Esta matéria foi extraída da página do site Terra.
Ricardo Shimosakai fez um comentário na publicação original com a seguinte
observação: “Considero que o texto foi elaborado de maneira errada. Não se pode
considerar um destino como acessível, somente por algumas ofertas pontuais de
atividades acessíveis.
É preciso ter ofertas de acessibilidade em todos os
locais e serviços que compõe uma viagem. Colocando Brotas como exemplo, a
cidade possui uma precária estrutura hoteleira em relação à acessibilidade, além
de poucas operadoras de rafting com uma boa capacitação para receber esse
público.
Por isso o serviço de agenciamento que a Turismo Adaptado realiza é
importante, pois elabora um roteiro de acordo com as necessidades do turista.
Se dirigir para esses destinos e esperar que ele esteja preparado para
recebê-lo é uma ilusão”. Veja o texto original abaixo:
Será que arrumar as malas e
colocar os pés na estrada é algo tão fácil assim pra todo mundo? No Brasil,
cerca de 25 milhões de pessoas são portadores de algum tipo de deficiência. O
que, em muitos casos, pode fazer com que elas tenham dificuldades em aproveitar
certos passeios. A acessibilidade é garantida hoje por leis federais, porém,
nem sempre os destinos turísticos cumprem as normas e tornam os locais acessíveis
a todos.
Por isso, antes mesmo de
escolher o destino, é preciso avaliar o que os locais oferecem. Além de estar
atento às adaptações para tornar o passeio seguro, vale consultar se o local
dispõe de cardápios em braile e informações acessíveis aos deficientes
visuais e auditivos. Ainda, é preciso verificar se o local conta
com quartos e banheiros adaptados, portas mais largas e barras de apoio.
Consulte também, no caso de resorts, se as instalações possuem carrinhos ou
cadeiras de roda para serem usadas em seu interior. E, se preferir, contrate
serviços de ‘transfers’ para visitar as atrações da cidade. Estenda todos estes
cuidados aos locais públicos e informe-se se os parques, museus e passeios
contam com aparelhos e atendimento especial para atender às necessidades
especiais.
Para ajudar você, no entanto,
o Terra listou seis cidades brasileiras consideradas
preparadas para receber turistas com mobilidade reduzida, deficiência auditiva
ou visual. Confira os passeios e instalações mais adequadas nos quatro cantos
do país.
Maceió: segundo
o IBGE, a cidade é a capital que possui a maior porcentagem de quartos de
hotéis adaptados para receber visitantes com mobilidade reduzida. A cidade
ainda conta com um sistema de jangadas adaptadas.
Socorro: a
cidade, localizada a 130 km da capital paulista, é um dos destinos com melhores
condições de receber pessoas com mobilidade reduzida. A estância hidromineral
de Socorro, através do projeto Socorro Acessível, conta com adaptações em
diversas atrações. Na cidade, é possível encontrar passeios, transportes,
edifícios públicos, estacionamentos, telefones para surdos e cardápios em
braile por todos os lados. Socorro recebe famílias inteiras em atividades de
aventura e ecoturismo, sem exclusão. O Hotel Fazenda Parque dos Sonhos conta
com passeios a grutas, tirolesas, cachoeiras e trilhas ecológicas
adaptadas para receber os visitantes.
São Paulo: a
capital paulista é uma das cidades que mais está preparada para os deficientes.
Alguns museus, como a Pinacoteca do Estado, MASP, Museu do Futebol e o Museu da
Língua Portuguesa, possuem catálogos em braile e audioguias. E as atrações
públicas da cidade possuem rampas de acesso ou elevadores para cadeiras de
roda. Nos parques do Ibirapuera e Villa Lobos, o acesso é facilitado por meio
de rampas e no Parque do Jaraguá, há um mirante adaptado para os cadeirantes.
Nas ruas, a acessibilidade é considerada boa, mas ainda não é cumprida a rigor.
As estações de metrô e trem são equipadas com elevadores que facilitam o
deslocamento das pessoas com mobilidade reduzida. A cidade ainda possui a maior
rede hoteleira adaptada, com 511 quartos.
Rio de Janeiro: algumas atrações da cidade estão bem
adaptadas para receber os turistas com mobilidade reduzida. Na Lagoa Rodrigo de
Freitas, existe um pedalinho motorizado disponível. No Pão-de-açúcar, há
elevadores-plataforma que dão acesso às bilheterias e a área de embarque, onde
há prioridade para pessoas com deficiência. O Jardim Botânico conta com um
jardim sensorial, onde os visitantes têm seus olhos vendados e são guiados por
pessoas com deficiência visual em um mini-labirinto, onde terão contato com
texturas e odores de diversas plantas.
Fortaleza: na
cidade, existe estrutura para atender o visitante com deficiência, porém, em
alguns passeios públicos, as pessoas podem enfrentar dificuldades. Um dos
principais destinos, o Beach Park, conta com uma boa estrutura de segurança
para os visitantes. No Aqua Park, que faz parte do complexo, os visitantes
encontram coletes salva-vidas e carrinhos para os que possuem mobilidade
reduzida. Os deficientes visuais poderão pedir cardápios em braile. Hotel
disponibiliza instalações adaptadas e banheiros com barras de apoio.
Curitiba: quando
o assunto é infraestrutura pública, a cidade de Curitiba torna-se a mais
preparada para seus moradores e visitantes. Na cidade, os ônibus adaptados são
quase totalidade e o Jardim Botânico, um dos pontos turísticos mais visitados,
possui o Jardim das Sensações, com trajeto sensorial constituído de uma
pista ladeada por sementeiras com legendas em Braille, que oferece a
oportunidade de ver, tocar e apreciar o perfume de espécies botânicas, bem como
de simular ambientações de floresta.
Ilha Bela: a
ilha localizada no litoral paulista possui uma boa infraestrutura para os
deficientes que procuram por aventura. Por meio de projetos do governo do
estado, algumas praias como a do Perequê, Sino e Praia Grande possuem
cadeiras anfíbias, que são aquelas que facilitam a chegada dos deficientes ao
mar. A Pedra do Sino, um dos pontos turísticos da cidade, pode ser
visitada por todos. Rampas de acesso e uma passarela podem ser
usadas. A Praia do Julião conta com rampas de acesso para cadeirantes
e banheiros adaptados. Ainda, tanto a rede hoteleira como bares
e restaurantes da cidade estão preparados para receber deficientes
visuais e disponibilizam cardápios e informações em braile, além de
acomodações especiais.
Chapada do Guimarães: a 64 km de Cuiabá, na Chapada do
Guimarães, está o Vale da Benção. Em 2011, foi inaugurada a primeira trilha
feita para deficientes visuais, no Espaço Turístico Chapada Aventura. A trilha
possui cordões e sinalização tátil de onde o visitante pode conhecer um pouco
sobre as 32 espécies nativas catalogadas em braile. Pousadas da região contam
com adaptação para cadeirantes e cardápios em braile.
Brotas: no
interior de São Paulo, a cidade é conhecida por ser um destino de aventuras. Os
passeios funcionam normalmente e as operações são idênticas quando existe
algum deficiente nelas, o que muda são alguns procedimentos
operacionais. Monitores de várias operadoras receberam treinamentos para
conduzir os turistas com deficiências. O rafting pode ser praticado por todos,
já o rapel só não é indicado para os deficientes visuais. O lugar ainda conta
com adaptações para arvorismo e tirolesa.
Fonte: Terra
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