24 de ago. de 2012

Casos incríveis de superação proporcionados pela tecnologia

Às vezes, esquecemos que tecnologia é mais do que Internet, gadgets e games. Ultimamente, um dos avanços mais interessantes tem acontecido na área das próteses e implementos tecnológicos para ajudar na melhoria de vida dos portadores de necessidades especiais. Pensando nisso, o TechTudo criou uma lista com os casos de superação mais interessantes proporcionados por essa mistura de ciência e tecnologia.

Chloe Holmes

Chloe Holmes é uma menina inglesa de 15 anos que, após contrair uma septicemia estreptocócica (infecção sanguínea causada por bactérias), perdeu todos os dedos da mão esquerda e quase todos da mão direita, restando somente o polegar e metade do indicador. O problema ocorreu quando ela tinha apenas três anos. Agora, após a realização do implante da mão biônica, feita sob medida, a menina está aprendendo a usá-la na realização das tarefas diárias.

O modelo de prótese é construído pela empresa escocesa Touch Bionics e a principal característica do equipamento é o controle das ações realizado por impulsos elétricos, que partem das terminações nervosas do braço do usuário, o que proporciona um comando e uma execução das ações mais refinadas.

Matthew James

Matthew James, um inglês que nasceu sem a mão esquerda, vinha guardando dinheiro, juntamente com sua família, para adquirir uma prótese. Depois de um longo tempo tentando arrecadar a quantia necessária – cerca de R$ 98 mil – ele decidiu escrever para Ross Brawn, chefe da equipe Mercedes de Fórmula 1, pedindo um patrocínio.

Na carta, James ainda ofereceu um espaço no mecanismo para que a empresa estampasse sua marca. A equipe não aceitou a proposta da logomarca, mas doou o equipamento para o garoto. Agora, James está se adaptando ao uso dos comandos da prótese, a mesma usada por Chloe.



Tarcísio Henrique Muniz Chaves
O Brasil também tem seus casos de superação pela tecnologia. O maranhense Tarcísio Henrique Muniz Chaves, atualmente com 40 anos, recuperou a audição após quase sete anos de total silêncio. O microempresário perdeu a capacidade de ouvir em um acidente de carro, no qual sofreu uma forte pancada na cabeça. A audição foi restaurada após uma cirurgia de implante cóclear, amplamente conhecido como ouvido biônico.

O equipamento funciona realizando a transformação das ondas sonoras em estímulos elétricos, substituindo totalmente o ouvido de pessoas que tem surdez total ou quase total. Dessa forma, é o aparelho que estimula diretamente o nervo auditivo por meio de pequenos eletrodos inseridos dentro da cóclea.

Depois desse processo, o nervo leva estes sinais para o cérebro. Um dado interessante, no caso de Tarcísio, é que todo o procedimento cirúrgico, equipamento e tratamento foi custeado integralmente pelo SUS dentro do Programa de Tratamento Fora do Domicílio (TFD).

Matthew Newbury

Matthew Newbury, de 30 anos, redescobriu as possibilidades de movimentar-se de forma quase natural. Ele é o primeiro britânico a adquirir uma perna biônica Genius. O rapaz perdeu a perna esquerda em um acidente de moto em 1997, e somente agora, após quase 15 anos, ele pôde recuperar a naturalidade dos movimentos.
Com a perna nova, Newburry está livre para praticar esportes e subir escadas, tudo de forma confortável e tranquila. A precisão nos movimentos realizados pela prótese biônica é tão grande que o rapaz chega a afirmar que a Genius funciona melhor que sua perna direita, também avariada no acidente.
A prótese é produzida pela empresa alemã Otto Bock Healthcare e seu diferencial está no avançado sistema de computação combinado com sensores de movimento e velocidade que ajudam na detecção de pequenas mudanças no padrão de caminhar do usuário. Porém, essa tecnologia tem um custo: £ 50 mil, aproximadamente R$ 150 mil.


Seiji Uchida
Na sequência, vem o japonês Seiji, de 49 anos. Uchida não anda desde os 21 anos, quando sofreu um acidente de carro. Agora, poderá realizar um de seus sonhos: escalar e caminhar pelas trilhas das ilhas rochosas de Mont Saint Michel, na França.

A aventura será possível graças ao Hybrid Assistive Limb (HAL), um exoesqueleto movido a bateria, que será utilizado para carregar Uchida pelas trilhas e pela escalada. O projeto foi desenvolvido pelo professor Yoshiyuki Sankai da Universidade Tsukuba e a concepção inicial era auxiliar idosos com dificuldades motoras. Futuramente, além de servir para carregar pessoas com necessidades especiais, poderá ser usado como uma maneira de locomoção para estas pessoas.

Stephen Hawking

O físico inglês Stephen Hawking 
 é portador de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) – doença neurodegenerativa caracterizada pela morte dos neurônios motores –, que foi diagnosticada aos 21 anos. Hawking é um grande físico e matemático da era moderna e, à medida que sua doença foi avançando, mais necessária tornou-se a presença da ajuda tecnológica.

Ele usa tecnologia desde a fala, originada por seu sintetizador de voz que fica ligado a um computador comandado por meio de movimentos que realiza com sua bochecha até a locomoção de sua cadeira. E esses fatores possibilitam a Hawking, ainda hoje, dividir seu conhecimento por meio de aulas e livros.

Oscar Pistorius

Por último, o emblemático para-atleta sul-africano. O esportista nasceu com hemimelia fibular tipo 2 – ausência total da fíbula – o que gerou a necessidade da amputação das duas pernas, abaixo do joelho, aos 11 meses de idade.

No entanto, Pistorius – com auxílio de próteses – sempre foi um atleta ativo. Foi jogador de pólo aquático, tênis de campo e rúgbi. Após sofrer uma lesão no joelho, jogando rúgbi, foi aconselhado a abandonar a prática desse esporte e dedicar-se a outra categoria. Pistorius escolheu o atletismo. Desde então, o atleta vem quebrando diversas marcas do para-atletismo e, atualmente, detém todos os recordes para-olimpícos das categorias que disputa, as provas de 100 m, 200 m e 400 m.

Em 2007, Pistorius foi convidado a participar do meeting de atletismo de Roma, um evento para atletas não portadores de necessidades especiais. Após sua participação, muito foi falado sobre suas próteses Cheetah Flex-Foot de fibra de carbono, fabricadas pela Ossur.

Após muita discussão e averiguação por parte da Associação Internacional da Federação de Atletismo (IAAF), sobre a dúvida se as próteses davam ou não vantagem ao atleta, ele foi absolvido e sua participação em eventos para atletas sem necessidades especiais foi aceita. Recentemente, Pistorius alcançou o índice olímpico para 2012. E reafirmou, mais uma vez, sua icônica frase: “Não há nada que os atletas normais façam que eu não possa fazer”.

Fonte: http://www.techtudo.com.br/artigos/noticia/2012/02/casos-incriveis-de-superacao-proporcionados-pela-tecnologia.html

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