Uma jovem baiana que não ouve e não enxerga passou no
vestibular e, aos 22 anos, Janine conseguiu realizar um sonho: entrar
para uma universidade. Ela tem uma deficiência congênita: não enxerga e
não ouve.
“Janine nasceu de uma gestação gemelar de 24 semanas, muito prematura.
Então ela ficou surdo-cega ainda na maternidade”, conta a mãe, Sandra
Samara Farias.
Para superar as deficiências, Janine teve que se dedicar muito.
Aprendeu o braile e o alfabeto de sinais tocando nas mãos dos
professores e da mãe. Ela fez o ensino infantil, fundamental e médio em
escolas da rede pública.
A mãe foi quem mais a incentivou e mudou toda rotina para se dedicar a
filha. “Eu me especializei, busquei aprender a língua de sinais,
aprender o braile. Fiz vários cursos, me graduei em pedagogia”, diz
Sandra.
Com o apoio da família, Janine se dedicou ainda mais aos estudos. Ela
passava a maior parte do tempo com a máquina de escrever em braile e o
livro traduzido. Ela sabia que para passar no vestibular era preciso
muito esforço.
Os livros não transcritos em braile eram lidos pela mãe, que passava
tudo para ela usando a língua de sinais. A nova universitária vai
estudar pedagogia da Universidade do Estado da Bahia.
Ela diz que escolheu a profissão para ensinar as pessoas surdas e
cegas. O que para alguns parecia só um sonho, Janine decidiu transformar
em realidade.
Fonte: G1
Desculpe, belissima matéria Talyta Franchin. www.buscolegados.com
ResponderExcluirQue bom que gostou...
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