29 de abr. de 2015

Projeto capacita agentes de promoção de acessibilidade em comunidades





Aulas de libras (linguagem de sinais), audiodescrição, livro falado e outras técnicas de comunicação acessível são o foco de um curso que está capacitando cerca de 60 jovens da Vila Kennedy, em Bangu, zona oeste do Rio de Janeiro, no Projeto Agentes de Promoção da Acessibilidade da Escola de Gente, voltado para jovens de comunidades de baixa renda em conteúdos de inclusão e acessibilidade.


Criado há 13 anos, na Vila Kennedy, o projeto tem apoio do Ministério Público do Trabalho (MPT), que dá aulas sobre direito trabalhista e meios de eliminar a discriminação no mercado de trabalho. Ao todo, serão ofertadas oito turmas para cerca de 20 alunos em diferentes comunidades da cidade.


O coordenador de Projetos Culturais do Escola de Gente, Hércules Soares, explica que o curso dura cerca de dois meses e meio e busca formar agentes de promoção de acessibilidade em suas comunidades e no mercado de trabalho, de forma a fortalecer o diálogo entre pessoas com e sem deficiência, fomentar a inclusão e erradicar o preconceito. 


“Esse jovens, interagindo com jovens com e sem deficiência no espaço onde eles atuam e moram, podem defender o direito à comunicação dessas pessoas com deficiência, que são muito excluídas da sociedade.”


Além das técnicas de comunicação acessível, as seis oficinas trabalham questões como diversidade, discriminação e inclusão. 


“O curso ajuda também a que esses jovens tenham um currículo diferenciado no mercado de trabalho. Empresas e organismos governamentais cada vez buscam mais profissionais com essa expertise”, informa Hércules.


Uma das alunas, Alessandra Gualberto, 30 anos, é jornalista e não tem deficiência. Ela buscou o curso para ajudá-la na produção da monografia sobre a inclusão do deficiente visual no jornalismo. 


“Temos visão de integração, mas não de inclusão, que é ter uma sociedade preparada para todos, por isso me interessei”, afirma. 


“Aprendi a me comunicar melhor com as pessoas sem ser de forma discriminatória, passei a lidar com isso de uma maneira mais natural.”


A próxima turma começa no início de maio, na sede do Centro de Promoção da Saúde. Para participar, é preciso ter entre 16 e 29 anos, com ou sem deficiência.


A audiodescrição é a técnica de descrever de forma falada o ambiente visto, o que possibilita a inclusão de pessoas com deficiência visual em cinema, teatro e programas de televisão. 


O livro falado é a gravação do conteúdo de um livro lido em voz alta, para garantir acessibilidade a pessoas com deficiência visual.


Fontes:  EBCRede Saci

  

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