A sétima edição do Assim Vivemos – Festival Internacional de Filmes
Sobre Deficiência começou, na última quarta (23), no Centro Cultural
Banco do Brasil, em São Paulo, e segue até 5 de outubro.
A mostra, que
já passou pelo Rio de Janeiro em agosto, exibe agora na capital paulista
33 filmes e promove quatro debates sobre os temas autonomia, imagem e
estigma, ser artista e autismo.
Foram selecionados documentários, ficções e animações produzidos em 20
países, entre eles Austrália, Espanha, Alemanha, México, França, Chile,
Polônia, Itália, República Tcheca, Bielorrússia, Rússia, Reino Unido,
Cazaquistão, Eslováquia, Bélgica, Irã, Suíça, Ucrânia e Israel.
O Brasil participa do festival com sete produções:
- E Agora José, Maria e
João, de Marcio Takata, sobre perspectivas de futuro independente de
adultos com deficiência intelectual;
- Conjuntos, de Rodrigo Cavalheiro e
Monica Farias, que mostra uma tarde de ensaio de dança inclusiva;
- Tatuagem e Terremoto, de Sávio Tarso e Nilmar Lage, com o depoimento de
uma vítima da poliomielite;
- Marcelo, de Jéssica Lopes, sobre o universo
sonoro de uma criança que está em fase de adaptação ao implante coclear;
- A Onda Traz, O Vento Leva, de Gabriel Mascaro, sobre a jornada
sensorial de Rodrigo, que tem deficiência auditiva e trabalha com
instalação de som em carros;
- Marina Não Vai à Praia, de Cássio Pereira
dos Santos, sobre o sonho de uma menina com Síndrome de Down de ir à
praia;
- Outro Olhar, de Renata Sette, que apresenta a atitude das
pessoas ao redor de uma adolescente com Down na cidade de Santa Maria,
no Rio Grande do Sul.
O festival abriu nesta quarta-feira às 13h com o alemão Carmina – Viva a
Diferença, de Sebastian Heinzel.
O documentário mostra um projeto
internacional de dança em que mais de 300 dançarinos profissionais e
amadores com e sem deficiência encenam a famosa cantata Carmina Burana,
de Carl Orff.
O longa de 80 minutos tem como tema central a inclusão,
contra o que alguns participantes se rebelam algumas vezes.
Além das
dificuldades de relacionamento, o filme acompanha o árduo processo de
ensaios em que os dançarinos são constatemente desafiados.
Todos os filmes foram produzidos entre 2012 e 2015, e a maioria tem
como protagonistas pessoas com algum tipo de deficiência, como autismo,
Síndrome de Down, deficiência intelectual, visual, auditiva ou física.
Segundo a curadora do evento, Laura Pozzobon, o assunto que mais se
destaca nesta edição do festival é a autonomia.
“O amor e as lutas
políticas das pessoas com deficiência já foram temas do festival. Este
ano, recebemos uma grande quantidade de filmes sobre pessoas com
autismo, com Síndrome de Down e deficiência intelectual.
Mas o grande
tema deste ano, que norteia a maior parte dos filmes, é a autonomia, a
possibilidade de uma vida com independência. Este assunto surge como o
grande objetivo, o grande desejo, o grande sonho.
Os filmes, em seu
conjunto, nos trazem um belo repertório de experiências, dificuldades e
conquistas nesse sentido”, afirma.
Além de ser gratuita, a mostra Assim Vivemos oferece recursos de
acessibilidade para todos os públicos: audiodescrição em todas as
sessões e catálogos em braile para pessoas com deficiência visual;
legendas closed caption nos filmes e interpretação em libras nos debates
para as pessoas com deficiência auditiva; e fácil acesso para pessoas
com mobilidade reduzida e cadeirantes.
Confira a programação completa do festival no site www.assimvivemos.com.br.
***
Assim Vivemos – Festival Internacional de Filmes Sobre Deficiência
Quando: de 23 de setembro a 5 de outubro
Onde: Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo - Rua Álvares Penteado, 112, Centro, São Paulo (SP)
Quanto: grátis
Mais informações: www.assimvivemos.com.br
***
Fonte: Rede Brasil Atual / Vida Mais Livre
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