Matías Apablaza, 15, é um estudante do Instituto Tecnológico del Comahue, da cidade de Neuquén,
na Patagônia, Argentina.
O adolescente, que é fã do inventor Nikola
Tesla e dos físicos Albert Einstein, Isaac Newton e Max Planck, criou um
equipamento que pode ajudar pessoas cegas a "enxergar" cores.
Apablaza desenvolveu um dispositivo portátil e de baixo custo que converte a cor (um conceito abstrato) em sons associados. Cada cor seria representada por um som diferente.
O adolescente, que aprendeu a programar por conta própria vendo vídeos
na internet desde os 9 anos de idade, buscou inspiração nas pessoas com
deficiência visual de uma instituição que realiza trabalhos de macramé
(técnica de tecer fios) e têm dificuldade para reconhecer as cores das
linhas usadas.
Eles contaram a Matías Apablaza que os dispositivos
existentes que distinguiam as cores eram muito caros e, portanto,
inacessíveis para a instituição.
O jovem procurou então criar um equipamento pequeno, que coubesse no
bolso da calça, e que fosse fácil de usar. Ele considerou ainda a
possibilidade de alguns smartphones realizarem a conversão de cores para sons, tornando a máquina acessível a todos.
A invenção lhe valeu o primeiro lugar na primeira edição argentina do
concurso da Feira de Ciência do Google. Com o prêmio no valor de US$
1.000 (cerca de R$ 2.246), Matías Apablaza pretende aprimorar seu
dispositivo.
No dia 22 de setembro, um vencedor global entre um grupo de 15
finalistas escolhidos, cujos nomes serão anunciados em agosto, será
premiado com US$ 50.000, uma viagem para as Ilhas Galápagos e
experiência no CERN (Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear), no
Google e no Grupo LEGO, além do livre acesso durante um ano aos arquivos
digitais da "Scientific American" para a escola do vencedor.
Fonte: UOL
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