PELE: tempo de exposição ao sol tem limites
Aí está o verão. E não importa onde você decidiu pegar sol – no
quintal de casa, na praia, na fazenda ou na estrada – há uma série de
precauções a serem tomadas para evitar que seu tempo de lazer seja
interrompido por algum problema de saúde.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, cerca de 90%
das lesões, que causam o câncer de pele, localizam-se nas áreas que
ficam expostas ao sol, o que mostra a importância da proteção nos dias
mais ensolarados.
No Brasil, sem contar as incidências não divulgadas,
são registrados mais de 100 mil casos de câncer de pele a cada ano.
Além do uso de protetores solares, recomenda-se também, a exposição
adequada ao sol, ou seja, antes das 10h e depois das 15h.
Para evitar o
câncer de pele e as lesões pré-cancerosas, alguns cuidados são
imprescindíveis: mesmo em dias nublados, o filtro deve ser usado e a
proteção deve ser complementada com bonés, chapéus, roupas claras e
óculos escuros.
O filtro solar deve fazer parte da rotina de todos e
quando houver exposição ao sol, precisa ser aplicado a cada hora.
Crianças e adultos
Os efeitos da irradiação ultravioleta, principal agente causador da
doença, só se manifestam com o passar do tempo. Na maioria dos casos, as
lesões começam a aparecer por volta dos 30 anos de idade.
Os efeitos do
sol são cumulativos e 80% da radiação solar recebida durante a vida
ocorre até dezoito anos. É por isso que o trabalho de esclarecimento e
de conscientização é muito importante em crianças e adolescentes.
Para manter a pele saudável no verão, siga algumas recomendações
como: beber muito líquido para hidratar o corpo e a pele e,
principalmente, a utilização do filtro solar, nunca com fator de
proteção abaixo de 15.
Quanto ao tempo de exposição ao sol, sem que se
inicie o processo de queimadura da pele, chamado eritema, varia de
pessoa para pessoa, conforme a cor da pele.
Portanto, conheça o estudo
realizado recentemente pela Sociedade Brasileira de Dermatologia em
parceria com a Universidade do Rio de Janeiro, relativo ao tempo de
exposição ao sol permitido de acordo com a cor de sua pele.
A pesquisa
considerou as seguintes condições: céu claro, sem nuvens e névoas; e sem
proteção adequada.
- PELE CLARÍSSIMA – pessoas com olhos azuis, sardentas, que sempre se queimam e nunca se bronzeiam: 15 min.
- PELE MUITO CLARA – pessoas com olhos verdes ou castanhos-claros e cabelo loiro ou ruivo, que sempre se queimam e, às vezes, se bronzeiam: 18 min.
- PELE CLARA – Média das pessoas brancas que se queimam moderadamente e bronzeiam-se de modo uniforme: 24 min.
- PELE MORENO-CLARA – Pessoas com cabelo castanho-escuro e olhos escuros que se queimam muito pouco e bronzeiam-se muito: 31 min.
- PELE MORENA – Pessoas que raramente se queimam e se bronzeiam muito: 48 min.
- PELE NEGRA – Pessoas que nunca se queimam e são profundamente pigmentadas: 66 min.
Doenças de pele mais comuns no verão:
MICOSES
As micoses são doenças causadas por fungos e podem ser divididas em
superficiais e profundas.
Superficiais são aquelas em que o fungo se
localiza sobre a pele ou ao redor dos pêlo, ou ainda se os fungos penetram apenas na camada externa da epiderme, (a camada córnea), ou nas
raízes dos pêlos e das unhas.
Já nas micoses profundas, os parasitas podem infectar a pele e os
órgãos internos como pulmões, intestinos, ossos, sistema nercoso e
outros. Ao penetrar no organismo o fungo se dissemina, por via linfátiva
ou sanguínea.
As micoses profundas são obviamente muito mais graves que as
superficiais e apresentam aspectos de incidência particulares. Alguns
tipos sãoencontrados em todas as partes do mundo e há outras formas,
como
Blastomicose, com mais frequência de aparecimento na América do
Sul. As micoses superficiais são divididas em 2 grupos:
Aquele que se localiza na superfície da pele e pêlos: os fungos
retiram sua alimentação de restos epiteleiais ou de secreções; outro
grupo é constituído por doenças denominadas Dermatomicoses e
Dermatofitoses.
As Dermatomicoses são causadas por fungos específicos
dotados de uma enzima especial que pode transformar a queratina em
alimento.
A queratina é a principal substância constituinte da camada
córnea da epiderme, dos pêlos e unhas. Já as Dermatofitoses são causadas
por fungos Dermatófitos, classificados em 3 gêneros: Tricófitos,
Microsporos e Epidermófitos.
A micose de COURO CABELUDO apresenta-se como uma área arredondada com
menos cabelos, descamação e coceira. Compromete mais as crianças, é
contagiosa e se manifesta em ambientes comunitários. O tratamento é
sistêmico, via oral, feito por médico especialista.
A micose de PÉ é bastante comum, causando lesões como bolhas,
descamação e intertrigo. A frieira é a forma clínica de pé-de-atleta, ou
dermatofitose. As lesões de frieira localizam-se entre os artelhos,
sendo pruriginosas, podendo ser provocadas por Dermatófitos do gênero
Trichophyton ou pela Candica albicans.
A micose de UNHA é de difícil e longo tratamento, porque o fungo se
adapta muito bem às unhas dos pés, provocando o engrossamento,
amarelamento e descamação das unhas.
Para evitar a contaminação você precisa:
- Manter o corpo limpo e seco, especialmente pés, mãos e reentrâncias.
- Evite andar descalço em áreas de uso comum, como clubes e academias.
- Usar semanalmente talcos e loções secativas contendo agentes antisépticos, como Triclosan, Triclorocarban, Carpriloil glicina, Óleo essencial de Melaleuca e Timol.
- Evitar compartilhar objetos de uso pessoal, como alicates de unha, escovas e pentes, buchas e esponjas de banho.
CONJUNTIVITE
Conjuntitivte á a inflamação da membrana (conjuntiva) que cobre o
olho e a superfície interna das pálpebras. As três principais causas de
conjuntitive são:
- Contaminação do olho com bactérias ou vírus. Eles podem ser transmitidos pelas mãos (principalmente), por toalhas, cosméticos (particulamente maquilagem para os olhos) ou uso prolongado de lentes de contato. Os dois tipos de infecção são contagiosos.
- Irritação é outra causa de conjuntivite. Os causadores podem ser a poluição do ar, fumaça (cigarro), sabão, sabonetes, sprays, maquilagens, cloro, produtos de limpeza etc.
- Alguns indivíduos apresentam conjuntivite alérgica (sazibal), devido a alergia à pólens.
Quais são os sintomas?
Várias combinações dos seguinters sintomas podem estar presentes:
coceira, olhos vermelhos, fotofobia (sensibilidade à luz), inchaço das
pálpepras e secreção nos olhos. A secreção pode ser desde aquosa até
purulenta, dependendo da causa da conjuntivite.
Duração:
Na maioria dos casos dura de poucos dias a duas semanas. Conjuntivite alérgica dura enquanto o alergeno estiver presente.
Tratamento:
O tratamento varia dependendo da causa. Medicações (pomadas ou colírios)
podem ser recomendadas para acabar com a infecção, aliviar os sintomas
da alergia e/ou diminuir o desconforto.
Cuidados:
- Lave suas mãos com frequência
- Não coloque as mãos nos olhos para evitar recontaminação
- Evite coçar os olhos para diminuir a irritação da área
- Lave as mãos antes e depois do uso de colírios ou da pomada no olho
- Evite a exposição à agentes irritantes (fumaça) e/ou alegenos (pólen), que podem causar a conjuntivite
- Não use lentes de contato enquanto estiver com conjuntivite
- Não use lentes de contato se estiver usando colírios ou pomadas
Pode-se previnir as conjuntivites?
É difícil previnir-se das conjuntivites, mas algumas medidas podem
diminuir o risco de você adquirir uma conjuntitivite, que são:
- Não use maquiagem de outras pessoas (e nem empreste as suas)
- Evite compartilhar toalhas de rosto
- Lave as mãos com frequência e não coloque-as nos olhos
- Use óculos de mergulho para nadar, ou óculos de proteção se você trabalha com produtos químicos
- Não use medicamentos (pomadas, colírios) sem prescrição (ou indicados para outra pessoa)
- Evite nadar em piscinas sem cloro, ou em lagos
Atenção!
Se ocorrer algum destes problemas, contate seu médico:
- Alterações visuais
- Dor ocular intensa
- Dor ao movimentar os olhos
- Febre
- Não melhoria com a medicação
- Secreção contínua após o término da medicação
- Aumento da sensibilidade à luz
BROTOEJAS
A brotoeja – chamada pelos médicos de miliária – é uma erupção
cutânea que afeta bebês e crianças pequenas.
É causada pelo suor
profuso, aliado à glândulas sudoríparas obstruídas e inflamadas. Devido à
obstrução e a inflamação, o suor não chega à superfície da pele,
ficando retido e causando irritação,frequentemente com coceira.
A
brotoeja é comum após a queimadura do sol, num dia quente e úmido, com
febre ou como resultado de calor excessivo proveniente do excesso de
roupas ou um ambiente superaquecido.
A erupção cutânea é caracterizada por áreas vermelhas, com pequenas
vesículas no centro. Essa erupção cutânea pode aparecer no rosto,
pescoço, ombro, barriga ou peito. Pode coçar e “pinicar”.
Tratamento convencional:
O tratamento de brotoeja objetiva o conforto, principalmente ao
refrescar e secar a área afetada. Banhos, roupas frescas e a prevenção
de condições que provavelmente causem suor são as principais
recomendações para a criança com brotoeja.
Um ambiente com
ar-condicionado é muitas vezes útil. Aplicar um creme esteróide, de uso
tópico, na área afetada, pode oferecer algum alívio, mas não é tão
eficaz para resolver o problema quanto trocar as roupas do seu filho
e/ou mudar seu ambiente.
Diretrizes alimentares:
Enquanto seu filho tiver essa erupção cutânea, elimine doces e alimentos
gordurosos. Esses podem aumentar o calor interno e agravar a erupção
cutânea.
Recomendações gerais:
Dê, em seu filho, banhos de aveia para refrescar a pele e aliviar a
coceira. Seque a pele com tapinhas suaves, e não com esfregões
vigorosos.
Não aplique qualquer loção ou pomada perfumada na pele. Podem
piorar a situação. Vista seu filho com roupas frescas, de fibra natural
e arejadas.
Prevenção:
Evite que seu filho saia com muita roupa, principalmente em dias
quentes. Se ele for propenso à brotoejas, experimente mantê-lo o mais
fresco possível, principalmente no verão. Sempre que possível, faça com
que evite atividades que façam suar muito.
Fonte:Labormed
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