Cerca de dois milhões de brasileiros sofrem de autismo. Entre eles está Alana França, de apenas quatro anos. Seus pais, Fabíola e Renato, utilizaram a música
como forma de estimular a filha.
Porém, não foram as notas musicais as
responsáveis pela maior evolução da criança. Alana passou a interagir
com o mundo por meio da ginástica artística.
"Ela era uma criança muito fechada e, hoje em dia, a gente nem precisa falar. Quando vem para o Rodrigo, ela muda completamente", diz a mãe, Fabíola França. Rodrigo, a quem se refere, é o professor e o principal responsável pela evolução de Alana.
"Ela era uma criança muito fechada e, hoje em dia, a gente nem precisa falar. Quando vem para o Rodrigo, ela muda completamente", diz a mãe, Fabíola França. Rodrigo, a quem se refere, é o professor e o principal responsável pela evolução de Alana.
Quando chega na academia,
a menina se transforma. Em casa demonstra timidez; mas nas aulas ela
corre, pula, dá cambalhota e não se contém de tanta felicidade.
"A
ginástica tem a particularidade de ser um esporte muito completo.
Trabalha força, equilíbrio, flexibilidade. Pode ser daí o êxito com
essas crianças. Eu tento trabalhar com elas do jeito que são, falando
comigo, me abraçando ou não", explica o professor Rodrigo Brívio.
Após assistirem a uma reportagem exibida no "Esporte Espetacular" em 2010, a família de Manaus, no Amazonas, encontrou esperança para melhorar a vida da filha. Mudou-se para o Rio de Janeiro para que Alana pudesse interagir física e socialmente através do esporte.
Após assistirem a uma reportagem exibida no "Esporte Espetacular" em 2010, a família de Manaus, no Amazonas, encontrou esperança para melhorar a vida da filha. Mudou-se para o Rio de Janeiro para que Alana pudesse interagir física e socialmente através do esporte.
"Vendo essa matéria, a gente decidiu vir para cá em busca de um sonho,
de trazer nossa filha para o nosso mundo. A primeira vez que eu a vi
abraçando uma pessoa que não seja da família foi lá, com o Rodrigo. O
esporte é uma uma das melhores ferramentas para a inclusão social",
lembra o pai.
A experiência do psiquiatra Fábio Barbirato com Alana serviu de exemplo
para a adoção da prática esportiva no tratamento do autismo em outros
pacientes.
"A educação física foi uma consequência de toda essa melhora
que ela teve neste um ano, junto com toda a parte motora e social. Ela
tem mostrado mais interesse para se sociabilizar, tem melhorado a parte
locomotora, o pegar das coisas", explica o especialista.
Alana é uma vencedora. Conquistou medalhas ao lado de mais de 80 atletas na Copa de Ginástica Artística para crianças com autismo.
Alana é uma vencedora. Conquistou medalhas ao lado de mais de 80 atletas na Copa de Ginástica Artística para crianças com autismo.
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