23 de out. de 2012

Após campanha, crianças com deficiência ganham equipamentos

Em frente ao mar, mulher em cadeira de rodas abre os braços
Um casal de Rio Claro (SP) não mediu esforços para conseguir o melhor para o tratamento da filha, que tem microcefalia, doença genética que leva ao encolhimento do cérebro. 

A mãe da garota fez uma campanha para comprar um equipamento para o Centro de Habilitação Infantil Princesa Vitória, na Vila Cristina, e o pai decidiu construir a gaiola usada para as sessões de fisioterapia.

O método conhecido internacionalmente ajuda no tratamento de crianças com problemas motores ou neurológicos. Durante os exercícios, as crianças usam um traje especial, que dá sustentação. Esse macacão terapêutico ortopédico, uma adaptação de roupas usadas por astronautas, leva o nome de Pediasuit.

O conceito básico da vestimenta é criar uma unidade de suporte para o alinhamento postural e descarga de peso facilitando, ao cérebro, o reconhecimento de padrões de movimento corretos e atividade muscular.

Outro elemento associado ao tratamento com o macacão é a "gaiola", recurso onde o paciente vestindo esse traje especial se fixa por meio de cabos elásticos. A partir daí surgem novas possibilidades motoras e sensoriais.

Com a ajuda desses equipamentos, a pequena Ana Flávia cria consciência motora. Durante as sessões de fisioterapia, a menina de 10 anos consegue o que seria impossível fazer sozinha. “Eu posso colocá-la em posições que normalmente ela não vai vivenciar: em pé, sentada e facilitar até algumas técnicas e métodos que a gente já tem difundidos no Brasil”, explica a fisioterapeuta Ana Paula Cristofoletti.
 
Persistência

Os dois equipamentos só estão disponíveis no Centro de Reablitiação Infantil em Rio Claro por causa do casal Robson Mariano e Alessandra Dezan Scupim. “Fizemos uma campanha muito séria determinada em conseguir aqui para o Centro em prol de todas as crianças”, conta a moradora em Rio Claro.

Com R$ 10 mil eles compraram o macacão. Já a gaiola foi confeccionada pelo marido dela, que é técnico mecânico, e com a ajuda de amigos. Mariano aproveitou as folgas do fim de semana e, com base no projeto original, fez um trabalho dedicado em casa. “Foi um grande presente que nós recebemos graças à persistência e essa família acreditar nesse sonho”, declara a fisioterapeuta.

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