O número de taxistas rodando na cidade de Curitiba (PR) não apenas aumentou – são 553 novos táxis em operação e 702 autorizados – como agora contam com melhorias de acessibilidade.
A nova frota de táxi é formada por carros compartilhados, adaptados para transportar com segurança pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.
Serão 20 táxis nessa condição para atendimento
preferencial a pessoas com deficiência, sendo que cinco já estão em
operação.
Agora não é mais necessário que usuário seja retirado da
cadeira para entrar no veículo. O carro tem piso rebaixado, rampa de
acesso e espaço para que o passageiro viaje com segurança na própria
cadeira de rodas, o que dá mais conforto e segurança.
Os veículos são identificados nas laterais e na parte
traseira, pelo símbolo internacional de acesso.
Além de mais segura, a
viagem também será mais confortável, pois o usuário da cadeira de rodas
fica na mesma altura dos demais ocupantes.Os taxistas do sistema passam
por cursos específicos para oferecer um serviço de qualidade aos
usuários.
“Curitiba agora terá táxis acessíveis para atender uma demanda que
existe há muito tempo na cidade. Com isso, a pessoa que usa cadeira de
rodas passa a ter mais um modelo de transporte para garantir o seu
direito de ir e vir com autonomia”, disse a secretária dos Direitos da
Pessoa com Deficiência, Mirella Prosdocimo.
O taxista Ronaldo José Ferreira, de 40 anos, está com seu carro novinho
e pronto para trabalhar. Ele dirige táxi desde 1997, quando era o
motorista auxiliar, e agora é o titular da autorização.
“Consegui realizar um sonho. Acompanhei de perto a licitação que mudou a
vida de muitos inclusive a minha”, disse Ferreira. “Sei da
responsabilidade de oferecer um serviço mais humano e saber que estou
fazendo parte de um momento histórico da cidade junto com os outros
colegas que terão táxis acessíveis compartilhados”, comentou.
O táxi de número 1232, de propriedade de José Sidnei Teixeira da Silva,
de 41 anos, está rodando na cidade desde o dia 28 de maio. Ele conta
que chorou no primeiro chamado.
“Não imaginei que minha primeira corrida
seria para um usuário de cadeira de roda. Quando cheguei o filho da
pessoa com deficiência me advertiu que ele mesmo carregaria a mãe para
dentro do carro. Foi quando abri a porta do táxi e estendi a rampa e a
mãe do jovem gritava de alegria dizendo que ele não precisava mais
colocá-la no banco e dobrar a cadeira”, contou emocionado o taxista.
Teixeira da Silva disse que o investimento em um veículo adaptado ainda
é relativamente alto e sugere que a indústria automobilística produza
em linha esse tipo de carro. Só a adaptação custou em torno de R$ 25
mil.
Os veículos adaptados são atestados por responsável técnico
regularmente inscrito pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia
(CREA-PR) e, para serem aceitos no cadastro da Urbs, têm de estar em
conformidade com as normas da ABNT.
Para atender a adaptação, o tanque
de combustível tem sua capacidade reduzida para 40 litros; o sistema de
escapamento tem sua posição alterada e é feita a troca de molas que
elevam a traseira do carro.
Motorista com deficiência
Além do táxi compartilhado, Curitiba terá agora táxis nos quais o motorista
é pessoa com deficiência. Nesse caso, o táxi fará atendimento
convencional, a adaptação do carro é feita para atender as necessidades
do motorista.
A licitação abriu 30 vagas para essa modalidade, mas apenas onze
propostas foram apresentadas e, nesse caso, as vagas restantes foram
destinadas ao sistema convencional.
Até este momento, estão em operação
oito táxis com motorista com deficiência física. Os demais ainda estão
no processo da licitação.
A cidade tem ainda, na frota de táxi, quatro veículos Kombi, que fazem o
transporte especial desde 1990. Elas são equipadas com rampas e
elevadores e também adaptadas para transportar os usuários de cadeira de
roda.
Esta é a primeira ampliação da frota de táxi dos últimos 40 anos em
Curitiba. São 750 novas autorizações, o que amplia a frota de 2.252 para
3.002 táxis.
Fonte: Bem Paraná
Nenhum comentário:
Postar um comentário