As crianças estão curiosas: seus olhos atentos seguem a repórter, o
fotógrafo e uma das funcionárias que acompanha a visita da equipe à
creche. Mas essa novidade não causa estranheza ou medo – afinal, o
ambiente ali foi configurado para que o diferente fosse bem aceito e
tolerado.
Lucas, 5, é o primeiro a puxar conversa. “Você conhece minha sala? Vou te mostrar”, diz o menino que tem síndrome de Down.
Ele mostra o que trouxe na mochila, apresenta a sala e já repassa a rotina do dia: Na creche pré-escola Oeste da USP (Universidade de São Paulo), a diversidade é parte da rotina. A unidade, que fica na Cidade Universitária, em São Paulo, recebe, com naturalidade, alunos com deficiência, estrangeiros recém-chegados ao país e crianças das diversas classes sociais.
Mais tolerantes
Essa abertura – ou tolerância como alguns preferem chamar – é uma característica que tende a acompanhar essas crianças ao longo de suas vidas. Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Psicologia da USP, justamente com os “alunos” dessa creche, mostrou que vivenciar a experiência da educação inclusiva na pré-escola pode evitar diversos tipos de preconceito de forma duradoura.
Mais tolerantes
Essa abertura – ou tolerância como alguns preferem chamar – é uma característica que tende a acompanhar essas crianças ao longo de suas vidas. Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Psicologia da USP, justamente com os “alunos” dessa creche, mostrou que vivenciar a experiência da educação inclusiva na pré-escola pode evitar diversos tipos de preconceito de forma duradoura.
Segundo Marie Claire Sekkel, coordenadora do estudo, “as crianças
mantêm atitudes de abertura ao relacionamento com pessoas
significativamente diferentes, independentemente de valores familiares”.
Tiano 5, que é de Moçambique , quer falar sobre a história da família.
Antônio também deseja participar, mas corre, com vergonha. Laura pede
para trocar de roupa.
Inclusão num sentido amplo
A creche possibilita essa oportunidade para que essas crianças aprendam a trabalhar e a conviver em grupo com quem é diferente (seja por alguma condição física ou social) e a aceitar essas diferenças. Esse tipo de experiência é positivo no desenvolvimento da educação infantil.
Nesse sentido, a educação inclusiva, que integra alunos em situação de
inclusão a turmas regulares, evidencia esse espírito de “estar com o
diferente” e aprender com essas relações. As crianças, segundo
princípios da educação inclusiva, devem aprender juntas,
independentemente das dificuldades que possam ter.
“Nosso foco principal é olhar para a criança em situação de inclusão e
ajudá-la a participar das propostas junto ao grupo dela, facilitando as
relações entre eles, a aquisição de conhecimento, de descobertas, o
fomento a criatividade, ao conhecimento, sendo crianças em situação de
inclusão ou não”, explica Prislaine Krodi, psicóloga da
Creche/Pré-Escola Oeste da USP.
Fonte: http://educacao.uol.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário