As pessoas com mobilidade reduzida, a exemplo dos cadeirantes, poderão ser beneficiados em breve com acessibilidade nos táxis.
A Câmara Municipal de Teresina aprovou, de forma unânime, o projeto de lei que torna obrigatória a oferta de um percentual mínimo de 2% dos táxis da cidade para pessoas com deficiência física ou que possuem alguma dificuldade de locomoção.
O projeto foi para a sansão do prefeito Firmino Filho e, se sancionado,
as cooperativas de táxis ainda terão um prazo para se adaptar. Para o
autor do projeto, vereador Antônio Aguiar (PROS), com o projeto a ideia
era garantir cidadania e inclusão aos cadeirantes.
“É um serviço a mais
que será oferecido a essas pessoas, gerando cidadania e dignidade. A
ideia desse projeto é evitar, por exemplo, o constrangimento de
cadeirantes sendo carregados nos braços por taxistas. Nós sabemos que
muitos desses profissionais são preparados e sabem como lidar com essa
situação, mas não deixa de ser um incômodo para a pessoa com
deficiência”, pontua.
Pelo projeto aprovado, os veículos poderão continuar transportando
passageiros sem deficiência, só que terão prioridade nos veículos
adaptados, pessoas com mobilidade reduzida.
“Os taxistas não precisam
temer a queda na rentabilidade dos seus serviços. Os táxis adaptados
poderão transportar qualquer passageiro, mas, quando um cliente com
deficiência ligar solicitando um táxi, deverá ser direcionado um veículo
adaptado”, explica.
Projetos semelhantes já são adotados por várias capitais do País, como
Fortaleza, Salvador, São Paulo, Recife e Porto Alegre, que já dispõem de
uma considerável frota de veículos adaptados para atender as pessoas
com deficiência. Idosos, gestantes e demais passageiros que possuem
mobilidade reduzida também poderão ser beneficiados com os veículos
adaptados.
A Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito
(Strans) será o órgão responsável por fiscalizar o cumprimento da nova
lei por parte das cooperativas de táxi. E os veículos adaptados deverão
seguir as padronizações estabelecidas pelo Conselho Nacional de
Trânsito.
Silvana Miranda, tesoureira da Associação dos Cadeirantes do Município
de Teresina (Ascamte), considera que a frota de táxis adaptados vai
ajudar a suprir a demanda não atendida pelo projeto “Transporte
Eficiente”, por meio do qual a Prefeitura oferece microônibus que
transportam cadeirantes de forma gratuita.
“Os táxis adaptados serão uma
nova opção para as pessoas com deficiência. O transporte é decisivo
para que nós possamos ir à escola, à faculdade, ao hospital, ou mesmo a
um local de lazer. Sem ele, não há como as pessoas portadoras de
deficiência terem acesso a todos os direitos que lhes são assegurados
constitucionalmente”, afirma Silvana.
Fonte: Portal O Dia
O transporte eficiente pelo menos aqui em Teresina nunca foi de graça. Cadeirante e acompanhamente pagam passagem.
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