Ainda que a deficiência física limite alguns
movimentos e mude a rotina de um casal, não é empecilho algum para
namorados que provam que o amor verdadeiro supera obstáculos e as
barreiras de qualquer preconceito.
É com bom humor e naturalidade que
dois casais de Uberlândia lidam com a situação e se tornam exemplos de um sentimento genuíno.
João Paulo Amaral tem uma má formação congênita, que forçou o estudante
a usar prótese para uma das pernas e também fazer uso da cadeira de
rodas. Para ele, a deficiência é muito mais superação do que limitação.
“Ter uma deficiência pode ser muito mais um dom e uma graça que Deus nos
deu para mostrar que somos fortes”, disse.
A partir de encontros no grupo de jovens e um correio elegante, ele
conheceu a também estudante Fernanda Gardusi, 22.
Como o namorado é
bem-humorado, os dois se divertem muito e ela nunca se constrangeu com a
situação. Cada vez que alguém pergunta o porquê de ele não ter uma
perna, ele diz que é de tanto tomar sorvete, ou porque não come
brócolis, ou por estar com um machucado igual ao que a pessoa está,
apenas para descontrair com o assunto.
A estudante nota que quando os dois saem juntos, ele na cadeira de
rodas, algumas pessoas ficam olhando e às vezes até acham engraçado por
estarem de mãos dadas, já que de um lado ele empurra a cadeira e, do
outro, Fernanda o puxa pela mão.
“Respeitamos o entendimento de cada um.
Para viver o amor não é preciso uma cor de olho, de pele, um braço, uma
perna, um corpo, nem um pensamento, basta um sentimento”.
Da baixa autoestima ao noivado
Depois de sofrer um acidente de trabalho, o para - atleta Lucas Silva
Medeiros, 23, amputou uma perna e perdeu completamente a autoestima por
achar que ninguém se interessaria por ele, já que estaria dependendo de
cuidados e de uma cadeira de rodas.
“Na época do acidente eu me sentia
inválido, me sentia horrível e não queria sair de casa, nem olhava nos
olhos das pessoas”, contou
No ano passado, todos os pensamentos negativos do uberlandense caíram
por terra ao conhecer a técnica de análises clínicas, Nairijane Pereira
de Lima, 25 anos.
Ela trabalhava na rodoviária da cidade e ele iria
viajar a trabalho. O resultado desse encontro foi a troca de olhares, de
telefones e o pedido de noivado pouco tempo depois que começaram a se
relacionar.
A técnica já havia visto o futuro noivo algumas vezes no terminal
rodoviário e tinha receio de perguntar sobre a deficiência por achar que
de alguma forma fosse constrangê-lo.
Porém, a limitação de Lucas nunca
impediu que o sentimento dela florescesse e nem a constrangeu por isso.
“Independente de qualquer tipo de deficiência física ou mental, devemos
amar sem olhar a quem. O amor não precisa ser perfeito, ele precisa
apenas ser de verdade e recíproco”, opinou Nairijane.
Fonte: G1 / Vida Mais Livre
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