1 de jun. de 2015

Pais notam autismo nos filhos precocemente

 autismo nos filhos


O estudo com 300 famílias ao longo de um período de 12 anos mostrou: os pais desempenham um papel vital no diagnóstico precoce. 


A maioria deles perceberam os sinais de autismo em seu filho muito antes dos médicos diagnosticarem. Eles relataram preocupações sobre o seu filho logo após os 6 meses de idade, e estas preocupações foram preditivas de autismo.

O novo estudo foi publicado no Journal of the American Academy of Child & Adolescent Psychiatry


O estudo encontrou pais de crianças com alto risco para o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), que não só relataram preocupações mais adiantados do que outros pais, mas também que essas preocupações podem ser indicativas do TEA.


A pesquisa foi de autoria dos pesquisadores do Centro de Pesquisa sobre Autismo da Universidade de Alberta, Lori Sacrey e Lonnie Zwaigenbaum; este dedicou grande parte de sua carreira para a compreensão de como identificar o autismo o mais cedo possível. 


Apesar de seus anos de experiência, Lonnie diz que muitos médicos como ele fariam bem em procurar aconselhamento dos pais: 


“Os pais são os especialistas quando se trata de seus filhos e suas observações são realmente valiosas”. Ainda acrescenta: “Os pais estão percebendo as diferenças já aos seis e nove meses, uma idade muito mais difícil de avaliar clinicamente.”


Entendendo o estudo

 

Os pesquisadores examinaram os problemas notificados por pais de cerca de 300 famílias de crianças, com idade entre seis meses a três anos de idade, ao longo de um período de doze anos. 


A amostra incluiu as preocupações dos pais de crianças sem qualquer risco elevado de TEA, assim como os pais de crianças com alto risco (que tinham um irmão mais velho já diagnosticado com o transtorno). 


Aos três anos de idade, todas as crianças foram submetidas a uma avaliação clínica para determinar se elas tinham autismo ou não. 


Os pesquisadores voltaram as atenções para as preocupações dos pais, procurando checar se os grupos divergiam sobre os tipos de preocupações que os pais tinham.


“Nós descobrimos que os pais, cujos filhos acabaram sendo diagnosticados aos três anos de idade, apresentaram mais preocupações”, diz Sacrey. 


“Curiosamente, eles relataram preocupações sensoriais e motoras a partir dos seis meses de idade. E então, cada vez mais, relatavam problemas de linguagem e as preocupações sociais quando seus filhos alcançavam os 12-15 meses de idade. Isso realmente destaca a importância de conversar com os pais, levar suas preocupações a sério”, acrescenta Zwaigenbaum.


Conclusão: os pais são os maiores aliados

 

Os pesquisadores acreditam que, agindo sobre as preocupações antecipadas dos pais, os profissionais de saúde podem prestar melhores cuidados para crianças com risco de TEA.


“Sobre as intervenções, quanto mais cedo você começá-las com os pacientes, melhor é o prognóstico”, explica Sacrey. 


“Se você pode identificar uma criança com risco aumentado precocemente, antes do seu primeiro aniversário, poderá começar a trabalhar com ela para resolver as dificuldades iniciais do desenvolvimento, o que pode, finalmente, reforçar o seu desenvolvimento de habilidades e melhorar os seus resultados.
Lori finaliza: 


“Os pais desempenham um papel fundamental na implementação dessas intervenções: a construção de oportunidades para a aprendizagem, os cuidados diários e as atividades lúdicas.”



  Fonte:Meu Cérebro



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