5 de out. de 2012

Pessoas com deficiência têm visita guiada por audiodescrição no MAM-BA

Diversas fotos do escritor Jorge Amado penduradas em uma parede

O Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA) oferece visita guiada com audiodescrição a pessoas com deficiência visual ou intelectual na exposição "Jorge Amado e Universal", até o dia 14 de outubro. A entrada é gratuita.

A visita guiada está disponível às terças, quintas e sábados, das 16h às 18h. 

No ano em que o escritor baiano completaria 100 anos, a mostra traz registros sobre a vida dele como fotografias, folhetos de cordel, livros e objetos que contam a história de Jorge Amado. As visitas são feitas em grupos de 15 pessoas. 

Cada um deles é guiado por um audiodescritor, que descreve as informações técnicas e também as características das obras expostas.

A audidescrição é feita por profissionais do grupo de pesquisa Tradução, Mídia e Audiodescrição (Tramad), da Universidade Federal da Bahia (Ufba).
 
Jorge, Amado e Universal

Para comemorar o centenário do nascimento do escritor baiano Jorge Amado, o Museu de Arte Moderna da Bahia apresenta até 14 de outubro, a exposição “Jorge Amado e Universal: Um olhar inusitado sobre o homem e a obra"

A mostra chega a Salvador após atrair mais de 130 mil pessoas no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo.

O público poderá conferir um pouco do que foi a obra do escritor nesta mostra especial, dividida em espaços distintos, cada um representando épocas marcantes. Um dos espaços é dedicado aos personagens. 

O público é convidado a desvendar em um painel com fitas coloridas que fazem referência a 'fitinha do Senhor do Bonfim'. Neste caso, em cada fita há a impressão do nome de um dos mais de cinco mil personagens criados pelo autor ou pessoas reais inseridas na ficção como Getúlio Vargas, Hitler e Lampião.
 
Jorge Amado e a Bahia

Um dos símbolos que não pode faltar na exposição é a Bahia. A mostra garante um espaço expositivo com bastante destaque para a cenografia, estruturada em armações metálicas, numa referência indireta às grades de ferro que embelezam muitas casas e espaços públicos de Salvador – entre eles o Solar do Unhão e a Praça Castro Alves. 

Na casa do Rio Vermelho, onde o escritor morava, por exemplo, o gradio era bastante presente, sendo todo ele feito pelo amigo, o também artista Carybé. 

No espaço foram inseridos ainda garrafas de dendê, fitinhas do Bonfim com frases especiais impressas, cacau torrado, azulejos brancos e azuis parecidos com o azulejos presos na casa do Rio Vermelho.

Outros elementos como fotografias, objetos pessoais, folhetos de cordel, filmes, jornais históricos, charges, documentos, ilustrações e correspondências estão presentes.

Fonte: G1 BA

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