Uma lei que começou a valer neste mês prevê que as frotas de transporte
coletivo urbano e rodoviário de todo o país sejam acessíveis. Rio Claro já tem 100% dos ônibus próprios para pessoas com deficiência, mas mesmo assim há problemas para os cadeirantes.
Eles têm de enfrentar buracos, veículos estacionados, inclinações,
desníveis e a falta de guias rebaixadas para chegar aos pontos. A
Prefeitura afirma que está promovendo obras para aumentar a
acessibilidade.
Cléber Antônio Fachola elogia o conforto dos ônibus, mas diz que é
difícil chegar a eles. "O descaso é muito grande", afirmou o estudante,
que não tem o movimento das pernas e do braço direito e se sente
injustiçado por ter direito a muita coisa, mas não ter acesso.
Pai de Cléber, Adalto também reclama da situação, tanto em seu bairro
como na região central da cidade.
"Há lugares em que há condições de
manusear a cadeira e há outros que não. Faltam guias rebaixadas, rampas e
há rampas que são muito altas”.
Os problemas também são apontados por Daniel Torchia, membro da Associação dos Deficientes de Rio Claro.
“Há a sensação de que ele vai escorregar, é preciso fazer muita força
para manter a cadeira em uma posição mais confortável ou que dê a ele
mais segurança”. Torchia também apontou que faltam vans para o
transporte de deficientes com horário agendado. “O número é pequeno em
relação à demanda”, disse.
Segundo o secretário de mobilidade urbana da cidade, José Maria
Chiossi, estão sendo feitas obras para atender as necessidades de
pessoas com deficiência, mas não há um prazo para adaptar todas as
calçadas.
Ele também afirmou que os novos empreendimentos promovidos
pela Prefeitura já consideram a acessibilidade, e que esse movimento
segue o fluxo do Centro para os bairros.
Em Araraquara,
apenas 12% dos ônibus são adaptados e a meta é adaptar toda a frota até
o fim do ano que vem. Já em São Carlos, 22 ônibus, cerca de 15% da
frota, têm elevadores para pessoas com deficiência.
De acordo com a
assessoria de imprensa da Prefeitura, a licitação aberta para contratar
uma nova empresa de coletivos prevê que ela ofereça acessibilidade. A
nova companhia deve começar a operar até março de 2015.
Fonte: G1
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