Entre 2011 e 2014, que mais de 153 mil pessoas com deficiência
chegassem ao mercado de trabalho.
As iniciativas desenvolvidas sob a
ação da fiscalização do trabalho contribuíram para que o número de
pessoas com deficiência e beneficiários reabilitados inseridos no
mercado de trabalho evoluísse ao longo dos anos.
No mesmo período de
2011 a 2014, mais de 153 mil pessoas com deficiência chegaram ao mercado
de trabalho, por ação direta da fiscalização.
De acordo com os dados da última Relação Anual de Informações Sociais
(Rais), em 2013 foram criados 27,5 mil novos empregos para pessoas com
deficiência, o que representa um aumento de 8,33%, na participação desse
grupo no mercado de trabalho.
Com o resultado, chegou a 357,8 mil o
número vagas ocupadas. Os homens representam 64,84% dos empregados;
enquanto as mulheres ocupam 35,16% das vagas.
“Os dados consolidados nos últimos anos fazem parte de um esforço do
Ministério para conhecer e ampliar esse lugar importante do mercado de
trabalho, com a inserção dessas pessoas”, destaca Fernanda Maria Pessoa
di Cavalcanti, auditora fiscal do trabalho, responsável nacional pelo
Projeto de Inserção de Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho.
Fiscalização
As atuais regras sobre os procedimentos de fiscalização que permitem
incluir pessoas com deficiência e beneficiárias reabilitadas da
Previdência Social no mercado de trabalho, foram aprimoradas pelo
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) na Instrução Normativa nº 98, de
agosto de 2012, que regulamenta a fiscalização e uniformiza os
procedimentos adotados pelo ministério.
De acordo com a instrução, os auditores fiscais do trabalho obrigam a
contratação, por parte daquelas empresas alcançadas pela lei, e
acompanham a adaptação no ambiente de trabalho e eventual desligamento.
Também incentivam as empresas a promover a qualificação das pessoas com
deficiência contratadas. Para isso, os auditores podem fazer reuniões
locais com empregadores e entidades qualificadoras.
A instrução normativa especifica como se dará a caracterização da
pessoa com deficiência, regulamenta a centralização das ações entre as
Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego (SRTE) e prevê as
formas de combate a práticas discriminatórias.
Lei de Cotas
As ações de fiscalização visam cumprir o que estabelece a Lei nº 8.213,
de 24 de julho de 1991, conhecida como a Lei de Cotas.
Segundo a
legislação, empresas com mais de 100 empregados são obrigadas a
preencher entre dois a cinco por cento de seus quadros de empregados com
beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência.
História
É a partir da regulamentação dada pelo Decreto n° 3.298, de 20 de
dezembro de 1999, que se intensificam os processos de fiscalização e de
contratação de pessoas com deficiência nas empresas privadas e nas
empresas públicas e sociedade de economia mista, que contratam mediante o
regime celetista de contrato.
O texto fixa os parâmetros de cada um dos tipos de deficiência e
estabelece a competência para fiscalizar, avaliar e controlar as
empresas e a produção de estatísticas sobre o número de empregados com
deficiência e de vagas preenchidas, sob a competência do MTE.
Em novembro de 2008, o MTE lançou o projeto piloto de incentivo à
aprendizagem de pessoas com deficiência como estratégia para elevar a
inserção no mercado de trabalho.
Integrante da Agenda Social do governo
federal, o projeto incentiva empresários que ainda não integralizaram a
cota (empresas com 100 ou mais empregados) a efetivarem pessoas com
deficiência como aprendizes, qualificando-os em conformidade com os
interesses da empresa, por período de até dois anos, para posterior
contratação.
Estatuto
Nesta quinta-feira (11), foi aprovado no Senado, por unanimidade, o
Estatuto da Pessoa com Deficiência, que consolida e amplia direitos como
a reserva de vagas em universidades e no mercado de trabalho e o
pagamento do auxílio-inclusão para os deficientes que trabalham.
O
projeto original, de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS), iniciou sua
tramitação em 2006 e teve a relatoria do senador Romário (PSB-RJ). A lei
agora segue para sanção presidencial.
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