais dignidade, mais mobilidade”,
explica uma das instrutoras do curso.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística,
o Brasil possui mais de 500 mil pessoas com deficiência visual.
O
Centro em Santa Catarina tem servido de modelo para a construção de
novas unidades em outras regiões do país.
Fonte: G1 / Vida Mais Livre
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