A
dificuldade de deficientes físicos em usarem o transporte público em
Campinas (SP) e região causa reclamação e revolta de quem precisa do
serviço.
O aposentado Wellington Willian Nascimento recorreu à polícia
de Vinhedo (SP) para fazer denúncias contra a empresa Rápido Luxo.
Na
quarta-feira (1), ele não conseguiu entrar em um ônibus porque, segundo o
motorista, a plataforma da rodoviária estava quebrada.
Ele alega que também foi desrespeitado pelo cobrador do coletivo, que
se recusou a ajudá-lo a embarcar no veículo. O caso foi comunicado à
polícia no dia do ocorrido.
Este foi o terceiro boletim de
ocorrência que ele registrou sobre o problema contra a empresa e os
funcionários. Em outro caso, o aposentado caiu da cadeira de rodas
porque o motorista não colocou o cinto de segurança corretamente.
Em
outra situação, ele ficou preso dentro do coletivo por duas horas e meia
porque o elevador quebrou no meio da viagem. Wellington Willian
Nascimento reclama que, apesar das denúncias, até o momento nada foi
feito para que a empresa fosse punida. A Rápido Luxo confirmou que o
elevador do veículo apresentou um problema e informou que vai recolher o
coletivo para manutenção o mais rápido possível.
O aposentado não é o único que encontra
dificuldades no transporte coletivo. A aposentada Roseli Piantoni é
cadeirante há 12 anos. Ela tem um problema de saúde que lentamente foi
comprometendo a musculatura. Pela dificuldade para andar, ela precisa
usar uma cadeira de rodas para se locomover. Ela conta que usar o
sistema de transporte público diariamente é um sofrimento. A equipe da
EPTV flagrou motoristas de ônibus
se recusando a parar no ponto.
A
falta de estrutura dos coletivos é mais um obstáculo. O coletivo que
parou não tinha elevador, apesar de estar com o adesivo com o símbolo de
veículo adaptado. Somente após 30 minutos no ponto, ela conseguiu
embarcar.
Outro lado
Outro lado
Sobre os ônibus flagrados na reportagem, a
Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec), que é
responsável pela gestão do transporte na cidade, informou que na
sexta-feira (3) fará a fiscalização das linhas. Caso sejam encontradas
irregularidades, a empresa será notificada e um processo administrativo
pode ser aberto para punir os responsáveis.
Já a Associação das Empresas de
Transporte Coletivo Urbano (Transurc) admitiu que foi um erro grave dos
motoristas e que os ônibus deveriam ter parado. De qualquer maneira, a
assessoria de imprensa garantiu que os profissionais estão sendo
contatados para serem orientados sobre as paradas. Caso o problema volte
a acontecer, eles serão punidos.
Acessibilidade inclusiva
O
Programa de Acessibilidade Inclusiva (PAI) oferece serviço de transporte
para deficientes em Campinas.
É preciso fazer um agendamento, mas os
usuários reclamam da dificuldade em solicitar o transporte a os
constantes atrasos . O PAI conta com 25 vans e dois ônibus adaptados
entre as 6h30 e 23h30 de segunda a sexta-feira. Nos sábados, domingos e
feriados, o horário vai das 7h30 às 18h30. O agendamento da viagem é
feito pelo 0800 600 1517 .
Nenhum comentário:
Postar um comentário