Deficiente reclama de falta de acessibilidade para votar em Franca

Bruna Rocha, de 27 anos, teve que contar com a ajuda do pai para registrar seu voto pelas eleições municipais em Franca (SP) na manhã deste domingo (7).

Ao chegar à Escola Estadual Coronel Francisco Martins, no Centro, uma das cerca de 40 da cidade com seções adaptadas para pessoas com deficiência, por volta de 11h30, um desnível atrapalhava o acesso à rampa.
 

“As condições ainda são precárias. Fizeram uma rampa em determinado local, mas até chegar lá existem algumas barreiras pelas quais a cadeira de rodas não passa sem o auxílio de outra pessoa”, reclamou.

Para o pai dela, o engenheiro Amaro Rocha, de 65 anos, um detalhe teria resolvido o problema. “Era só eles terem colocado uma grade que já ajudava”, disse. 

O chefe do cartório eleitoral do centro, Marcelo Queiroz Ferreira, informou que as seções especiais de votação da cidade foram escolhidas tendo como principal critério a proximidade com rampas de acesso. 

Além disso, segundo ele, antes das eleições as pessoas com deficiências puderam ser remanejados para os locais mais próximos de suas casas.

Problemas pontuais de estrutura dentro das escolas estaduais, como desníveis e degraus, são de responsabilidade do Estado, alegou Ferreira.

Estado

A Secretaria estadual de Educação afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não foi notificada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de que a escola precisaria passar por algum reparo e negou a falta de acessibilidade. Apesar disso, a Secretaria se comprometeu a avaliar a situação e, caso seja necessário, promover reparos em hipótese de segundo turno.

Em nota, o órgão informou que o hoje o Estado possui 900 escolas com acessibilidade e tem um plano para expandir este número para 2,6 mil em um prazo de 10 anos. A Secretaria também afirmou que nos últimos dez anos foram investidos mais de R$ 700 milhões em obras de acessibilidade e atualmente estão em execução ou processo de licitação a adequação de cerca de 400 escolas.

Fonte: G1