Embora a lei exija que todas as escolas brasileiras aceitem e incluam crianças e adolescentes com deficiência e doenças crônicas, ainda existem instituições que se dizem inaptas para isso.
Em muitos casos, por falta de estrutura e de informação
da escola, quando o aluno é aceito acaba não tendo a atenção devida e o
responsável pelo estudante precisa frequentar a escola para cuidar
dele.
É o caso da menina Giovana de Oliveira Corrêa, 6 anos, que tem Síndrome Kabuki, uma desordem congênita rara,
que causa déficit intelectual e problemas físicos.
A mãe da menina,
Evanilda Aprígio de Oliveira, ficava com ela na escola, mas conseguiu um
emprego e agora paga a uma sobrinha para cuidar de Giovana.
''Por ela ser cadeirante, não consegui vaga na escola particular. Consegui na pública com facilidade, mas a dificuldade existe dentro da escola, pois eles não têm preparação, professora de apoio, espaço para cadeirante passar, rampa. Há boa vontade, mas falta estrutura'', disse Evanilda.
A pedagoga Magdalena Oliveira, do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), no Rio de Janeiro, afirma que o caso de Giovana não é exceção. Ela coordena vários projetos de educação para crianças e adolescentes com doenças crônicas e deficiência e argumenta que a educação inclusiva está longe de ser alcançada no Brasil.
''Se você entrevistar as mães que trazem seus filhos aqui, ouvirá da maioria que eles não são aceitos nas escolas. Quando são, elas têm que ficar junto com a criança ou o adolescente e o tempo de aula é limitado, não é o tempo regular da escola''.
''Por ela ser cadeirante, não consegui vaga na escola particular. Consegui na pública com facilidade, mas a dificuldade existe dentro da escola, pois eles não têm preparação, professora de apoio, espaço para cadeirante passar, rampa. Há boa vontade, mas falta estrutura'', disse Evanilda.
A pedagoga Magdalena Oliveira, do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), no Rio de Janeiro, afirma que o caso de Giovana não é exceção. Ela coordena vários projetos de educação para crianças e adolescentes com doenças crônicas e deficiência e argumenta que a educação inclusiva está longe de ser alcançada no Brasil.
''Se você entrevistar as mães que trazem seus filhos aqui, ouvirá da maioria que eles não são aceitos nas escolas. Quando são, elas têm que ficar junto com a criança ou o adolescente e o tempo de aula é limitado, não é o tempo regular da escola''.
Magdalena citou o caso de um rapaz de 21 anos, com encefalopatia não progressiva (com déficit cognitivo sério) que
nunca foi aceito na escola, apesar das inúmeras tentativas da mãe.
''Ela ainda tem esperança de ver o filho na escola. A deficiência não o
impede de ter um convívio com outras pessoas, de aprender algumas
coisas, dentro das limitações dele'', disse.
A pedagoga também contou sobre um menino de 8 anos que nasceu sem a parte inferior dos braços que
não foi aceito na escola perto de casa.
''Ele não tem nenhum tipo de
déficit cognitivo, mas disseram para a mãe que ele deveria ir para uma
escola especial'', afirmou.
Fonte: Terra / Agência Brasil
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