Os pisos táteis nas calçadas da Av. Paulista, em São Paulo, apesar de terem sido instalados para dar autonomia às pessoas com deficiência visual,
não estão adequados às necessidades dos usuários pela falta de
indicações às entradas das estações do Metrô e aos pontos de ônibus.
Segundo João Felippe, professor de orientação e mobilidade da Laramara - Associação Brasileira de Assistência à Pessoa com Deficiência Visual,
“a falta de pisos de alerta e direcionais na região confunde, atrapalha
e prejudica a autonomia de quem tem problemas de visão”.
De acordo com a Associação Paulista Viva, em 2008, a Prefeitura de São Paulo investiu cerca de R$ 8 milhões nas calçadas da Av. Paulista.
A ideia era melhorar sua acessibilidade,
por isso engenheiros e técnicos apostaram em rampas de acesso a
cadeirantes e faixas com referências táteis para cegos.
Apesar dos
avanços positivos, o local precisa passar por outra obra de
infraestrutura para corrigir os problemas deixados.
“A acessibilidade ainda é um desafio em São Paulo. Além da falta de
piso tátil de orientação, existem vários fatores que prejudicam a
mobilidade de uma pessoa com deficiência visual, como a falta de
semáforos sonoros nas faixas de pedestre, calçadas irregulares, lixeiras
e postes mal instalados. Esses problemas podem ser sanados com
políticas públicas de melhor abrangência social”, completa o professor.
Ainda não há dados concretos sobre o número de pessoas com deficiência
visual no estado, mas o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) aponta que há mais de 6,5 milhões brasileiros com problemas de
visão, sendo que 582 mil não possuem a capacidade de enxergar.
Fonte: Vida Mais Livre
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