12 de dez. de 2012

Mesmo sendo tricampeões paralímpicos, atletas não encontram patrocínio na Paraíba

Desenho de medalhas de ouro, prata e bronze
O que você faria se tivesse talento, reconhecimento mundial e ainda fosse tricampeão paralímpico, mas que por falta de patrocínio ficasse de fora de competições e assim não tivesse chance na Seleção Brasileira?

Essa é a história de dois campeões paralímpicos que são vencedores na vida e na carreira que escolheram. Mas que estão sofrendo por falta de apoio para continuar a carreira.

“Muitas vezes já pensei em parar. Já deixei de participar de competições por falta de patrocínio, mesmo sabendo que poderíamos representar bem nosso Estado e o Brasil. 

Hoje somos respeitados mais lá fora do que na Paraíba. Jogadores de outras seleções nos temem”, disse Marquinhos.
Marcos José Alves Felipe de 31 anos, (Marquinhos), ala direita da Seleção Brasileira de futebol de cinco, nasceu com glaucoma congênito e perdeu a visão totalmente aos 15 anos. Foi quando ingressou no Instituto do Cego e na Associação Paraibana de Cegos (APACE/PB).

Para quem não conhece essa modalidade, ela foi inspirada no futsal. As regras são as mesmas, a única diferença é que o futebol de 5 é jogado na grama.

Atualmente Marquinhos tem um currículo de fazer inveja a qualquer atleta. Bicampeão Paralímpico, Bicampeão Mundial, Bicampeão Parapan-Americano, Tricampeão do Desafio Internacional Loterias Caixa, Campeão do Desafio Internacional de Madrid.

José Roberto Ferreira de Oliveira de 31 anos, (Zé Roberto), atua na posição de Central na Seleção Canarinho na modalidade do Goalball. Ele é deficiente visual desde que nasceu. Veio para Capital aos 8 anos por ter mais recursos e se apaixonou pelo esporte.

O Brasil atualmente é o único campeão paraolímpico no Futebol de 5 (Atenas, Pequim e Londres).  A Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais (CBDV) tem vários paraibanos no Futebol de Cinco, como o técnico da seleção (goleiro paraibano Fábio Luíz, tricampeão Paralímpico), Bilzinho, Marquinho e Daniel (Goleiro).

A Associação Paraibana de Cegos (APACE/PB) é uma instituição filantrópica sem nenhum recurso financeiro. O seu objetivo é lutar pela defesa dos direitos das pessoas cegas e de baixa visão.

Os atletas esperam que empresários, governo Municipal e Estadual dêem mais atenção a APACE, já que resultados eles já conseguiram. São admirados e respeitados em outros Estados, principalmente na região Sudeste e Sul.

A entrevista foi concedida ao programa Correio News, da rádio Jovem Pan/CorreioAM nesta segunda-feira (10). 
 

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